Sidebar

14
Qua, Mai
218 Noticias Novas

Alexandre Pires retira o nome de seu empresário do Instagram após prisão preventiva

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Após a prisão preventiva de Matheus Possebon, Alexandre Pires retirou o nome dele, que é seu empresário, do Instagram. Ambos estão sendo investigados por lavagem de dinheiro de garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami, em Roraima.

Ao Estadão, o advogado de defesa de Possebon, Fábio Tofic Simantob, confirmou que ele foi preso preventivamente. Em nota enviada à reportagem, ele afirmou que a prisão "é uma violência" e "foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial".

"Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá em liberdade comprovar que nada tem a ver com esta investigação", diz o comunicado.

A reportagem tentou contato com Pires, mas não teve retorno até o momento desta publicação. Os advogados do cantor enviaram uma nota pública ao Estadão negando o envolvimento do cantor com o garimpo ou extração de minério. Eles ainda negam "qualquer ato ilícito".

Conforme a investigação, Pires teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Já o Possebon é suspeito de financiar o garimpo na Terra Indígena Yanomami. Ele seria um dos "responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes", aponta a PF.

*Colaboração Rayssa Motta e Fausto Macedo

Em outra categoria

O vazamento de um corante tingiu de azul o Córrego das Tulipas e um lago formado por ele, na região do Parque Jardim Botânico, em Jundiaí, interior de São Paulo. As aves - gansos e patos - que estavam no lago tiveram a plumagem tingida também.

Três gansos e um pato foram resgatados e levados para a Associação Mata Ciliar, entidade que mantém parceria com prefeituras da região. As aves passaram por procedimentos de desintoxicação e já se alimentam normalmente.

O acidente aconteceu nesta terça-feira, 13, quando um caminhão desceu desgovernado por um declive e se chocou com um poste de iluminação pública. Segundo a prefeitura, o motorista estava fora do veículo. Com o batida, a carga tombou. Duas embalagens contendo o corante se romperam e o conteúdo escorreu para o córrego. O produto é usado para tingir embalagens de ovos.

O corante é um produto químico orgânico, à base de ácido acético - substância corrosiva e potencialmente contaminante, segundo técnicos da prefeitura. Devido à grande quantidade derramada - cerca de 2 mil litros - o produto escoou até uma boca de lobo localizada a 50 metros do local do impacto. Essa boca de lobo tem ligação direta como córrego do Jardim das Tulipas, que atravessa o bairro e deságua no Rio Jundiaí.

Ainda de acordo com a prefeitura, alguns animais que tiveram contato com o corante apresentaram mudança de coloração. Equipes da Defesa Civil, da Divisão Florestal da Guarda Municipal, do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Grade) e da Associação Mata Ciliar atuaram de forma conjunta para resgatar e preservar a vida desses animais, que atualmente estão sob os cuidados da Mata Ciliar.

No início da tarde desta quarta-feira, os esforços se concentravam na análise da contaminação do córrego, no Parque das Tulipas, e no Rio Jundiaí. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fazia coletas ao longo do curso do córrego e no rio a fim de verificar os níveis de contaminação e da qualidade da água. O trabalho é acompanhado pela Defesa Civil de Jundiaí, com suporte da prefeitura.

A Cetesb já constatou pequena mortandade de peixes nos mananciais. As avaliações ambientais vão permitir mensurar os impactos causados pelo derramamento do produto e embasar a responsabilização da empresa envolvida.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu prorrogar até 11 de julho o prazo para que os clientes da Golden Cross migrem para outra operadora sem cumprir novos períodos de carência ou de cobertura parcial temporária (limitação na cobertura de alguns procedimentos). Em março, a agência havia concedido portabilidade especial para todos os clientes da operadora devido a "graves anormalidades administrativas". Originalmente, o prazo seria até 11 de maio.

