Erisipela: médicos alertam sobre os riscos dessa doença que pode causar complicações graves durante o verão

Medicina e Saúde
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Com o aumento da temperatura, crescem também os riscos de complicações. Os dias de calor podem aumentar a incidência de micoses e picadas de inseto e, com isso, provocar lesões que servem como portas de entrada de bactérias que causam a erisipela. O alerta é da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) que faz um aviso: essa doença, sem tratamento adequado, pode gerar complicações graves e até mesmo ser fatal.   A erisipela é doença inflamatória e infecciosa, não contagiosa, que atinge a pele e o sistema linfático e se manifesta mais comumente nos membros inferiores, como pernas e pés. De acordo com os especialistas, os principais sintomas da doença incluem vermelhidão na região afetada, íngua (inflamação das glândulas), calafrios, dor, inchaço, febre alta e mal-estar em geral.   Algumas pessoas também podem sofrer diarreia, vômito e desidratação. Com a progressão da erisipela, sem o tratamento adequado, o paciente pode apresentar bolhas incômodas e dolorosas ou feridas conhecidas como necrose, por conta da morte das células do tecido.   Tratamento - A SBACV indica que, ao primeiro sinal de vermelhidão e inchaço na perna, o paciente procure um especialista vascular para iniciar o controle da infecção e evitar o avanço da doença. O tratamento para a erisipela só pode ser recomendado por médico capacitado e consiste no uso de medicamentos específicos para eliminar a bactéria causadora; redução do inchaço, fazendo repouso absoluto com as pernas elevadas, principalmente na fase inicial; e cuidados para cicatrização da porta de entrada da bactéria, tratando as lesões de pele e as frieiras; além de limpeza adequada da pele para evitar o crescimento das bactérias   O angiologista e cirurgião vascular Sergio Belczak, membro da diretoria da SBACV, ressalta que determinados grupos estão mais vulneráveis e precisam de atenção redobrada. Entre eles, estão: idosos; pessoas com linfedema ou outra deficiência de funcionamento do sistema linfático; excesso de peso; pacientes com insuficiência venosa nos membros inferiores; problemas de circulação nas pernas, entre outros. O especialista pontua ainda que pacientes diabéticos têm maior propensão a desenvolver sintomas graves da doença.   Cuidados - Como as bactérias causadoras da erisipela são contraídas através de pequenos cortes ou ferimentos, nas altas temperaturas é preciso um olhar mais atento. "Durante o verão, as lesões de pele - em especial a micose interdigital - são mais frequentes e favorecem a entrada de bactérias causadoras de erisipela. Por isso, é preciso enxugar bem as áreas úmidas do corpo, principalmente entre os dedos, ter cuidado com cutículas e unhas e manter a higiene", explica Belczak.   O angiologista recomenda ainda criar o hábito de examinar os pés, a fim de encontrar frieiras e outros ferimentos; utilizar repelentes para evitar as picadas de insetos; e manter sapatos e meias bem higienizados, assim como o box do banheiro, para evitar a proliferação de fungos.