Animação 'Meu Amigo Robô' é uma carta de amor a Nova York, diz diretor Pablo Berger

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Chorei muito quando os créditos de Meu Amigo Robô subiram na tela. O longa-metragem de animação espanhol, que estreou no dia 18 de janeiro - e concorre ao Oscar de animação dia 10 de março, em Los Angeles - é um espetáculo. Ao falar sobre a relação de um robô com um cachorro em Nova York, sem qualquer diálogo, o filme discute temas profundos, como amizade, solidão, romances idealizados e afins.

Essa foi, também, a reação do diretor Pablo Berger quando terminou de ler os quadrinhos de Sara Varon, nos quais o filme é inspirado.

"Eu li a HQ em 2010 e fiquei entusiasmado. Os desenhos eram surpreendentes e divertidos, mas não emocionantes", disse ao Estadão. Durante um tempo, o livro ficou na estante, até que Berger o viu novamente. Mergulhou na trama e, no final, estava chorando - pensando em sua própria história.

"Um dia, estava aqui tomando café, peguei o livro de novo e, dessa vez, ao chegar ao final, me comovi. Não é que eu só gostei, ele me comoveu de verdade. Foi aí que percebi que havia visualizado o filme, que tinha visto o filme enquanto lia o livro. Percebi ali que existia um longa fantástico", conta.

A partir daí, Berger começou a se desconstruir. Até então, havia apenas dirigido filmes com atores reais, em carne e osso - a tal live action. Ele, que nunca havia feito sequer um curta-metragem de animação, mergulhou de cabeça em um longa complexo. De início, ficou apreensivo. Mas, aos poucos, foi usando isso como gás nesse novo formato e linguagem de seu cinema.

Muito medo

"Honestamente, eu encarei o projeto com medo, muito medo, mas, para mim, isso é bom. Diretores precisam sair da zona de conforto", admite ele. "Pensava que seria mais diferente ir do mundo da live-action para a animação: no final, acabou que havia muito mais coisas em comum do que diferenças."

Berger explica que precisou fazer "substituições" para filmar a animação. "Os diretores de fotografia e de arte, figurinista e maquiador em um filme de animação são um único departamento, que é o de arte", explica. "Já os atores, que dão a cara (para uma live-action) e que são o elemento mais importante em um filme, são substituídos por animadores. E eu, como não venho do mundo da animação, me comunicava com os animadores como se fossem atores em busca de interpretações verdadeiras, emocionantes e sinceras."

Nesse processo, ao adaptar o roteiro de outra pessoa, ele tomou muito da história para si. "É meu filme mais pessoal", ressalta o diretor, que antes dirigiu bons longas, como Branca de Neve (2012) e Da Cama para a Fama (2003).

Sara Varon, autora da HQ, não participou do processo do longa-metragem e fez algo com que sonha qualquer cineasta: deu aval para que Berger fizesse uma adaptação para o cinema do jeito que quisesse. A principal mudança foi ambientar o filme em Nova York, cidade onde Berger viveu.

"Vivi dez anos lá e fui um cachorro solitário. Encontrei o amor, tive o coração partido, me apaixonei de novo, fiz amigos, perdi amigos. Por isso, entendo perfeitamente o cachorro, há muito dele em mim", explica. "Aliás, uma das principais razões que me levaram a fazer esse filme foi a possibilidade de usar Nova York como protagonista", revela o diretor, que conheceu sua mulher, Yuko Harami, na cidade. "Esta é a nossa carta de amor a Nova York."

Metáfora

Nessa montanha de emoções que Pablo Berger passou para a tela, depois de sua interpretação do que é Meu Amigo Robô nos desenhos de Sara Vernon, encontramos esse filme que fala muito sobre a vida do cineasta - e, imaginamos, da quadrinista. Nova York pode ser São Paulo, o cachorro pode ser você e o robô seu amor idealizado. "O robô é uma metáfora de um amigo, um parceiro ideal, o companheiro dos sonhos", conclui.

Será que é uma pessoa que existe? Não sabemos como responder a essas perguntas do filme, apenas sentir a mensagem. "Acredito que Meu Amigo Robô é uma boneca russa de gêneros. Há um gênero dentro de outro gênero, dentro de outro", ressalta. "O tragicômico está lá, assim como o drama, a comédia, o musical. São muitos gêneros, mas a verdade é que a emoção é o que está mais presente. Do início ao fim."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um homem de 59 anos ficou ferido após uma colisão entre uma caminhonete modelo Hyundai HR e um ônibus, na manhã desta segunda-feira, 5. O acidente ocorreu na Avenida dos Metalúrgicos, na Cidade Tiradentes, bairro da zona leste de São Paulo.

