Bolsas de Europa fecham em baixa, com perspectivas para BCE e de olho em temporada de balanços

Economia
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As bolsas da Europa fecharam em baixa nesta quarta-feira, 24, em uma sessão com cautela sobre a política monetária. Embora o Banco Central Europeu (BCE) venha sinalizando que deve cortar juros em junho, há incertezas sobre os passos seguintes.

Nesta quarta, o dirigente do BCE Joachim Nagel afirmou que a primeira redução não necessariamente será seguida de uma série de baixas. Além disso, o dia contou com a divulgação de balanços de importantes empresas na região.

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,45%, a 505,51 pontos.

Para o AJ Bell, a leitura central do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de sexta-feira sobre a inflação dos EUA será o próximo teste importante. "Se isto sugerir que as pressões inflacionárias parecem enraizadas, poderá levar a uma redução ainda maior das expectativas de corte das taxas de juros", avalia. No âmbito macroeconômico, nesta quarta, o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu mais do que o esperado em abril, para 89,4 pontos, em seu terceiro avanço consecutivo. Em Frankfurt, o DAX caiu 0,30%.

Entre os balanços, a cervejaria holandesa Heineken teve aumento de cerca de 1,74% na receita do primeiro trimestre, e sua ação subiu 0,6% em Amsterdã, enquanto a Iberdrola - que controla a Neoenergia no Brasil - ampliou lucro, mas decepcionou em receita, e seu papel recuou 0,22% em Madri, onde o Ibex 35 caiu 0,43%, a 11.027,80 pontos.

O Lloyds, maior banco de varejo do Reino Unido, que teve lucro antes de impostos de 1,63 bilhão de libras no primeiro trimestre de 2024, abaixo do ganho de 2,26 bilhões de libras apurado em igual período do ano passado. "Não houve muito para os acionistas comemorarem com os números. A empresa caiu na principal métrica da margem de juros líquida pela qual cada banco é avaliado, com a diferença entre o que gera com os empréstimos e o que paga pelos depósitos diminuindo", aponta o AJ Bell. Em Londres, a ação do banco subiu 0,86%, onde o FTSE 100 recuou 0,06%, a 8.040,38 pontos.

Do noticiário corporativo, destaque para o Casino Guichard-Perrachon - ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA) -, que revelou planos de cortar até mais de 3 mil empregos, após sua recém-concluída reestruturação financeira. Em Paris, a ação do varejista francês chegou a saltar mais de 3%, mas teve efeito contido. Na cidade, o CAC 40 caiu 0,17%, a 8.091,86 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB teve queda de 0,27%, a 34.271,12 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,95%, a 6529,93 pontos.