'Casamento às Cegas': Ingrid fala sobre abuso sexual, traições e B.o contra Leandro Marçal

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Participante da quarta temporada do reality show Casamento às Cegas, a arquiteta Ingrid Santa Rita, 34, publicou um vídeo na noite da última quinta-feira, 11, detalhando o abuso sexual sofrido por parte de seu ex-marido, o personal trainer Leandro Marçal, 32. Eles se conheceram no programa produzido pela Netflix e Endemol.

No vídeo, Ingrid também conta que fez um B.O contra o ex e diz estar protegida pela Lei Maria da Penha.

"Imagino que isso deva ter assustado e engatilhado muitos de vocês, mas estou convivendo com essa dor há meses. E me desculpem o descontrole no reencontro, mas foi a primeira vez que o vi desde que a gente terminou", explicou.

O episódio Reencontro fecha a temporada do reality, e funciona como uma espaço para "lavar a roupa suja", e falar quais casais formados no programa ainda estão juntos. A participante retratou como sua saúde mental foi afetada ao pensar em rever o ex. "Desde que nos separamos eu não o vi mais, até o dia do reencontro. Conforme a data foi chegando eu comecei a ter crises de pânico, comecei a ser medicada e a passar na psiquiatria e psicologia, porque eu sabia que eu iria encontrar com o Leandro."

Mesmo com mais de 15 minutos narrando detalhes do abuso, mentiras e traições, a arquiteta tentou tranquilizar as seguidores: "Eu quero voltar a ser a Ingrid que sorri, a Ingrid alegre, a Ingrid feliz, que gosta da vida, que ri alto, que fala alto. É essa mulher que eu sou, e que vou voltar a ser!".

Motivo do término e abuso sexual

Ingrid contou que o casal enfrentava os problemas sexuais desde o reality e que mais tarde descobriu que Leandro já enfrentava problemas com disfunção erétil desde os 20 anos. E relembrou que tudo começou com um casamento feliz. "Casamos felizes tá gente? Casamos muito felizes e tudo foi muito sincero. Posterior a isso tivemos muitas relações e todas consensuais, o Leandro sempre me respeitou, inclusive na gravação do programa."

"Houve sim algumas dificuldades iniciais, a relação sexual sempre se arrastou até o final da nossa relação, mas sabíamos lidar com isso de forma até que saudável. Acolhi o Leandro, desde o início. Porém em dado momento ficou insustentável aquela situação, na verdade, frustrante é a melhor palavra, por tentarmos e não conseguimos evoluir naquilo", relembra, "Eu falei 'você precisa voltar a fazer terapia', porque ele fazia antes do programa e chegou a fazer algumas durante, mas ele já estava há quase dois meses sem nenhum tipo de tratamento, e eu incentivei, falei 'olha a gente vai parar de tentar, porque isso ta pegando muito para mim. Foi então que ele falou para mim que essas questões eréteis dele já eram arrastadas desde dos 20 anos", completou Ingrid.

Ela descreveu que após essa conversa, Leandro optou por "resolver o problema sozinho". "Ele esperava eu dormir para tentar resolver o problema. Na cabeça dele, se ele conseguisse transar comigo, a gente não ia mais ter problema nenhum, só que ele esqueceu que precisava avisar, que precisava ser consentido como até então era."

As noites começaram a ser momentos de horror, desabafou Ingrid. "Eu acordava e pedia para ele parar. Eu voltava a dormir e ele tentava todas as práticas possíveis ali, uma tentativa insana de resolver o problema. E não foi um ou dois dias, foram vários dias que se sucederam e eu não conseguia reagir. Aquilo era muito difícil para mim, e eu acordava dizendo 'para pelo amor e Deus, para. O que você está fazendo? Estou começando a ficar com nojo de você e ele dizia: 'Não amor, tudo bem, eu vou parar, desculpa, é que eu realmente queria tentar resolver nosso problema'. E eu voltava a dormir."

