O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a proposta de alterar a correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), como sugerido no pacote fiscal, foi saudável. A retirada do tema, no entanto, não afetará a potência das medidas, já que o impacto econômico, segundo ele, foi reduzido de R$ 71,9 bilhões em dois anos para R$ 70 bilhões, conforme antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Haddad ponderou, inclusive, que o governo do Distrito Federal é o ente que mais ganha com a reforma tributária, com a mudança da cobrança para o destino.
"Entendemos que trazer [o FCDF] para o arcabouço era saudável", disse ele.
De acordo com o ministro, após a aprovação de todas as medidas pelo Senado, o governo deve divulgar uma planilha para detalhar "a potência do pacote", reforçando mais uma vez que não houve desidratação.
Sobre o tema dos supersalários, que foi enfraquecido dentro do pacote fiscal durante a tramitação na Câmara dos Deputados, Haddad esclareceu que o Judiciário não impacta o resultado primário do governo. "Nunca consideramos o impacto fiscal do Judiciário na nossa planilha", disse o ministro, lembrando que, por sua vez, as mudanças para a previdência dos militares foram consideradas no cômputo da economia. "O que afetou mais foi o fundo do Distrito Federal", afirmou.
Ele disse ainda que não comentaria o "voto a voto" no pacote, mas que está feliz que as medidas de contenção de gastos foram aprovadas. "Sei que esse discurso desagrada direta e esquerda, um lado não quer contenção de gastos e outro não quer pagar imposto. Como é que fecha as contas? Temos de ter clareza que temos um desafio que vai além da questão ideológica e temos de mirar a sustentabilidade das contas", defendeu.
Haddad: sem FCDF, potência de pacote cai de R$ 71,9 bi para R$ 70 bi até 2026
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