'Não é fácil lidar', comenta ex-BBB Matteus Amaral sobre acusação de fraude em sistema de cotas

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O ex-BBB Matteus Amaral, também conhecido como Alegrete, falou sobre o episódio do uso ilegal de cotas raciais para ingressar no bacharelado de engenharia agrícola, na Unipampa. A fraude foi exposta na semana passada e confirmada pela instituição. O pronunciamento do ex-participante ocorreu durante um evento em sua cidade natal, anteriormente, ele havia se pronunciado sobre o caso exclusivamente por mensagem de texto publicada em seu Instagram.

No sábado,15, ele indiretamente falou sobre o ocorrido, durante um Seminário de Benzedores, em sua cidade natal, Alegrete, Rio Grande do Sul. "Confesso que não é fácil lidar com tudo que estou vivendo, teve acontecimentos que as pessoas por maldade quiseram fazer. Quero agradecer por tudo que estou vivendo e a Deus pela oportunidade de estar vivo".

Em 2014, ele ingressou na faculdade utilizando vagas afirmativas, quando na época era solicitada apenas a autodeclaração. Hoje, o processo para uso de cotas vai além da autodeclaração, passando também por um processo de avaliação do conselho responsável. Em 2016, ele trancou o curso e, em 2018, tentou retomá-lo, mas não havia mais vagas afirmativas para a sua modalidade. Na faculdade em que ingressou em 2022, e onde cursa atualmente, sua entrada foi via ampla concorrência.

Na nota publicada anteriormente, Matteus diz se arrepender do ocorrido e justifica que sua inscrição foi feita por um terceiro. "A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio", diz o comunicado. Entendo o papel fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção", finalizou.

Um dia antes do seu pronunciamento, na última quarta-feira,13, um vídeo publicado pelo Matteus em seu perfil mostra sua mãe, Luciane Da Silveira Amaral, conversando com outra pessoa e dizendo "Já ouvi dizer que isso aí não dá nada, se eu me declarei negra, sou negra". Pouco tempo depois, o vídeo foi excluído sem nenhum pronunciamento.

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A Finlândia será o primeiro país a vacinar humanos contra a gripe aviária. Em nota, o Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar (THL, na sigla em finlandês) afirmou que foram adquiridas 20 mil doses do imunizante por meio de aquisições conjuntas da União Europeia, para imunizar 10 mil pessoas com duas doses. A vacina contra a gripe aviária H5N8, desenvolvida para combater o vírus da gripe aviária do subtipo H5, recebeu autorização de comercialização na UE em abril de 2024.

O comunicado não especificou a data de início da vacinação, mas o THL disse que o processo deve começar o mais rápido possível.

A imunização será oferecida a maiores de 18 anos com maior risco de infecção, como pessoas em contato com animais em fazendas de produção de peles, envolvidos em manuseio ou eliminação de aves doentes ou na limpeza de instalações, além de trabalhadores de laboratório que manuseiam o vírus da gripe aviária.

Até agora, nenhuma pessoa foi infectada pelo vírus da gripe aviária na Finlândia. O objetivo da vacinação "é evitar uma situação em que o vírus da gripe aviária infecte humanos ao mesmo tempo que o vírus da gripe sazonal, o que poderia permitir o surgimento de um novo tipo de vírus", segundo o comunicado.

O Papa Francisco alertou contra a legalização das drogas e chamou traficantes de "assassinos" em discurso durante sua audiência semanal na praça de São Pedro, no Vaticano, nesta quarta-feira, 26. A fala do pontífice se deu no contexto do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1987 e celebrado nesta quarta-feira.

"A redução da dependência de drogas não pode ser alcançada através da liberalização do seu consumo, isto é uma ilusão, como foi proposto por alguns, ou já implementado, em alguns países. Se for liberalizada o consumo será maior", disse.

O religioso comentou sobre a necessidade de prevenção, ensinando aos jovens os "valores que constroem a vida pessoal" e dando suporte as pessoas que já estão em vício.

"Não podemos ignorar as intenções e más ações dos distribuidores e traficantes de drogas. Eles são assassinos", disse o Papa, que deu continuidade a fala sobre traficantes pouco depois, chamando-os de "traficantes da morte".

"Quantos traficantes de morte existem, porque os traficantes de drogas são traficantes de morte! - quantos traficantes de morte existem, movidos pela lógica do poder e do dinheiro a qualquer custo! Esta praga, que produz violência e semeia sofrimento e morte, exige um ato de coragem de toda a nossa sociedade", disse.

Francisco também destacou o impacto da produção e do tráfico das substâncias no meio ambiente. "Isto tem se tornado cada vez mais evidente na bacia amazônica".

O Papa não falou especificamente sobre nenhuma droga e nem fez diferenciação entre as drogas consideradas "pesadas", como cocaína, ou drogas consideradas "leves" como a maconha, legalizada em diversos países par uso recreativo.

Nesta terça-feira, 25, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu descriminalizar o porte da maconha para uso pessoal no Brasil. Mesmo com a maioria para extinguir a penalidade já formada, a Corte ainda vai decidir alguns critérios que terão impacto em decisões judiciais futuras.

Nesta quarta, discussão segue para definição de uma quantidade fixa da substância para diferenciar o consumo próprio da prática de tráfico e o resultado oficial.

Com o resultado, fumar maconha continua proibido, porém sua penalidade se dará no âmbito administrativo, ou seja, não pode render penas criminais.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), evitou confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF), um dia após a Corte decidir que não é crime o porte pessoal de maconha. Ao contrário do que fizera o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) que criticou o resultado do julgamento no STF, Lira preferiu dizer que a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional que trata do tema não será acelerada na Câmara. Mas avisou que há maioria no Congresso a favor do texto da PEC.

Na direção oposta ao que decidiu o Supremo, a PEC prevê que o uso de drogas é crime, ainda que o usuário tenha tratamento diferenciado na definição de penas pela Justiça. O STF reconheceu na terça-feira, 25, que o porte de maconha para consumo próprio não é crime. Os ministros ainda debatem critérios objetivos para diferenciar usuários e traficantes, inclusive quantidade de droga. O julgamento deve ser concluído nesta quarta-feira, 26.

Uma das discussões será a definição de uma quantidade fixa da substância para diferenciar o consumo próprio da prática de tráfico. Há tendência de que os ministros concordem em definir 40 gramas como a quantidade máxima no caso de um usuário.

"A PEC votada no Senado Federal está tendo a tramitação normal, independe do que ocorre em outro poder", disse Lira, acrescentando: "Ela nem será apressada. Nem retardada. Terá um trâmite normal no aspecto legislativo para que o parlamento possa se debruçar sobre esse assunto que veio originalmente do Senado".

Apesar de evitar polemizar com o STF, Lira disse que há maioria no Congresso que segue na defesa do texto da PEC. "Não existe consenso na política para nada. O que existe, eu penso, é uma maioria que hoje se coloca razoavelmente favorável ao texto da PEC, mas isso a gente só vai ver quando e se a PEC estiver pronta para ir a plenário", disse o presidente da Câmara.

Ele evitou emitir juízo sobre a decisão do Supremo de descriminar o consumo da maconha. "Não tenho opinião (sobre julgamento do STF). Você não opina a respeito de decisões judiciais. Ou você recorre ou legisla. Opinar não faz parte da minha obrigação e função".