Ingrid, por fim, relatou o dia do término: "Nesse último dia, colapsei, eu acordei diversas vezes com ele tentando, e na última tentativa eu não conseguia entender porque não conseguia sair daquilo. E eu dizia 'Leandro para, isso vai me machucar, isso não está legal'. E ele dizia: 'Não, vamos tentar'. Eu respondia: 'Para por favor'. E ele, de novo, tentando ficar ereto. Eu, enojada, gritava: 'Não toca mais em mim, eu não quero que você toque em mim'. Não tinha mais respiração e eu desmaiei e bati com as costas na cama e acordei com minhas duas filhas em cima de mim".

Após o ocorrido, Ingrid descreveu a situação acalorada, enquanto suas filhas a socorriam, Leandro permaneceu sentado na cama olhando. Até que Duda, 13, filha mais nova, disse para a mãe sair daquela relação.

"Passado isso terminei com o Leandro e eu falei para ele que não ia trazer isso ao público, que eu tinha consciência que isso poderia influenciar muito nossas vidas e que eu não queria ser conhecida por essa situação. E pedi para ele viver a vida dele, que eu viveria a minha. E foi assim que terminei com o Leandro."

Mas, mesmo após o término, Leandro continuou procurando por Ingrid. A partir disso, segundo a participante, ele começou a frequentar os mesmos lugares que ela e enviar mensagens esporádicas.

"O que me assustou e me fez procurar o programa foi ele dizer: 'Ingrid, a gente não precisa ser amigo, mas precisamos ter uma boa convivência, porque afinal, vamos nos encontrar em eventos e em outras situações, e quando isso acontecer, precisamos estar bem'." Ela segue: "Isso começou a me desesperar, porque ele não entendia todo o mal que me causou."

O que disse Leandro sobre o caso

Ainda durante o programa, Leandro falou sobre o desabafo de Ingrid: "Nossa relação nunca foi amistosa, nunca foi saudável de fato, a gente nunca conseguiu se conectar de fato. Na parte sexual, pegou muito. Em determinado momento, fiz exame, fui procurar ajuda, entender o que estava acontecendo com o Leandro. A gente entendeu que não era um problema físico, era um problema psicológico".

Ele falou do seu problema de ereção e assumiu o erro. "Na parte sexual, eu nunca falei que fui certo. Sim, eu fui errado em tentar resolver um problema dentro do nosso relacionamento que era o polo principal de você falar: '50% do relacionamento é sexo, a gente precisa ajustar isso'. Busquei ajuda, sim, só que as coisas não são rápidas assim. Quando eu já estava nessa, a gente já estava ali para o meio no final. O nosso relacionamento já estava realmente horrível. A parte sexual foi um problema nosso, sim, de eu achar que isso daqui será o que resolverá o problema do relacionamento. E aí o ego tomar e eu achar que se eu resolver isso o relacionamento vai andar", continuou.

Leandro pediu desculpas, mas para ele o relacionamento tinha outros problemas: "Nosso relacionamento realmente não deu certo. Peço desculpa como eu já te pedi diversas vezes. Entendo o que foi o meu erro, mas entendo também que um relacionamento é feito a dois. Nosso relacionamento não terminou naquela semana. Nosso relacionamento já tinha terminado, você só não teve coragem de dizer que não queria mais", concluiu.

Desde a publicação do episódio final, no qual Ingrid fala sobre o caso, Leandro não se posicionou novamente e bloqueou comentários no perfil do Instagram.

Em outra categoria

A Polícia Federal deflagrou nesta terça, 28, a Operação Narco Vela para reprimir tráfico internacional de drogas com o uso de veleiros e barcos que seguiam do Porto de Santos, litoral paulista, com destino à Europa e África. A investigação conta com ações do DEA (Drug Enforcement Agency), Marinha dos EUA, Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A investigação teve início a partir de uma comunicação do DEA sobre a apreensão de 3 toneladas de cocaína em fevereiro de 2023, no interior do veleiro 'Lobo IV', em alto mar próximo ao continente africano, com abordagem da Marinha Americana. Na ocasião, foi preso Flávio Pontes Pereira.

Com base em informações enviadas pelo Drug Enforcement Agency (DEA), núcleo anti-drogas dos EUA, a Polícia Federal identificou a participação de Leandro Ricardo Cordasso, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que 'mantinha relação de afinidade com Rodrigo Felício, o 'Tico', e Levy Adriani Felício, o 'Mais Velho', ambos integrantes da facção.

