Lilia Schwarcz é a nova imortal da Academia Brasileira de Letras

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Na eleição realizada nesta quinta-feira, 7, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), a historiadora Lilia Moritz Schwarcz foi escolhida para ocupar a cadeira número 9, sucedendo o diplomata Alberto da Costa e Silva, falecido em novembro. Schwarcz, renomada por suas contribuições à historiografia e antropologia brasileiras, destacou-se entre os concorrentes: o diplomata e escritor Edgard Telles Ribeiro, a escritora Chirles Oliveira Santos, o ex-senador Ney Suassuna e Antônio Hélio da Silva.

A cadeira, que ficou vaga após o falecimento de Costa e Silva, atraiu a candidatura de personalidades marcantes da cultura nacional. A escolha de Schwarcz pela ABL reafirma o compromisso da instituição em promover figuras que tenham legado significativo para a literatura e a cultura brasileiras. A historiadora, conhecida por suas análises profundas sobre o Brasil Império e questões raciais, adicionará à Academia sua vasta experiência acadêmica e literária.

O presidente da ABL, Merval Pereira, expressou a importância da eleição de Schwarcz, destacando que, embora a ABL tenha perdido dois grandes historiadores recentemente, a academia está agora "trazendo uma grande historiadora para suprir esta lacuna".

"Não é uma vaga de historiador - não temos aqui vagas de historiadores, mas é importante manter a nossa tradição de termos os maiores historiadores brasileiros. Lilia já chega com uma tarefa, que é dar continuidade à iconografia de Machado de Assis. Queríamos mais mulheres, porque perdemos recentemente várias de nossas confreiras e tínhamos uma dívida com a representatividade da mulher."

Arnaldo Niskier ressaltou a perda de Alberto da Costa e Silva, "que foi grande historiador e grande acadêmico", mas celebrou a chegada de Schwarcz, esperando que ela "seja uma grande acadêmica."

Domicio Proença Filho também comentou sobre a eleição de Schwarcz, afirmando que a chegada de uma "grande antropóloga e historiadora é de grande importância para a ABL", pois ela "dará uma contribuição muito grande a diversos temas importantes e também para os problemas que Alberto da Costa e Silva se importava."

Heloisa Teixeira expressou entusiasmo com a eleição de Schwarcz, destacando o aumento da representatividade feminina na ABL: "Estou muito feliz. A bancada das mulheres está aumentando e a Lilia vai aprontar!"

Quem é Lilia Moritz Schwarcz

Lilia Moritz Schwarcz é uma das figuras mais proeminentes da academia brasileira, com um trabalho extenso em história e antropologia, focando especialmente na sociedade brasileira. Professora titular da Universidade de São Paulo (USP) e visiting professor na Universidade de Princeton, Schwarcz é autora de vários trabalhos influentes, incluindo As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos, que ganhou o Prêmio Jabuti.

Seu trabalho caracteriza-se pelo exame crítico das estruturas raciais e da formação da identidade nacional brasileira, abordando temas como o racismo, a escravidão e o período imperial do Brasil. Com a sua eleição para a ABL, Lilia Moritz Schwarcz traz uma contribuição valiosa para a perpetuação e aprofundamento do diálogo sobre a cultura e a história brasileiras.

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Após 14 anos, o açude Orós, considerado o segundo maior reservatório do Ceará, voltou a encher na noite de sábado, 26, segundo a gestão estadual. "Orós sangrou", anunciou a governo nas redes sociais. "O momento, muito esperado por toda a população, simboliza renovação de esperança, fartura e alegria."

A sangria beneficia diretamente cerca de 70 mil pessoas e reforça a vazão do rio Jaguaribe. Construído em 1961, o açude tem capacidade para armazenar cerca de 2 bilhões de metros cúbicos de água.

Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), responsável pela operação do açude, o transbordamento marca um momento histórico não só para a região de Jaguaribe, mas para todo o Estado, "reforçando a segurança hídrica e renovando a esperança de milhares de cearenses".

A companhia afirma que o açude desempenha um papel estratégico no abastecimento de três importantes hidrossistemas: Orós-Feiticeiro, Orós-Lima Campos e Orós-Jaguaribe, tidos como essenciais para o fornecimento de água para consumo humano, irrigação e atividades econômicas em diferentes municípios cearenses.

"Hoje é um dia extremamente especial porque estamos tendo a oportunidade de, após 14 anos, verificarmos a sangria desse gigante da reservação hídrica do Estado", afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais da Cogerh, o diretor de Operações da companhia, Tércio Tavares.

Segundo ele, a recarga no reservatório ocorre após sucessivos anos de boas chuvas na região que compreende as bacias hidrográficas do Alto Jaguaribe e do Salgado, no sul do Ceará. Neste ano, 11 açudes localizados nessas duas bacias hidrográficas atingiram sangria - sete no Alto Jaguaribe e quatro no Salgado.

As águas da bacia do Cariri (Bacia do Salgado) chegam ao Orós através de vários afluentes do rio Salgado, como os riachos do Rosário e do Olho d'Água, entre outros pequenos cursos, explicou a Cogerh. Em Icó, essas águas se unem ao rio Jaguaribe, o maior do Ceará, que é o principal responsável pela alimentação do açude.

Segundo o governo do Ceará, dos 134 açudes monitorados pela Cogerh em parceria com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o acúmulo encontra-se com 13.512.313.816 m³, o que representa 74,76%, dos 18.073.965.477 m³ da capacidade total do Estado.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Paulo Azi (União-BA), escolheu o deputado Mendonça Filho (União-PE) para ser relator da proposta do governo para reformar o sistema de segurança pública no País. O informe ocorreu nesta segunda-feira, 28.

Mendonça Filho é um deputado de oposição ao governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A PEC da Segurança foi apresentada pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e é tratada como prioridade pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A Polícia Militar Ambiental (PMA) do Mato Grosso do Sul prendeu um homem de 37 anos, suspeito de matar duas onças-pardas em uma propriedade rural no município de Camapuã, a cerca de 140 quilômetros de Campo Grande.

A prisão foi realizada na quinta-feira, 24. O suspeito não teve a identidade revelada e, por isso, não foi possível localizar a sua defesa. A Polícia Civil investiga se o abatimento está relacionado com o comércio de peles ou caça ilegal.

Conforme a PM Ambiental, os agentes encontraram as carcaças dos animais nesta área rural. O homem suspeito foi localizado no local com um revólver calibre. 357. Ele foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil da cidade.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) do Mato Grosso do Sul informa, em nota, que a espécie de onça abatida está ameaçada, o que a torna protegida pela legislação brasileira.

"O crime ambiental de caça ilegal de animais silvestres tem atenção do governo do Estado, e por isso foi intensificado o policiamento ambiental em todo o Mato Grosso do Sul, com foco na repressão à caça ilegal e no fortalecimento das ações de educação ambiental - executadas em propriedades rurais, estradas e pontos turísticos", informa a secretaria.

Caso não está relacionado com ataque a caseiro

Conforme a pasta, o caso não tem relação com o episódio do caseiro de 60 anos, Jorge Avalo, morto por uma onça-pintada na semana passada, em Aquidauana. A vítima teve parte do corpo devorada pelo felino.

O animal foi capturado e levado a um Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande. No momento em que foi encontrado, estava pesando 94 quilos, abaixo da média para um macho adulto da espécie.

O Cras vai realizar todos os procedimentos de saúde no animal, com coleta de materiais para análise. O objetivo é descobrir se há material genético da vítima, e fazer análise multidimensional da saúde da onça para entender os motivos do ataque.