Confiança dos serviços recua em junho e acende sinal de alerta no setor

Economia
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O setor de serviços iniciou o segundo semestre de 2025 com uma leve piora na percepção de empresários, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu de 91,9 pontos em maio para 90,7 pontos em junho, o que representa uma queda de 1,2 ponto no mês. Em relação a junho do ano passado, quando o índice era de 94,0, a retração é ainda mais significativa.

A pesquisa, baseada em entrevistas com 1.296 empresas entre os dias 2 e 25 de junho, revela que tanto a avaliação da situação atual quanto as expectativas para os próximos meses apresentaram deterioração.

Situação atual e expectativas em baixa

O Índice da Situação Atual (ISA-S) caiu 1,5 ponto, de 94,2 em maio para 92,7 em junho. Já o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 1,0 ponto, passando de 89,8 para 88,8.

Segundo os economistas da FGV, a queda é influenciada pela percepção de desaceleração no volume de serviços prestados, além de incertezas econômicas que seguem impactando o planejamento de médio prazo dos empresários.

Sinais de desaceleração econômica

A confiança do setor de serviços — responsável por cerca de 70% do PIB nacional — é considerada um termômetro da economia brasileira. A sequência de quedas nos indicadores acende um alerta sobre possíveis desacelerações na recuperação econômica observada nos últimos meses.

Apesar do recuo, o patamar atual da confiança ainda está próximo da média histórica, o que indica que o setor mantém certa resiliência. Contudo, analistas apontam que novos avanços dependerão da estabilidade macroeconômica, controle da inflação, acesso ao crédito e redução de incertezas fiscais.

Para os próximos meses, o comportamento da confiança nos serviços será decisivo para avaliar se o arrefecimento é pontual ou sinal de uma tendência mais prolongada.