A ANS também decretou a liquidação extrajudicial da operadora, determinando o encerramento de suas atividades a partir de terça-feira, 13. Com isso, a Golden Cross não poderá mais prestar assistência à saúde. Para não ficarem sem atendimento, a agência orienta que os beneficiários façam a portabilidade o quanto antes.

Ao Estadão, o advogado Caio Henrique Fernandes, sócio do Vilhena Silva Advogados, explicou que a portabilidade especial difere da portabilidade comum por não exigir o cumprimento dos requisitos habituais. "Ou seja, não tem um tempo mínimo de permanência no plano e não existe necessidade de uma equidade financeira do plano de origem e de destino."

Segundo a ANS, os usuários que estão cumprindo algum prazo de carência ou cobertura parcial temporária no plano atual poderão aproveitar o tempo restante em um novo plano. Em nota, a agência destaca que "na portabilidade especial de carências, os beneficiários podem escolher qualquer plano em comercialização, independentemente do seu preço, em qualquer outra operadora".

No Guia ANS de Planos de Saúde, os beneficiários podem conferir os planos disponíveis para contratação e exercício da portabilidade de carências.

Como encontrar um plano de saúde?

Os clientes devem se dirigir à operadora escolhida com os seguintes documentos:

- RG;

- CPF;

- Comprovante de residência;

- Cópias de pelo menos três boletos pagos na operadora de origem referentes aos últimos seis meses.

A ANS não participa diretamente na contratação de planos de saúde. As regras gerais para o exercício da portabilidade de carências estão disponíveis na Resolução Normativa 438/2018. No portal da agência, há uma cartilha explicativa sobre as portabilidades.

De acordo com Fernandes, caso o cliente tenha dificuldades na contratação de um novo plano, o primeiro passo é entrar em contato com a ANS e, se o problema persistir, a alternativa passa a ser procurar a justiça. Caso a portabilidade não seja viável para pacientes em tratamento contínuo, como os oncológicos, o advogado recomenda que o cliente solicite à Golden Cross a manutenção do custeio do tratamento.

Uma ONG especializada em privacidade ameaçou processar a Meta por exigir que usuários que já optaram por não compartilhar seus dados com a inteligência artificial (IA) da empresa tenham que editar os termos novamente. O caso aconteceu em alguns países da União Europeia, que tem uma das regulamentações de privacidade mais avançadas no mundo.

De acordo com a None of Your Business (Noyb), alguns usuários receberam uma notificação avisando que tinham que revisar suas preferências de compartilhamento até o dia 27 de maio, mesmo que esses perfis já tivessem optado por não fazer nenhum compartilhamento com a empresa. Caso não sinalizassem a recusa nessa segunda solicitação, os usuários poderiam ter suas informações compartilhadas.

Em uma carta de notificação, a Noyb pede que a Meta pare com o processamento de dados de usuários e se abstenha de usar essas informações no futuro para treinar suas IAs. A ONG também afirma que, caso a empresa não colabore com o direito dos usuários, uma ação na justiça será movida, com possibilidade de penas financeiras.

"A Meta informou aos titulares dos dados que, apesar do fato de que uma objeção ao treinamento de IA nos termos do Artigo 21(2) do GDPR foi aceita em 2024, seus dados pessoais serão processados, a menos que eles se oponham novamente - contrariando suas promessas anteriores, o que prejudica ainda mais qualquer confiança legítima na capacidade organizacional da Meta de executar adequadamente as etapas necessárias quando os titulares dos dados exercem seus direitos", disse a carta de Noyb.

A Meta começou a usar dados de contas do Instagram e do Facebook para treinar sua IA - chamada Meta AI - no final do ano passado no Brasil. Em diversos países da Europa, o uso dessas informações ainda não é permitido por lei.

A companhia de Mark Zuckerberg tem até o dia 21 de maio para responder às acusações feitas pelo Noyb por meio de um contato com a organização, para um acordo em relação ao uso dos dados, ou por um documento que indique que a empresa desistiu de utilizar dados de cidadãos europeus para treinar sua IA.