Atlético-MG leva a melhor em sorteio e decide Copa do Brasil diante do Flamengo na Arena MRV

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O campeão da 36ª edição da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Flamengo, será conhecido no dia 10 de novembro na Arena MRV. Em sorteio realizado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira, ficou decidido que as equipes abrem as disputas, no dia 3, no Maracanã, no Rio, enquanto Belo Horizonte será o palco do confronto decisivo.

Será a primeira final nacional na nova Arena MRV, fundada no dia 15 de abril de 2023 e que recebeu o jogo de ida da decisão estadual deste ano, com 2 a 2 entre Atlético e Cruzeiro. Na volta, o time de Hulk e cia. fez 3 a 1 no Mineirão.

Além de somar mais um troféu em sua histórica galeria, o clube campeão garantirá vaga para a Copa Libertadores de 2025 e embolsará R$ 73,5 milhões. A premiação ao derrotado é de R$ 31,5 milhões. O goleiro Rossi e o técnico Filipe Luís foram os representantes flamenguistas no sorteio, com o volante Battaglia o convidado atleticano. Gabriel Milito também participaria, mas teve um compromisso de última hora.

"Privilégio estar aqui novamente. Tive oportunidade de disputar como jogador a final da Copa do Brasil e agora como técnico. Uma herança que deixaram para mim. Tite me deixou na semifinal dessa copa tão especial onde jogadores valorizam tanto, gostam tanto, e esperamos poder fazer um grande jogo e desfrutar dessa final que é um momento único", disse Filipe Luís, antes do sorteio.

Bicampeão, o Atlético-MG faz sua quarta decisão. Os dois títulos foram erguidos na "casa" do adversário. Em 2014, no clássico com o Cruzeiro, fez 2 a 0 no Independência na ida e depois, no Mineirão, somou novo triunfo, por 1 a 0. A conquista de 2021, contra o Athletico-PR, veio depois de 4 a 0 no Mineirão e 2 a 1 na Ligga Arena. Agora terá a oportunidade da volta olímpica diante de seu fanático torcedor.

O único vice dos mineiros, em 2016, também ocorreu com o segundo jogo longe de casa. Após cair por 3 a 1 diante do Grêmio no Mineirão, viu o rival festejar com 1 a 1 em Porto Alegre.

"Respeitamos muito o adversário, mas confiamos na força da nossa torcida. Estamos muito felizes (pela vaga na final). Agora é desfrutar com muita responsabilidade e fazer uma grande final. Nessa fase chegam as melhores equipes e vão ser dois jogos especiais", disse Battaglia.

O Flamengo disputa sua 10ª final da competição, a terceira consecutiva, e buscará o pentacampeonato, tentando se igualar ao Grêmio. O Cruzeiro é o líder isolado com seis taças em sua galeria de troféus, a última em 2018. Já o Atlético-MG tenta encostar nos cariocas, pois foi o campeão nas edições de 2014 e 2021.

Dos quatro títulos conquistados pelo Flamengo, três foram com o jogo decisivo no Maracanã, diante do Vasco (era o mandante em 2006), Atlético-PR (2013) e Corinthians (2022). A primeira conquista ocorreu em 1990, no Serra Dourada, frente ao Goiás.

Esta será a terceira final seguida do Flamengo na competição, que tem a última chance de taça no ano após queda na Libertadores e distância grande do líder Botafogo no Brasileirão. Em 2022, após empates nos dois jogos, superou o Corinthians no Maracanã nas cobranças de pênaltis para erguer o quarto troféu.

No ano passado, a partida de ida ocorreu no estádio carioca, diante do São Paulo, que surpreendeu ao ganhar por 1 a 0. No MorumBis, o Flamengo até saiu na frente, com Bruno Henrique, mas Rodrigo Nestor anotou o gol do empate por 1 a 1 e do inédito título dos paulistas.

"Serão dois jogos muito difíceis, mas vamos tentar trazer essa taça para nossa torcida que será muito importante", disse o goleiro Rossi. "Sempre respeitando o grande adversário que temos, mas estou confiante, pois confio muito nos meus jogadores", completou Filipe Luís, avaliando como será a tática flamenguista. "Muda a postura dos jogadores (definir fora) e temos de tentar ser o mais frio possível nessa decisão."

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.