A ministra da Gestão, Esther Dweck, disse nesta terça-feira, 17, que há "muitas vezes visões completamente erradas sobre o resultado das empresas estatais" e destacou que "não faz sentido" comparar apenas receitas e despesas de um ano. "Nenhuma empresa é medida por isso, as empresas são medidas pelos seus resultados contábeis, seja de lucro ou prejuízo", afirmou. "As pessoas pegam o resultado que é o resultado de contas públicas, que é o déficit na empresa, uma coisa que nenhuma empresa privada calcula, porque não faz sentido você comparar apenas receita de um ano com a despesa de um ano, não faz muito sentido para as empresas", comentou.Esther Dweck avaliou que a independência financeira poderia gerar resultados melhores às estatais e citou como exemplo a Telebras, que segundo ela está no "limiar" de se tornar independente.
"Elas teriam capacidade de gerar uma receita gigantesca, se elas tivessem capacidade de comprar os seus insumos. É uma questão de liberá-la para poder comprar o insumo. A partir do momento que ela comprar o insumo, ela consegue ter receitas três, quatro, cinco vezes a mais do que seu custo e, portanto, gerar muitos resultados positivos para a sociedade brasileira", defendeu a ministra.
Críticas à 'lógica de privatização'
Esther Dweck voltou a criticar nesta terça o que chamou de "lógica de privatização" de empresas estatais na gestão do governo de Jair Bolsonaro. Ela mencionou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderia ter sido "fechado", após a instituição ter sido colocada no processo de "virar uma empresa de serviços".
"Era uma lógica puramente de privatização das empresas, ou de deixar as empresas tão depreciadas que nem a privatização seria feita. Até o próprio BNDES ficou em um processo de virar uma empresa de serviços com tendência a ser fechada, uma empresa que é a maior financiadora do desenvolvimento brasileiro", declarou a ministra.
O governo federal formalizou nesta terça-feira cinco Acordos de Cooperação Técnica para "reforçar a governança e modernização das empresas estatais".
A ministra Esther Dweck disse que muitas estatais no início do terceiro mandato do presidente Lula precisavam "realmente de uma nova capacidade de fôlego".
Muitas vezes há visão completamente errada sobre resultado das empresas estatais, diz ministra
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