Ana Hickmann acusa Alexandre Correa de submeter filho a 'vexame e constrangimento'

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A apresentadora Ana Hickmann apresentou uma nova denúncia no Ministério Público contra o empresário Alexandre Correa e, desta vez, acusou o empresário de submeter o filho do ex-casal, Alezinho, de 9 anos, a "vexame e constrangimento". A informação foi confirmada pela assessoria de Ana ao Estadão nesta sexta-feira, 2.

O caso vem após um vídeo em que Alexandre questionava o filho sobre um suposto envolvimento da apresentadora com o também apresentador Edu Guedes, já negado por ela. Os dois foram vistos no mesmo resort no final do ano passado, mas a assessoria informou que o encontro foi "por acaso".

Em contato com a reportagem, o advogado do empresário, Enio Murad, defendeu que Alezinho e Alexandre possuem uma "ótima relação" e acusou Ana de querer "proibir o empresário de ver o filho". Leia mais abaixo.

Conforme a assessoria de Ana, Alexandre foi denunciado com base no art. 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Em razão dos fatos acontecidos no dia 11/11/2023, Alexandre Correa foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de lesão corporal leve, qualificada em razão de ter sido praticada contra mulher, no caso, a Ana Hickmann, bem como pelo crime do art. 232, do ECA, que prevê a conduta de quem submete criança a vexame ou a constrangimento. Nesse último caso, a vítima é seu filho", informou.

A defesa da apresentadora ainda reafirmou "com veemência todas as agressões físicas, emocionais e financeiras sofridas por ela". "Mais uma vez, o agressor quer manipular o trabalho da imprensa para tentar disseminar versões falsas e fantasiosas em busca de constranger e ameaçar a única vítima deste triste episódio, no caso, Ana Hickmann", prosseguiu.

Por fim, a equipe de Ana acusou o empresário de "mudar suas versões a todo momento". "Após se dizer arrependido das agressões cometidas contra a vítima, inclusive na imprensa, agora busca criar novos fatos para tumultuar as investigações", finalizou.

Outro lado

Em contato com o Estadão, o advogado de defesa de Alexandre, Enio Murad, alegou que "pai e filho têm ótima relação". Ele também acusou Ana de proibir o empresário de ver Alezinho. "A Ana não quer que o pai veja o filho desde o primeiro dia. Ela está lutando por isso e faz de tudo para que isso dê certo", disse.

"Estamos provando que o pai e o filho têm ótima relação e que a mãe, não se sabe por que, quer proibir o pai de ver o filho", prosseguiu. Alexandre chegou a pedir a prisão de Ana por alienação parental após a apresentadora não ter entregado o filho do casal ao empresário entre os dias 3 e 10 de janeiro para passar as férias com ele. No dia 9, ela entregou Alezinho ao ex-marido.

Ao Estadão, a equipe da artista deu seu lado da história. Segundo ela, os advogados de ambas partes teriam alterado as datas estabelecidas na decisão judicial para o período de 9 e 17 de janeiro. A equipe Hickmann afirmou à reportagem que essas férias estavam programadas antes da denúncia de alienação parental. Leia mais sobre.

Relembre o caso

O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann, no qual ela acusa o empresário de agressão física. Segundo seu relato, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com "ambos aumentando o tom de voz". A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.

"O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima", diz o trecho seguinte do documento policial.

Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.

"A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las", encerra o documento.

O que diz Alexandre?

Alexandre confessou as agressões, mas negou que tenha dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL. Ana voltou a falar sobre o caso, dizendo que os dois tinham um relacionamento tóxico durante uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, no último domingo, 26.

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A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) informou nesta segunda-feira, 8, que localizou a coluna do gerador de radiofármaco que tinha sido roubado em São Paulo. No dispositivo, havia Germânio-Gálio, um material radioativo usado para fins medicinais.

De acordo com a instituição, vinculada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, o equipamento foi parcialmente violado, mas não houve registro de vazamento. Apesar do Germânio-Gálio ter uma atividade radioativa considerada baixa, havia receio de que alguém pudesse ser contaminado, o que não ocorreu.

O risco de contaminação, no entanto, existiu. É que o chumbo, uma espécie de "trava de segurança" do gerador, foi removido do dispositivo pelos criminosos. "O gerador de radiofármaco é constituído por uma coluna metálica, que contém, em sua superfície, material radioativo. Por conta disso, o dispositivo é colocado no centro de uma blindagem de chumbo", explica Alessandro Facure, diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN.

Segundo Facure, o chumbo, que tem alto valor de mercado, foi encontrado em uma loja de baterias em Itaquera, na zona leste. Depois disso, técnicos da CNEN foram ao ferro-velho que vendeu o material para a loja e, com o auxílio de detectores de radiação, encontraram a peça que faltava do gerador radiofármaco.

"Felizmente o material radioativo não foi rompido e estava intacto. Ele foi recolhido e levado a um instituto de pesquisas energéticas e nucleares", disse Facure. Com a recuperação da única peça que faltava, a CNEN informou que "encerra a ocorrência no âmbito de sua competência".

O crime ocorreu no dia 30 de junho, quando um veículo de uma empresa de equipamentos médicos foi furtado na zona leste de São Paulo. Dentro do carro, havia cinco geradores de radiofármacos. Quatro carregavam uma substância chamada de Tecnécio, mas já estavam vazios no momento do crime. O outro gerador tinha Germânio-Gálio. No último sábado, 6, os cinco cilindros usados para armazenar o material radioativo foram localizados pela Polícia Militar.

