Mercado de trabalho melhora no trimestre encerrado em maio de 2025

Economia
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais de recuperação no trimestre encerrado em maio de 2025. A taxa de desemprego caiu para 6,2%, retornando ao mesmo patamar observado em novembro do ano passado e registrando a menor marca dos últimos seis meses.

Mesmo com a taxa de desocupação em queda, 6,8 milhões de brasileiros seguem sem trabalho. Ainda assim, a população ocupada chegou a 103,9 milhões de pessoas, um avanço em relação aos trimestres anteriores. Já a população fora da força de trabalho — que inclui pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego — recuou para 66,7 milhões.

Outro dado relevante é o número de trabalhadores por conta própria, que soma 26,2 milhões de pessoas. A taxa de informalidade, que mede empregos sem carteira assinada e trabalhadores autônomos sem CNPJ, permanece elevada, em 37,8%.

Além da melhora no nível de ocupação, o rendimento médio real também registrou crescimento: subiu de R$ 3.255 em novembro de 2024 para R$ 3.457 em maio de 2025 — um aumento de mais de R$ 200 no período de seis meses.

Tendência positiva, mas com desafios

A recuperação do mercado de trabalho é vista como um reflexo da retomada gradual da economia, especialmente em setores como serviços, indústria e comércio. No entanto, especialistas alertam que o alto índice de informalidade ainda representa um obstáculo para a consolidação de empregos com direitos trabalhistas e estabilidade.

O crescimento no rendimento real também é influenciado pela desaceleração da inflação, o que preserva o poder de compra da população. Ainda assim, analistas afirmam que políticas públicas voltadas à geração de empregos formais e ao fortalecimento do empreendedorismo são essenciais para garantir que a recuperação seja sustentada e mais inclusiva.