Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, morre aos 51 anos

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O cantor, compositor e instrumentista Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, morreu na sexta-feira, 26, aos 51 anos. O artista, que foi diagnosticado com câncer inguinal em 2022, teve complicações da doença e não resistiu. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da banda, que compartilhou uma nota de pesar no Instagram oficial.

"Nosso guerreiro Anderson Leonardo lutou bravamente, mas infelizmente foi vencido pelo câncer, mas será sempre lembrado por toda família, amigos e sua imensa legião de fãs, por sua genialidade, força e pelo amor aos palcos e ao 'Molejo'. Sua presença e alegria era uma luz que iluminava a vida de todos ao seu redor, e sua falta será profundamente sentida e jamais esquecida, nós te amamos", diz o comunicado.

Nascido no Rio de Janeiro, Anderson era filho do produtor musical Ubirajara de Souza, conhecido como "Bira Haway". Ainda jovem, o vocalista já tocava com seu colega Andrezinho, com quem fundou o Molejo no final da década de 1980.

Diagnóstico e tratamento contra o câncer

No dia 13 de outubro de 2022, Anderson revelou que foi diagnosticado com câncer inguinal. Nas redes sociais, o artista explicou que tratava-se de um tumor primário oculto. Ele já havia iniciado o tratamento médico e decidiu, na ocasião, que seguiria na ativa profissional e manteria a agenda de shows com o grupo de pagode.

Em 19 de janeiro de 2023, o cantor esteve no programa Encontro e afirmou ter se curado do câncer inguinal na região da virilha, após tratamento. Durante a entrevista, ele afirmou ter seguido todo o tratamento para eliminar a doença. "Terminei meu tratamento. O bom é que fiz meu tratamento, não faltei dia nenhum. Estava ansioso para começar".

Dois meses depois, em 19 de março, Anderson anunciou que iria retomar o tratamento contra o câncer. Segundo o artista, um inchaço na região dos testículos fez com que ele procurasse um médico. O cantor disse, em entrevista ao podcast Rocinha Cast, que a nova fase seria "mais leve". "Estou me preparando, mas estou 'legal'. [...] Eu vou lutar até o final", afirmou ele, que contou que o tratamento seria feito para evitar que o câncer atingisse outros órgãos.

No dia 11 de setembro do ano passado, o vocalista do Molejo, foi hospitalizado com diagnosticado com embolia pulmonar. "Mais uma vez contamos com as orações e o apoio dos amigos, fãs e contratantes", informou o comunicado emitido pela banda.

Em março deste ano, Anderson foi internado no hospital Unimed-Rio por causa de fortes dores causadas pelo câncer inguinal, e passou por um novo procedimento. "Ele fez o procedimento bloqueio de plexo nervoso hipogástrico na quarta-feira, 13?, informou a equipe do artista. Ele teve alta hospitalar na terça-feira, 19.

Seis dias depois, em 25 de março, o cantor voltou a ser internado, desta vez em estado grave. "A assessoria do grupo Molejo vem informar que infelizmente , devido ao agravo da doença que acomete o cantor Anderson Leonardo, o mesmo necessitou ser hospitalizado neste domingo em estado grave. Pedimos a todos os fãs e amigos que continuem em orações pelo nosso cantor", dizia a nota, postada nos stories do Instagram da banda.

Dois dias depois, integrantes da banda foram ao programa Encontro com Patrícia Poeta e compartilharam informações sobre o estado de saúde do artista. "Ele acordou, cantou, falou com as pessoas. Mas depois foi sedado novamente porque ele estava muito agitado, para dar uma acalmada. Mas os médicos falaram que pode ter uma ponta de esperança dele poder voltar", relatou Andrezinho sobre os momentos em que Anderson demonstrou sua determinação e humor, mesmo em face de sua condição.

