Comentarista é demitido após falas sexistas sobre nadadoras nas Olimpíadas de Paris

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A cobertura dos Jogos Olímpicos de Paris durou pouco para o comentarista Bob Ballard, da rede de TV europeia Eurosport, propriedade da Warner Bros. Discovery. No sábado, 27, ao acompanhar o revezamento feminino 4x100m livre, Ballard fez comentários sexistas sobre as atletas da seleção australiana.

Enquanto as nadadoras Mollie O'Callaghan, Shayna Jack, Emma Mckeon e Meg Harri se dirigiam ao Centro Aquático de Paris para receberem a medalha de ouro que haviam acabado de conquistar, Ballard comentou: ""Bem, as mulheres estão terminando. Você sabe como elas são... Andam por aí, se maquiam", disse, de acordo com o reprodução do jornal The Independent. A equipe feminina da Austrália havia acabado de fazer história com seu tempo de 3:28.92, garantindo o quarto ouro consecutivo nas Olimpíadas.

As falas do comentarista geraram revolta nas redes sociais, o que levou a Eurosport a se manifestar e divulgar que o comentarista foi demitido de sua função.

"Durante um evento da cobertura do Eurosport na noite passada, o comentarista Bob Ballard fez um comentário inapropriado. Ele foi removido da nossa lista de comentaristas com efeito imediato", diz o comunicado.

Ballard tem mais de 40 anos de experiência como jornalista e comentarista esportivo e é especialista em esportes aquáticos. Ele se pronunciou na manhã desta segunda-feira, 29, em suas redes sociais.

"Os comentários que fiz durante a cerimônia de vitória do revezamento estilo livre australiano no sábado causaram ofensa. Nunca foi minha intenção aborrecer ou menosprezar ninguém e, se o fiz, peço desculpas", diz a primeira parte do texto.

"Sou uma grande defensor do esporte feminino. Sentirei muita falta da equipe Eurosport e desejo a ela tudo de melhor para o resto das Olimpíadas. Nenhum outro comentário será emitido. Obrigado", concluiu Ballard.

O mote dos Jogos de Paris 2024 é justamente a igualdade, premissa defendida pelo Comitê Olímpico Internacional, que trabalhou para que as mulheres fossem, pela primeira vez, 50% dos atletas participantes.

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A linha Expresso Aeroporto da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) começa a sair da Estação da Luz, no centro de São Paulo, a partir desta segunda-feira, 17. Antes, essa saída ocorria da Palmeiras-Barra Funda, na zona oeste, como acontece regularmente. A alteração vale para todos os dias da semana até 1º de abril. Depois, até o fim do próximo mês, a linha só sairá da Estação da Luz aos fins de semana (leia mais abaixo).

De acordo com a CPTM, o motivo da mudança é uma obra para extensão definitiva da linha 11-Coral até a Barra Funda. Hoje, a primeira estação da linha é a Luz e ela passa por toda a zona leste da capital até chegar na última, Estudantes, em Mogi das Cruzes, cidade da região metropolitana. Uma operação assistida entre a Barra Funda e a Estudantes já acontece, mas somente aos fins de semana.

"Para garantir o menor impacto possível ao passageiro da companhia, as obras acontecerão em fases, com duração prevista até o final de abril. Durante todo esse período, a operação assistida entre Palmeiras-Barra Funda e Estudantes, que ocorre todos os domingos das 10h às 15h, será suspensa", informa a CPTM.

Desde o início da operação nesta segunda, 17, até 1º de abril, os trens que seguem em direção à Estação Aeroporto-Guarulhos sairão da plataforma 5 da Luz, onde já faziam uma parada.

Posteriormente, a partir das 22h do dia 4 de abril até o término da operação comercial do dia 6 de abril e prosseguindo nos finais de semana de 11 a 13 e 25 a 27 de abril e no feriado de Tiradentes, em 21 de abril, o Expresso Aeroporto também permanecerá partindo da Estação Luz.

Nesses mesmos períodos, a Linha 11-Coral utilizará a plataforma 3 da Luz tanto para embarque quanto para desembarque.

Durante a obra, será feita a substituição das grades de dormentes de madeira por concreto na via, eliminando falhas por problemas com a bitola e dormentes deterioradas. Além disso, não será necessário mais interrupções para inspeção de dormentes e fixações, nem manutenção para substituir as dormentes.

Veja o cronograma completo:

- 17 de março a 1º de abril: Expresso Aeroporto e Linha 11-Coral partem da estação da Luz, das plataformas 5 e 3, respectivamente;

- Fim de semana de 11 a 13 de abril: Expresso Aeroporto e Linha 11-Coral partem da estação da Luz, das plataformas 5 e 3, respectivamente;

- Feriado de Tiradentes, em 21 de abril: Expresso Aeroporto e Linha 11-Coral partem da estação da Luz, das plataformas 5 e 3, respectivamente;

- Fim de semana de 25 a 27 de abril: Expresso Aeroporto e Linha 11-Coral partem da estação da Luz, das plataformas 5 e 3, respectivamente;

- Demais dias: Expresso Aeroporto e Linha 11-Coral partem da estação Palmeiras-Barra Funda, nas plataformas indicadas na própria estação.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou nesta segunda-feira, 17, três policiais militares por suspeita de envolvimento no assassinato de Antonio Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) executado a tiros de fuzil na saída do Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.

