Do começo no rádio aos dias atuais, 'Tributo' celebra ator Ary Fontoura

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"Posso me considerar um vitorioso, se não, não estaria aqui. Para que ter memórias de uma pessoa que não significa nada?", diz Ary Fontoura, de 90 anos, em determinado momento da série documental Tributo, produção original da Globoplay, uma homenagem à história de um dos poucos atores de TV nascidos na década de 1930 em atividade (ele está em cartaz atualmente na novela Fuzuê).

Com 1h07 de duração, muitos temas se resumem a meras "pinceladas" por sua história. Cita-se desde o seu interesse pelos programas da Rádio Nacional durante a infância, passando pelo período em que cantava na noite curitibana e participava de peças de teatro, até chegar à TV, onde se consolidou. Na maioria das vezes, é o próprio Ary quem fala. Em outras, são os artistas com os quais contracenou - como Mariana Ximenes -, o que evita a monotonia.

O destaque fica para momentos curiosos, como o dia de sua chegada ao Rio: 31 de março de 1964, coincidindo com o golpe militar. Há partes emotivas, como a "amizade mais longa" que teve, com Nicette Bruno e Paulo Goulart , por mais de 60 anos, incluindo um depoimento de Beth Goulart, atriz e filha do casal.

Ele conta ainda que o melhor trabalho de sua carreira foi o personagem Baltazar Camará, na novela O Espigão (1974). Um professor de ecologia e botânica, que vivia com o remorso de ter atropelado uma pessoa. "Ele tinha um problema seriíssimo: só sentia prazer cortando o cabelo das mulheres e aspirando o perfume do cabelo."

Redes

Era evidente que a presença do ator em redes sociais ganharia destaque. Sempre brincalhão em suas postagens, Fontoura coleciona milhões de seguidores por conta do jeito bem-humorado e autêntico. Surge no documentário a figura de seu assessor de imprensa, que o ajudou a criar os perfis durante a pandemia.

"Meu trabalho é uma provocação, e essa é a resposta. Eu tenho de agradecer por não ficar uma pessoa insuportável e impenetrável só porque eu sou famoso", diz. "Isso foi uma coisa pela qual eu sempre batalhei: ser simples. É aí que reside o meu charme, o que eu sou."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Na véspera da data em que Isabella Nardoni completaria 23 anos de idade, Ana Carolina Oliveira compartilhou nas redes sociais as lembranças que guarda da filha em uma caixa, como fotos, brinquedos e sapatos de bebê. Isabella foi morta aos 5 anos pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008.

Hoje vereadora de São Paulo pelo Podemos, Oliveira também publicou um vídeo em homenagem à filha: "Eu guardo tudo de você com tanto carinho, suas fotos, seus desenhos, suas cartinhas. Às vezes fecho os olhos e consigo sentir você aqui comigo", disse.

Ela diz imaginar como a filha estaria hoje, se estaria na faculdade, se teria um amor e como seria a relação com os irmãos mais novos. "Daria tudo pra viver mais um aniversário com você", disse no vídeo.

Relembre o crime e desdobramentos

Isabella teria sido jogada da janela do 6º andar do prédio na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, onde moravam o pai e a madrasta. Ambos foram condenados em 2010 - ele, a 31 anos e 1 mês, ela, a 26 anos e 8 meses de prisão - mas já se encontravam presos desde 2008, quando ocorreu o crime. O caso teve grande repercussão nacional.

Alexandre Nardoni está em regime aberto desde maio do ano passado, cumprindo o restante da pena em liberdade. Ele teve concedida a progressão para o regime aberto depois de ficar preso por 16 anos. Já Anna Carolina Jatobá cumpriu 15 anos de pena e foi solta em 2023, também em progressão para o regime aberto.

Ana Carolina Oliveira foi a segunda vereadora mais votada da cidade nas eleições municipais de 2024. Seus projetos em tramitação na Câmara de São Paulo são voltados à proteção de mulheres, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência contra a violência, mas nenhuma proposta ainda foi aprovada.

Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada dentro de sua casa, em Sorocaba, interior paulista, pelo namorado, também de 17 anos. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 17.

O próprio jovem chamou a Polícia Militar após o ato, confessando o crime. Ele foi encaminhado à Fundação Casa e permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil investiga o caso. A perícia foi solicitada ao local e o caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Plantão de Sorocaba.

Em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios, uma redução de 5% em relação a 2023, segundo dados do Ministério da Justiça. No Estado de São Paulo, porém, houve recorde de casos de homicídios de mulheres por razões de gênero no último ano - foram mais de 250.

O advogado Juliano Bento Rodrigues Girau foi morto a tiros durante um assalto na madrugada deste sábado, 19, na orla da Praia Grande, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um amigo da vítima também foi baleado.

Ao menos um dos quatro suspeitos de participação no crime foi detido pela manhã. A Polícia Civil faz buscas pelos demais envolvidos.

Morador de São Gonçalo do Sapucaí (MG), o advogado estava no litoral paulista a passeio, junto com dois amigos. O crime teria ocorrido quando o grupo saiu de uma festa realizada na beira da praia, momento em que foi abordado por quatro homens encapuzados.

O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia de Ubatuba. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um terceiro amigo da vítima não se feriu e prestou depoimento à polícia.

"Os criminosos levaram celulares, carteiras e joias das vítimas", apontou em nota. "As investigações seguem em andamento para identificar e localizar os responsáveis pelo crime", finalizou.

Câmeras de segurança captaram o momento do crime, ocorrido pouco antes das 4 horas da madrugada. Nas imagens, o advogado e seus amigos são abordados por quatro homens encapuzados enquanto ainda estavam na faixa de areia.

Nas redes sociais, um dos amigos do advogado havia postado imagens das cerca de 12 horas de viagem de carro até Ubatuba. Guirau era formado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha (Fadiva), mas residia em São Gonçalo do Sapucaí, município do sul mineiro localizado a menos de 300 quilômetros de Ubatuba.

Prefeitura e OAB lamentam crime: 'Profissional íntegro'

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Gonçalo do Sapucaí se manifestou nas redes sociais: "Sua dedicação e compromisso com a Justiça sempre será lembrada com respeito e gratidão". "Manifestamos nosso repúdio pelo crime brutal que levou a morte do advogado da nossa subseção e que as medidas sejam tomadas para uma célere investigação", acrescentou.

A Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí também lamentou o caso em nota veiculada nas redes sociais. "Profissional íntegro, Dr. Juliano dedicou sua vida ao exercício da Justiça com ética, competência e respeito ao próximo. Sua partida representa uma grande perda não apenas para a advocacia, mas para toda a nossa comunidade", declarou.