Para o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, o programa de hedge cambial, se der certo, poderá ser replicado no mundo inteiro. "Tenho certeza de que será um caminho longo, com muita ajuda e muita contribuição. E o BID tem orgulho de ser participante deste pipeline de crédito", disse Ilan.O presidente do BID afirmou que muitas vezes se fala que falta investimentos e outras, que faltam projetos. De acordo com ele, ambos faltam, por isso, emendou, o objetivo é aumentar investimentos diretos no Pais e promover projetos de mitigação dos efeitos das mudança climáticas.
"Acho que é simbólico o que estamos fazendo aqui hoje. Se funcionar, e eu acho que será um exemplo para o mundo. Vai ser replicado no mundo todo. É simbólico também porque está acontecendo na semana do G20", disse ele, durante a apresentação do programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, o Eco Invest Brasil, no período da manhã em São Paulo.
Objetivo
O presidente do BID disse que o objetivo da iniciativa é dar liquidez e facilitar a implementação de projetos, incluindo os mercados de opções e derivativos.
Neste sentido, de acordo com ele, o BID será o intermediário na contratação de um banco internacional que dará seguro cambial aos investimentos estrangeiros no Brasil.
Apoio do Banco Mundial
O programa de proteção cambial é ambicioso e será apoiado pelo Banco Mundial por meio de estudos técnicos e financiamento, disse o vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, Carlos Felipe Jaramillo, no evento de lançamento do programa.
"Estamos trabalhando para um novo empréstimo com objetivo de alocar até US$ 1 bilhão no fundo do clima", disse o economista.
O foco inicial desse novo empréstimo é financiar projetos em florestas, cidades verdes e gestão de resíduos. "O Banco Mundial já tem vasta experiência nessas áreas."
Jaramillo comentou sobre os projetos de transição energética que o Banco Mundial apoia, como o de hidrogênio verde. "Estamos prontos para mais", afirmou. "Os desafios ligados às mudanças climáticas são enormes", comentou.
Se programa cambial der certo, pode ser replicado no mundo todo, diz presidente do BID
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