Taxa de desemprego em SP, de 6%, é a menor da série, destaca IBGE

Economia
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A taxa de desemprego Em São Paulo, que passou de 6,4% no segundo trimestre de 2024 para 6,0% no terceiro trimestre de 2024, desceu ao menor patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para 6,4% no terceiro trimestre de 2024.

"São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais têm uma parcela maior não só da população como um todo, mas também da população ocupada no mercado de trabalho muito grande. Se a taxa de desocupação reduz nesses Estados, naturalmente vai influenciar muito mais no total nacional do que, por exemplo, a taxa de desocupação no Acre", apontou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. "Se São Paulo está evoluindo de alguma forma, isso pode se espalhar para o resto do país."

Em Minas Gerais, a taxa de desemprego saiu de 5,3% no segundo trimestre para 5,0% no terceiro trimestre. No Rio de Janeiro, a taxa passou de 9,6% para 8,5% no período.

A taxa de desocupação recuou de forma estatisticamente significativa em sete das 27 unidades da Federação na passagem do segundo trimestre de 2024 para o terceiro trimestre. Houve elevação em apenas cinco Unidades da Federação, mas com variação dentro da margem de erro da pesquisa, ou seja, considerada estatisticamente não significativa. As demais 22 Unidades da Federação ou registraram queda efetiva ou tendência de redução, embora dentro da margem de erro da pesquisa.

Kratochwill lembra que a taxa de desocupação nacional desceu no terceiro trimestre ao segundo menor patamar da série histórica, redução que "pode ser atribuída à chegada do segundo semestre do ano, período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações voltado à produção e formação de estoques, visando a atender ao aumento do consumo no final do ano".

No terceiro trimestre, a indústria registrou uma abertura de mais de 400 mil vagas, lembrou o pesquisador. "Quando a indústria se fortalece no sul, isso pode se espalhar para o resto do país", acrescentou.

No terceiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram as de Pernambuco (10,5%), Bahia (9,7%), Distrito Federal (8,8%) e Rio Grande do Norte (8,8%), enquanto as menores ocorreram em Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%).