Presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee afirmou nesta segunda-feira, 24, que, caso sejam registrados mais meses como o de maio na inflação, será possível questionar o nível restrição da política monetária atual, abrindo espaço portanto para cortes nos juros. Durante entrevista à emissora CNBC, porém, ele não se comprometeu com datas para potencial relaxamento, embora tenha se mostrado otimista de que haverá melhora na frente inflacionária.Sem direito a voto nas decisões de política monetária deste ano, Goolsbee disse que houve um mês "realmente horrível", janeiro, mas que desde então o quadro vem melhorando. Com a exceção da inflação, a economia americana "tem mostrado sinais de desaceleração", considerou, citando também alguns componentes do mercado de trabalho, como os pedidos de auxílio-desemprego em alta recente.
A economia real, além disso, não mostra sinais tradicionais de superaquecimento, na avaliação dele.
Goolsbee disse que, nesse contexto, a desaceleração inflacionária abriria espaço para relaxamento monetário. Além disso, destacou que, na sua avaliação, estamos em período de restrição monetária "em nível histórico", portanto a perda de fôlego na inflação e na atividade abriria espaço para ajustes.
Além disso, para ele é possível levar em conta o nível restrição dos EUA em relação a outros países, nessas decisões.
O dirigente foi questionado sobre riscos fiscais nos EUA e suas possíveis implicações para o Fed, mas disse apenas que o banco central "não cuida da política fiscal" e que não diria ao Congresso o que fazer. Também ressaltou que as decisões de política monetária serão tomadas independentemente do calendário eleitoral do país neste ano.
Se registrados mais meses como maio na inflação, Fed questionará restrição, diz dirigente
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