O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para reconhecer a repercussão geral de uma ação que discute a incidência de PIS/Cofins sobre as aplicações financeiras das reservas técnicas de seguradoras. As reservas técnicas são provisões obrigatórias que as empresas devem fazer para arcar com os compromissos firmados com os segurados.Com o reconhecimento da relevância social, econômica e jurídica da questão, esse julgamento servirá de norte para todas as ações que discutem o mesmo assunto na Justiça.
O relator, Luiz Fux, pode decidir pela suspensão dos processos que tramitam na Justiça até a análise definitiva do mérito, que ainda não tem data marcada.
O tema tem relação com o julgamento que definiu, em junho do ano passado, que incide PIS/Cofins sobre as receitas financeiras de bancos.
A posição que prevaleceu é que os tributos federais devem incidir sobre o faturamento das atividades típicas da empresa. Mas o relator desse caso, Dias Toffoli, afirmou no acórdão que o entendimento daquele julgamento não se aplica às empresas seguradoras.
Fux disse em seu voto pela repercussão geral que, como a manutenção das reservas técnicas é imposta às empresas seguradoras por lei, é preciso definir se as receitas oriundas da aplicação destes recursos integram ou não o conceito de faturamento.
Em junho, Fux chegou a restabelecer uma cobrança milionária da Mapfre relativa ao PIS/Cofins sobre reservas técnicas. Depois, o ministro voltou atrás, suspendeu a cobrança novamente e decidiu enviar o caso para o plenário avaliar a repercussão geral.
STF tem maioria para reconhecer repercussão geral em ação sobre tributação de reservas técnicas
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