Foram denunciados Denis Antônio Martins, Ruan Silva Rodrigues e Fernando Genauro da Silva. O Estadão busca contato com as defesas.

O Ministério Público afirma que eles aceitaram "promessa de recompensa para a execução e participação no crime" e agiram "como verdadeiros mercenários e matadores de aluguel".

Também foram denunciados Kauê do Amaral Coelho, o "Jub", Diego dos Santos Amaral, conhecido como "Didi", e Emílio Carlos Gongorra Castilho, vulgo "Cigarreira", todos apontados como integrantes do PCC.

A denúncia atribui a eles o crime de homicídio qualificado por motivo torpe, perigo comum (quando um número indeterminado de pessoas é colocado em risco), mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego de arma de fogo de uso restrito.

Motivação

O Ministério Público concluiu que o crime aconteceu em "represália por conta de desavenças relacionadas à lavagem de dinheiro e, ainda, a algumas mortes de integrantes do PCC".

Griztbach era uma espécie de operador financeiro da facção. Ele agia como "laranja" na compra de imóveis e em investimentos financeiros.

Veja o que o Ministério Público atribui a cada denunciado:

- Denis Antônio Martins: Cabo da Polícia Militar, Denis é apontado como um dos executores.

- Ruan Silva Rodrigues: Soldado da PM, Ruan também foi denunciado como atirador.

- Fernando Genauro: Tenente da PM que teria levado Denis e Ruan até o aeroporto.

- Kauê do Amaral Coelho: Teria atuado como olheiro no dia do crime. Segundo o Ministério Público, ele transmitiu informações do "posicionamento da vítima em tempo real". "Visando cumprir sua missão, o denunciado monitorou os movimentos de Vinicius desde o desembarque, mantendo-se distante, entretanto, sem perder contato visual, e comunicando-se via aparelho celular com terceiros", diz a denúncia.

- Diego dos Santos Amaral e Emílio Carlos Gongorra Castilho: O Ministério Público afirma que foram eles que "angariaram o auxílio" de Kauê para monitorar Gritzbach.

As investigações sobre o assassinato de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, trouxeram à tona novos elementos que reforçam as suspeitas contra Maicol Sales dos Santos, único preso até o momento. O laudo pericial do celular do suspeito indica que ele monitorava os passos da jovem desde 2024 e demonstrava um comportamento obsessivo em relação a ela.

Vitória desapareceu em 27 de fevereiro e foi encontrada morta em 5 de março, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, em Cajamar, na Grande São Paulo.

Neste domingo, 16, o Fantástico, da TV Globo, transmitiu trechos de um relatório da perícia, que detalha a cronologia dos últimos momentos de Vitória e reforça a hipótese de que o crime foi premeditado. Segundo os investigadores, Maicol visualizou uma postagem da jovem nas redes sociais, na qual ela aparecia no ponto de ônibus às 0h06 do dia do desaparecimento.

Além disso, a perícia encontrou no celular do suspeito uma coleção de imagens de Vitória e de outras mulheres com características físicas semelhantes, como tipo de cabelo e perfil corporal. As imagens vinham sendo arquivadas desde setembro do ano passado.

Também foram encontradas fotos de facas e de um revólver armazenadas no telefone de Maicol. A polícia acredita que ele possa ter usado uma dessas armas para forçar a vítima a entrar em seu carro sem reagir e não descartam a possibilidade de que ele possa ter agido sozinho em todas as etapas do crime.

Indícios anteriores

Maicol Sales dos Santos, preso há oito dias, é o proprietário de um Toyota Corolla identificado na cena do crime. A perícia encontrou vestígios de sangue no porta-malas do veículo, o que reforça a suspeita contra ele.

"No veículo Corolla, tivemos a constatação de sangue no porta-malas, e tudo leva a crer que pode ser da vítima. Já foi encaminhado para exame de DNA", afirmou Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).

Além disso, testemunhas relataram ter ouvido barulhos incomuns na casa do suspeito na noite do desaparecimento de Vitória. Outro detalhe que chama a atenção dos investigadores é que Maicol sabia que o carro do pai da jovem estava quebrado, o que dificultaria que ela conseguisse uma carona para voltar para casa.

A contradição no depoimento de Maicol também pesou contra ele. O suspeito afirmou que passou a noite do crime em casa com a esposa, mas ela desmentiu sua versão, dizendo que dormiu na casa da mãe e não esteve com o marido naquele dia.

Diante das novas provas, a polícia reavalia se continua considerando Gustavo Vinícius, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, morador da região, como suspeitos. Ambos sempre negaram envolvimento no caso. Os investigadores aguardam os laudos finais da perícia para determinar se Maicol é, de fato, o responsável pelo crime.