O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a arrecadação forte de julho e de 2021 significa que o País está com uma retomada vigorosa. O ministro respondeu as críticas em relação ao efeito da inflação sobre a receita, destacando que o resultado de janeiro a julho mostra crescimento de 25% ante o ano passado já descontado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período. "Há efeito da inflação, mas há inequívoco vigoroso crescimento econômico."A declaração foi dada durante coletiva de imprensa para comentar os dados da arrecadação de julho. A receita com impostos e contribuições federais somou R$ 171,270 bilhões no mês, o melhor resultado para o período da série histórica iniciada em 1995.
O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 35,47% na comparação com o mesmo mês de 2020. No ano até julho, o montante de R$ 1,053 trilhão também é recorde na série.
Guedes ainda destacou que, à exceção de janeiro e junho, todos os resultados mensais este ano foram recordes para a série histórica, já desconsiderando a inflação. "Resultado de julho é o terceiro melhor resultado para todos os meses da história."
O ministro citou que os dados reforçam os fundamentos fiscais. "Muitos negacionistas negam que a retomada que já existia em 2020."
Guedes também mencionou que os destaques positivos foram PIS/Cofins, os impostos para pessoas jurídica e de previdência em julho. "Previdência arrecadando em recorde mostra que estamos gerando empregos em alta velocidade."
Resultado primário superavitário
O ministro da Economia afirmou ainda que o resultado primário possivelmente já poderia ficar superavitário em 2022 com o forte crescimento da arrecadação este ano, desconsiderando a reforma tributária. Desde o início do ano, a surpresa de arrecadação já soma R$ 270 bilhões em relação às expectativas do governo.
"Os nossos fundamentos fiscais estão mais fortes ainda. O déficit este ano, em vez de 1,7% do PIB, pode ficar em 1,5% ou 1,4% do PIB. E possivelmente já teríamos superávit no ano que vem", comentou Guedes.
Para Guedes, arrecadação forte mostra País em retomada econômica 'vigorosa'
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