Embora sejam modelos muito comuns no exterior, os fundos patrimoniais (endowments) ainda engatinham no ensino superior brasileiro. A Universidade de São Paulo (USP) criou o seu em 2021. Ele, agora, recebeu a maior doação desde a criação: um professor doou um prédio avaliado em R$ 25 milhões.

Os valores doados ao Fundo Patrimonial são investidos e os rendimentos são destinados a iniciativas para o fortalecimento da sustentabilidade financeira da USP e da qualidade do ensino e da pesquisa.

Algumas unidades da USP já possuíam endowments antes da criação do da universidade. Segundo a instituição, em 2012, a Escola Politécnica lançou a iniciativa Amigos da Poli; em 2014, foi criado o Fundo Patrimonial da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA); e o fundo da Faculdade de Medicina foi criado em 2016.

- O Fundo Patrimonial da USP tem hoje R$ 59 milhões, fruto de nove doações.

- Além da doação de imóveis, é possível doar dinheiro ou, via testamento, carros, joias, obras de arte e itens de valor cultural e histórico, como livros, manuscritos, instrumentos musicais, entre outros.

Pessoas físicas e jurídicas podem fazer doações para ações gerais ou para propósitos específicos, como programas de acolhimento e de permanência estudantil e atividades acadêmicas complementares.

O professor Stelio Marras, responsável pela maior doação do fundo até agora, fez questão que os rendimentos sejam usados integralmente para o USP Diversa, que concede bolsas de permanência para garantir que alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica não abandonem as salas da universidade e consigam concluir seus cursos.

Segundo a USP, a doação pode ser usada para reduzir o imposto a pagar de empresas. "Se você é uma pessoa jurídica, que recolhe imposto com base no lucro real, pode abater até 2% da base de cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) e do adicional do Imposto de Renda", diz o site do Fundo.

Segundo o Monitor de Fundos Patrimoniais do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), no Brasil existem cerca de 107 fundos ativos, boa parte pertencente a universidades. Juntos, os fundos somam pelo menos R$ 157 bilhões. No mundo, o valor administrado por fundos patrimoniais chega a US$ 1,5 trilhão, segundo estudo da Fundação Dom Cabral.

Os endowments, como são chamados esses fundos nos Estados Unidos, são responsáveis por grande parte do financiamento das maiores universidades americanas, entre elas Harvard, Princeton, Stanford e Yale. Na época do lançamento da iniciativa, a USP destacou que o fundo não substitui o orçamento do Estado.

A agência espacial americana (Nasa) planeja realizar a primeira missão espacial a Marte até 2040. Mas isso pode desencadear sérias complicações de saúde aos astronautas que participarem da empreitada. Um grupo, composto por 105 pesquisadores, conduziu uma série de testes que revelaram que a ida ao Planeta Vermelho pode resultar em graves problemas nos rins.

O estudo combinou a análise de dados de humanos e ratos que participaram de voos espaciais com informações extraídas a partir de testes, feitos em outros ratos, que simularam os efeitos da Radiação Cósmica Galáctica (GCR, na sigla em inglês).

Este é, de acordo com uma das universidades envolvidas na pesquisa, o maior estudo já feito sobre a saúde dos rins em voos espaciais. Os resultados foram publicados pela revista científica Nature.

"Sabemos o que aconteceu com os astronautas, em termos de aumento de problemas de saúde como pedras nos rins, nas missões espaciais relativamente curtas realizadas até agora. O que não sabemos é por que esses problemas ocorrem, nem o que vai acontecer com os astronautas em voos mais longos, como a missão proposta a Marte", disse Keith Siew, um dos autores do estudo, à University College London.

Até aqui, segundo comunicado da universidade, a maior parte das missões ocorreu em Órbita Baixa e, por isso, os tripulantes foram protegidos parcialmente pelo campo magnético da Terra. Apenas as 24 pessoas que foram à Lua ficaram expostas à Radiação Cósmica, mas por um curto período de tempo, que variou entre seis e 12 dias.

- Para saber como o corpo humano se comportaria em um período mais prolongado, os pesquisadores expuseram os animais a doses simuladas de radiação equivalentes a missões espaciais de períodos prolongados, que variaram de um ano e meio a dois anos e meio.

- Os resultados mostram que os ratos sofreram danos permanentes nos rins.

"Se não desenvolvermos novas maneiras de proteger os rins, eu diria que um astronauta até pode chegar a Marte, mas ele pode precisar de diálise na viagem de volta", completa Siew. A diálise é o tratamento indicado para pessoas com problemas renais.

Os resultados da pesquisa indicaram que os rins são "remodelados" e podem encolher em função das condições espaciais. Além da exposição à radiação, outro fator que pode contribuir para o fenômeno é a microgravidade.

O estudo, no entanto, não chegou a uma conclusão definitiva sobre o que causa as complicações nos rins.

Para Stephen B. Walsh, que também participou da pesquisa, uma possível saída para mitigar esse efeito é o desenvolvimento de um novo medicamento. "À medida que aprendemos mais sobre a biologia renal, pode ser possível desenvolver medidas tecnológicas ou farmacêuticas para facilitar viagens espaciais prolongadas", diz.

Confira aqui a íntegra do estudo.