A Secretaria de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e a SPTrans informaram, em nota, que o Programa de Redução de Acidentes de Transporte (PRAT) apura o caso. A vítima não foi identificada.

Já a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP) informou que uma perícia técnica foi solicitada e que o caso foi registrado como colisão no 49º Distrito Policial (São Mateus).

O ônibus envolvido no acidente operava pela linha 3789/10 Cid. Tiradentes - Metrô Itaquera, sentido bairro.

Pelas imagens divulgadas pela página Portal Cidade Tiradentes, no Instagram, o caminhão surge no vídeo avançando em direção à rua, aparentemente sem freio. Um homem, do lado de fora, se agarra à porta para tentar fazer o utilitário parar, mas não consegue.

No momento em que o caminhão atravessa a calçada e chega na avenida, o ônibus surge pela via e, mesmo tentando desviar, é atingindo pela dianteira do veículo. De acordo com a SSP, o motorista do coletivo contou que não conseguiu frear a tempo de evitar a colisão.

A carroceria do caminhão gira e acaba acertando o homem que se segurava na porta. Com o impacto, a vítima é arremessada para o outro sentido da pista.

O homem cai no chão e fica imóvel por alguns segundos. Pessoas ao redor aparecem para ajudá-la e pedem pedir para que os carros e motocicletas não avancem.

Policiais militares atenderam a ocorrência. A vítima foi socorrida por uma unidade de resgate ao Hospital Cidade Tiradentes. O estado de saúde dela não foi informado.

Estima-se que a mobilização necessária para enfrentar a emergência climática e ecológica exigirá cerca de US$ 6 trilhões em investimentos anuais até 2030, segundo a Comissão Global sobre Economia e Clima. Para isso, será fundamental o engajamento coordenado entre governos, setor privado e sociedade civil, tema central do 2º Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN), que ocorrerá nos dias 26 e 27 de maio, no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo os organizadores, o evento dará continuidade à bem-sucedida primeira edição, promovendo discussões estratégicas sobre modelos financeiros e políticas públicas que conciliem desenvolvimento socioeconômico e sustentabilidade. O primeiro encontro foi realizado em fevereiro de 2024, em São Paulo (SP), com cerca de 1.200 participantes presenciais, e que resultou em um documento de recomendação entregue oficialmente ao G20.

O encontro insere-se em um contexto internacional estratégico: a preparação para a COP30, que será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025; os desdobramentos das COPs de Clima (COP29) e Biodiversidade (COP16); o fim da presidência brasileira no G20 e a transição para a liderança sul-africana; além da presidência do Brasil no BRICS. Como contribuição concreta, o II Fórum irá apresentar propostas para o "Roteiro de Baku para Belém para 1,3T", que busca fortalecer o financiamento climático para países em desenvolvimento.

As discussões também devem fornecer insumos para temas centrais das negociações multilaterais, como transição climática, adaptação, sempre com foco na implementação do Acordo de Paris e alinhadas às análises do último Global Stocktake.

Entre os convidados a compor a programação estão Geraldo Alckmin (vice-presidente da República); Marina Silva (ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima); Ajay Banga (Banco Mundial); Nadia Calviño (Banco Europeu de Investimento); Ilan Goldfajn (Banco Interamericano de Desenvolvimento); Michelle Bachelet (Club de Madrid); Ngozi Okonjon-Iweda (Organização Mundial do Comércio); e, no encerramento, Fernando Haddad (ministro da Fazenda).

O fórum é organizado por sete instituições da sociedade civil: Instituto Arapyaú, Instituto AYA, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.

Um homem, de 20 anos, foi preso em flagrante após um roubo, na tarde de sexta-feira, 2, por volta das 17h, na Rua Manuel Guedes, no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, um policial civil passava pela Avenida Nove de Julho com uma viatura descaracterizada quando, ao parar no semáforo, percebeu que havia um homem em uma moto com uma arma de fogo no vidro de um veículo.

Ainda segundo a pasta, o suspeito efetuou um disparo de arma de fogo e tentou fugir, no entanto, colidiu com um carro. O homem, então, foi abordado e, com ele, foram encontrados aliança e a arma de fogo utilizada, um revólver calibre .32 com cinco munições íntegras e uma deflagrada. A identidade do suspeito não foi revelada, o que impossibilitou que a reportagem entrasse em contato com sua defesa.

De acordo com a secretaria, uma mulher, de 43 anos, compareceu ao local e contou que, momentos antes, na mesma avenida, aquele indivíduo havia subtraído sua aliança.

O suspeito se queixou de dores devido à queda de moto e foi socorrido ao Pronto-Socorro do Hospital da Lapa, onde passou por atendimento médico e foi liberado.

O caso foi registrado como roubo, adulteração de sinal identificador de veículo e tentativa de roubo pelo 14º Distrito Policial (Pinheiros).