O senador americano David McCormick afirmou nesta terça-feira que o acordo que permitirá à japonesa Nippon Steel investir na U.S. Steel garantirá um CEO e a maioria dos membros do conselho provenientes dos Estados Unidos, além da necessidade de aprovação do governo americano sobre certas funções corporativas.
O senador da Pensilvânia falou à CNBC quatro dias após o presidente Donald Trump sugerir estar próximo de um acordo de "parceria" para resolver a oferta de quase US$ 15 bilhões da Nippon Steel pela icônica siderúrgica americana, bloqueada por questões de segurança nacional.
Trump disse a repórteres, no domingo, que a U.S. Steel será "controlada pelos Estados Unidos" e que, caso contrário, não teria feito o acordo. "É um investimento e uma propriedade parcial, mas a U.S. Steel será controlada pelos EUA", acrescentou.
McCormick descreveu o veto do governo americano como uma "golden share" e sugeriu que a ideia partiu da própria proposta da Nippon Steel.
A Nippon Steel ainda não se manifestou sobre aceitar o parâmetro descrito por Trump e McCormick como alternativa a sua oferta de compra da empresa.
Enquanto buscava a aprovação de autoridades americanas para rever o veto à aquisição, a Nippon Steel aumentou gradualmente o valor que pretende investir na U.S. Steel além do preço da compra. Esse valor agora soma US$ 14 bilhões, segundo Trump, McCormick e a senadora estadual da Pensilvânia Kim Ward, que avaliou o negócio em US$ 28 bilhões.
O investimento de US$ 14 bilhões inclui a construção de um novo forno elétrico a arco - equipamento usado para produzir aço de alta qualidade a partir de sucata - em algum lugar dos EUA, segundo o gabinete da senadora.
Além disso, a Nippon Steel direcionaria US$ 2,4 bilhões para instalações da U.S. Steel na região de Pittsburgh, incluindo a siderúrgica Edgar Thomson Works, construída no século XIX, além da construção de um novo centro de pesquisa e desenvolvimento na Universidade Carnegie Mellon, disseram autoridades americanas.
Segundo McCormick, a Nippon Steel assinará um "acordo de segurança nacional" com o governo americano, o que implicaria um CEO americano, um conselho com maioria americana e uma "golden share" que permitiria aos EUA garantir que os níveis de produção da companhia não sejam reduzidos.
O senador também disse que a Nippon Steel terá membros no conselho e que fará parte da estrutura corporativa geral da empresa americana. "Acho que eles sabem onde estão se metendo," afirmou.
Governo dos EUA terá controle em empresa resultante do acordo Nippon Steel-U.S. Steel
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