O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de setembro mostra uma recuperação da confiança do setor disseminada entre todas as regiões do Brasil, todos os portes de indústria e entre a maioria dos setores industriais. De acordo com o ICEI setorial, divulgado nesta segunda-feira , 23, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro, empresários de 26 dos 29 setores industriais demonstram confiança.O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, destaca que, desde outubro de 2022, não havia otimismo em tantos setores, ao mesmo tempo. Ele credita o resultado positivo à melhora da percepção dos empresários sobre a economia. "A confiança está bastante espalhada entre os setores industriais. A avaliação dos empresários sobre as condições atuais, de uma forma geral, vinha segurando a confiança, em especial da economia brasileira, mas isso vem melhorando nos últimos meses", explica.
A confiança avançou em todas as regiões do País neste mês. O destaque maior foi para o Sul (+ 2,3 pontos), seguido do Nordeste (+ 2,2 pontos) e Norte (+ 1,6 ponto). A confiança no Sudeste e Centro-Oeste teve alta de 1,3 ponto e 0,7 ponto, respectivamente. De acordo com o levantamento, com a recuperação do índice, a indústria da região Sul sai de um patamar de confiança neutro e passa a se situar em um patamar positivo pela primeira vez desde abril.
Com relação os portes de empresa industrial, houve avanço na confiança em todos eles, sobretudo nas médias e grandes empresas (aumento de 1,7 ponto no ICEI). Nas pequenas empresas, o avanço da confiança foi mais moderado (+0,9 ponto). "Todos os portes de empresa industrial demonstram confiança, e, com o avanço de setembro, essa confiança se mostra mais forte e disseminada", destaca a pesquisa.
A pesquisa mostra que a confiança avançou em 21 de 29 setores industriais em setembro, caiu em sete e não mudou em um. Esse avanço foi suficiente para que seis setores industriais migrassem de falta de confiança para confiança: metalurgia, couro e artefatos de couro, máquinas e equipamentos, produtos de metal, biocombustíveis e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos.
Outros dois setores fizeram movimentação contrária, saíram de um patamar positivo para um negativo: serviços especializados para a construção e madeira.
A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 11 de setembro, com 1.894 empresas, sendo 757 de pequeno porte, 689 de médio porte e 448 de grande porte.
Confiança do empresário industrial avança em todas as regiões do País, aponta CNI
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