O tráfico fazia uso de satélites e embarcações com autonomia para travessias oceânicas, inclusive veleiros. Mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares do estado de São Paulo dão cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva, 31 de prisão temporária e 62 de busca e apreensão, em endereços de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina. Até agora, 23 investigados foram presos.

Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio e apreensão de bens até o valor de R$ 1,32 bilhão.

Outros carregamentos também foram interceptados em águas internacionais pela Guarda Civil Espanhola e Marinha Francesa.

A prisão do auxiliar de enfermagem do Hospital das Clínicas suspeito de estupro foi convertida em preventiva nesta terça, 28, de acordo com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O funcionário, de 31 anos, foi preso em flagrante no domingo, 26, após estuprar um paciente de 39 anos que está em internado na unidade. O processo tramita em segredo de justiça. O nome do profissional não foi divulgado.

Em nota, o hospital afirmou que acionou a Polícia Civil após identificar um caso de violência cometido por um de seus colaboradores. Ele foi preso logo após a denúncia e imediatamente demitido por justa causa, segundo a direção hospitalar.

O hospital disse ainda que continuará colaborando com as investigações, além de oferecer suporte aos familiares do paciente. O caso foi registrado pelo 14º Distrito Policial (Pinheiros).

O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) também informou que está está apurando o caso.

"Diante de situações de possível infração ética, segue os ritos de apuração e as diretrizes da resolução Cofen 706/2022, além de reforçar seu compromisso com o exercício profissional de enfermagem seguro e livre de danos aos pacientes e cidadãos", disse a entidade.

Países do continente americano fazem um esforço em conjunto ao longo desta semana para aumentar os índices de vacinação. A campanha, desenvolvida pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), começou no sábado, 26, e segue até o dia 3 de maio. O objetivo é aplicar 66,5 milhões de doses de imunizantes durante o período.

A atenção é especialmente direcionada para a imunização contra o sarampo devido aos surtos registrados nos Estados Unidos, Canadá e México, com mais de 2,6 mil casos confirmados e três mortes. O número é três vezes maior do que o do ano passado.

Em abril, quando ocorreu o primeiro óbito em dez anos em decorrência da doença nos EUA, apenas 2% dos norte-americanos infectados tinham o esquema vacinal de duas doses completo. Outros 4% haviam tomado apenas a primeira dose. Os demais, 94%, não haviam se imunizado ou não sabiam dizer se tomaram a vacina.

Brasil

O cenário no exterior reforça a necessidade de imunização no País, segundo especialistas.

"A reintrodução do vírus é algo esperado. O mundo não está livre do sarampo. A entrada de pessoas infectadas no Brasil já aconteceu e voltará a acontecer. O que precisamos evitar é que o vírus encontre um ambiente suscetível para que ele volte a circular", disse Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em entrevista ao Estadão.

"Talvez (o sarampo) seja a doença de maior transmissibilidade que conhecemos. Para cada caso, você pode ter 20 casos secundários em um ambiente em que ninguém é vacinado", destacou Kfouri.

Para evitar novos casos da doença, o Ministério da Saúde tem reforçado a importância da vacinação. Todos que não receberam a vacina na infância ou que não têm certeza se receberam são orientados a tomar a tríplice viral, que, além do sarampo, protege contra caxumba e rubéola.

Febre amarela

Outra doença que gera preocupação é a febre amarela. Até o momento, foram confirmados 189 casos em todo o continente americano, três vezes mais do que os registros no ano passado. O Brasil se destaca com 102 casos e 41 mortes.

A vacinação é a forma mais eficaz de combate à doença. Atualmente, o calendário vacinal prevê uma dose do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de dose única. O imunizante é oferecido gratuitamente em postos de saúde de todo o País.

Além de aumentar os índices de imunização, a campanha também pretende contribuir com as metas de eliminação de doenças da OPAS. O objetivo é erradicar mais de 30 enfermidades até 2030, incluindo 11 doenças preveníveis com vacinação, como sarampo e hepatite B, além da meningite bacteriana e do câncer do colo do útero.