No dia 8 de abril, vocalista do grupo Molejo, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Unimed-Rio, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Segundo um boletim médico compartilhado nas redes sociais do grupo e assinado pelo diretor do hospital, o vocalista estava com um quadro de insuficiência renal, porém, "acordado e lúcido", além de respirar sem a ajuda de aparelhos.

A última informação pública sobre a condição de saúde do cantor foi em 22 de abril, quando foi divulgado que ele havia sido novamente internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed-Rio.

Molejo se consolidou como um dos grandes grupos brasileiros de pagode

Também conhecido como "Molejão", o Molejo se consolidou como um dos grandes grupos brasileiros de pagode. Seu primeiro disco, Grupo Molejo, foi lançado em 1994. O álbum já rendeu "Caçamba", primeiro sucesso do grupo, e o estilo irreverente das composições garantiu hits como "Cilada" e "Dança da Vassoura".

Ao todo, Anderson ficou 35 anos à frente do grupo e participava de vários programas televisivos, sempre com bom-humor. "A nossa marca é a alegria, é a irreverência", disse ele no programa The Noite em 2015. Ele se dizia da "velha guarda" do pagode, aberto para colaborar com novos artistas como Thiaguinho, Ludmilla e Leo Santana.

"Não sei se sou referência ou não. Sei que eu adoro essa rapaziada que está chegando, adoro novidade. Porque a música é isso: todo mundo tem o seu espaço", declarou em uma entrevista no canal Cara a Tapa, em 2022.

Em 2021, o artista foi acusado de estupro pelo cantor e dançarino MC Maylon. Anderson negou as acusações, mas disse ter se envolvido em uma relação consensual com o bailarino. Em setembro de 2023, Anderson perdeu o processo e teve que indenizar Maylon.

Anderson era casado com a administradora Paula Cardoso e deixa quatro filhos: Alissa, Rafael Phelipe, Leozinho Bradock e Alice.

Em novembro de 2016, o grupo Molejo esteve na redação do Estadão, ocasião em que o grupo cantou seus maiores sucessos e falou sobre a carreira em momentos bem descontraídos.

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O Tocantins lançou nesta terça-feira, 8, em Palmas, a sexta edição do projeto Foco no Fogo 2025, que visa contribuir para a redução dos focos de incêndios na área rural. Conforme nota do governo estadual, o programa vai se iniciar amanhã, 9, no município de Tocantínia, e demandará investimentos de R$ 7 milhões.

Criado em 2020, o Foco no Fogo realiza trabalhos em territórios propícios às queimadas, alertando a população sobre os riscos e os prejuízos causados pelas queimadas irregulares, bem como pelos incêndios florestais. A iniciativa tem como objetivo principal promover a educação ambiental e conscientizar os proprietários rurais sobre os riscos e os prejuízos das queimadas.

O programa é gerido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com instituições do Comitê Estadual de Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas.

Uma das novidades, conforme a nota, é a consultoria da Unitins (Universidade Estadual do Tocantins), que vai capacitar os participantes das entidades parceiras antes de irem a campo. A capacitação inclui módulos específicos para conversas com proprietários rurais e estudantes. Além disso, a consultoria trará indicadores para medir os resultados do projeto, como a diminuição dos focos de queimadas e incêndios ilegais nas áreas atendidas.

Um dos parceiros, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), diz no comunicado que o objetivo é "agir proativamente" para que os incêndios não ocorram. Para tanto, estão sendo realizadas ações antecipadas e preventivas, como o manejo integrado do fogo, a estruturação de equipes de combate a incêndio, dos brigadistas dos parques nas APAs (Áreas de Proteção Ambiental), assim como equipar o Corpo de Bombeiros.

Na mesma nota o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, diz que "todos os órgãos envolvidos trabalham para conversar com os produtores rurais, para que realmente previnam e combatam o fogo". "Já estamos na fase de planejamento e faremos a contratação de 110 brigadistas para as unidades dos Bombeiros, além de três unidades virtuais para os locais com mais focos de fogo, em que trabalhamos com uma equipe maior para combater os incêndios", complementa.

