A subsecretária de Política Macroeconômica do Ministério da Fazenda, Raquel Nadal, afirmou que os indicadores divulgados nesta quinta-feira, 21, apontam para uma aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2024. Ela reforçou que a projeção do PIB deste ano, mantida em 2,2%, teve mudança na composição por setores.A pasta diminuiu, por exemplo, a expectativa de crescimento da agropecuária - setor que impulsionou a economia no ano passado - e aumentou a projeção para a indústria.
O Boletim Macrofiscal mostra que, para o PIB do setor agropecuário, a previsão é de queda de 1,3% em 2024, ante expectativa de alta de 0,5% no boletim de novembro.
Essa piora no desempenho está relacionada, principalmente, aos preços de produtos das lavouras e da pecuária, que mostraram deflação ao longo do ano passado.
As condições climáticas, afetadas pela ocorrência do El Niño, também prejudicaram o desenvolvimento do cultivo de produtos, segundo o relatório.
Já para o PIB da indústria, a projeção cresceu de 2,4% para 2,5%.
O documento dá destaque às perspectivas de aceleração da indústria de transformação, em decorrência da redução dos juros, medidas de estímulo ao crédito e pela política de depreciação acelerada para compra de novas máquinas e equipamentos.
Indústrias de construção e extrativa também devem continuar com bons resultados, aponta o relatório.
PMC e PMS
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que os dados das pesquisas mensais de comércio (PMC) e de serviços (PMS), que superaram as expectativas, foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) após o fechamento da grade do Boletim Macrofiscal e, portanto, não há como mensurar os efeitos deles sobre a grade. Mas ele afirmou que os números trazem viés positivo para as projeções.
"Não sei como impactaria a grade porque a gente não roda a grade a cada dado que sai, mas isso traz um viés positivo para nossas projeções", disse Mello.
A grade precisa ser concluída sempre um dia após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação da economia brasileira.
O secretário reforçou que os dados de fevereiro confirmam um cenário de crescimento mais robusto da economia brasileira.
Para Fazenda, indicadores já divulgados apontam para aceleração do PIB no 1º trimestre
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