O vice-presidente do Banco da Inglaterra (BoE), David Ramsden, disse que, com base nas evidências, uma abordagem gradual para remover a restrição da política monetária parece apropriada para manter a inflação próxima da meta de 2% no Reino Unido.Em participação em evento realizado na Leeds University Business School, Ramsden citou que a "última milha" para se conseguir uma volta da inflação para a meta de maneira sustentável é a mais difícil, ainda que o dirigente tenha constatado que a queda do índice de preços ao consumidor foi, até o momento, bem maior do que os dirigentes previam há um ano.
Mesmo com a trajetória de desinflação sendo uma boa notícia para o Reino Unido, "a experiência da primeira fase do processo de desinflação até o momento pode não ser representativa do que está por vir".
O dirigente citou que algumas das medidas no Orçamento de Outono apresentado pelo governo, que, segundo ele, introduzem incerteza nas perspectivas para o mercado de trabalho e a economia em geral.
"Ainda não está claro como o aumento nas contribuições ao seguro nacional (NICs) do empregador e no salário mínimo nacional impactarão o custo geral do emprego para empresas, salários e, finalmente, preços", pontuou.
Ramsden salientou que o aumento no NICS do empregador representa um aumento nos custos trabalhistas, inicialmente, totalmente suportados pelo empregador.
"Não está claro até que ponto o aumento de impostos será transmitido em um aumento nos preços, redução nos salários, aumento no desemprego ou de outra forma absorvido nas margens de lucro ou crescimento da produtividade", notou.
Para dirigente do BoE, abordagem gradual para remover restrição monetária parece apropriada
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