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A massa de ar frio de origem polar que derrubou as temperaturas no primeiro fim de semana, trazendo recorde de frio do ano, aos poucos perde força na cidade de São Paulo. Desta forma, as temperaturas voltam a subir gradativamente nos próximos dias, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

Nesta terça-feira, 8, a capital paulista amanhecei com temperatura na casa dos 15ºC e umidade relativa do ar em torno dos 98%.

"No decorrer do dia a nebulosidade diminui e os raios solares mais constantes fazem a temperatura se elevar até os 26°C, com valores mínimos de umidade do ar ao redor dos 50%", afirma o CGE. Não há previsão de chuva.

Na quarta-feira, 9, a madrugada também será fria na capital paulista. Ao longo do dia, sol entre nuvens e elevação das temperaturas, que devem atingir em média 27°C com taxas mínimas de umidade próximas aos 55%. Há possibilidade de pancadas de chuva entre a tarde e o início da noite, conforme o órgão municipal. As precipitações devem dar uma trégua no sábado, 12, e retornar no domingo, 13.

Veja a previsão do tempo para SP, de acordo com a Meteoblue?

Terça-feira: entre 15ºC e 26ºC;

Quarta-feira: entre 18ºC e 27ºC;

Quinta-feira: entre 19ºC e 23ºC;

Sexta-feira: entre 18ºC e 24ºC;

Sábado: entre 17ºC e 26ºC;

Domingo: entre 17ºC e 26ºC.

Para a próxima semana, segunda a Meteoblue, a expectativa também é de temperaturas máximas variando entre 24ºC e 27ºC. Também há expectativa para pancadas de chuva.

Tempo marcado por 'efeito cebola'

Apesar de as madrugadas ainda serem marcadas por temperaturas mais amenas ou até um pouco frias nessas regiões no início da semana, as tardes se tornarão progressivamente mais quentes.

"Será uma semana do chamado "efeito cebola", com grande amplitude térmica em parte do Sul e do Sudeste, com as baixas temperaturas de manhã cedo e à noite exigindo roupas quentinhas, e as tardes quentes fazendo muita gente tirar os casacos", explica a Climatempo.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgaram apoio de aproximadamente R$ 39 milhões a pequenos produtores rurais e extrativistas no Amazonas. Os recursos, provenientes do Fundo Amazônia, serão destinados ao fomento das cadeias de óleos vegetais, açaí e pescado.

"O projeto será executado pela Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) em articulação com outras quatro associações do médio Juruá (AM), beneficiando 2,4 mil famílias (mais de 10 mil pessoas) em cerca de 76 comunidades da região", informou o banco de fomento, em nota distribuída à imprensa.

O aporte, na modalidade de recursos não reembolsáveis, tem como objetivo fortalecer as organizações comunitárias, diversificar a produção extrativista e expandir oportunidades de comercialização e geração de renda.

Os investimentos incluem beneficiamento e armazenagem, equipamentos de transporte, capacitação de moradores para a prática e gestão de atividades econômicas sustentáveis, implantação de sistemas agroflorestais (SAFs, prioritariamente em áreas degradadas) e manejo florestal de 1,8 milhão de hectares.

"Esse projeto vai aprimorar os processos produtivos agroextrativistas e contribuir para preservar uma área da Amazônia geograficamente bastante isolada e que apresenta grande biodiversidade", declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota oficial.

O banco frisa que a iniciativa do governo federal visa atuar "para fortalecer e consolidar cadeias socioprodutivas sustentáveis e o comércio ribeirinho na região do rio Juruá, onde comunidades isoladas levam até 52 horas de viagem para chegar aos centros urbanos".

O Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES, tem atualmente uma carteira de 125 projetos apoiados, no valor total de cerca de R$ 3 bilhões, informou o banco de fomento.