Norris fatura pole e Verstappen largará do 17º posto no GP de São Paulo de Fórmula 1

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Lando Norris esquentou a disputa no Mundial de Pilotos da Fórmula 1 ao faturar a pole position do GP de São Paulo, numa incomum e tumultuada sessão classificatória, realizada na manhã deste domingo, no Autódromo de Interlagos. O vice-líder do campeonato viu o rival Max Verstappen obter somente a 12ª posição do treino. Na briga pelo tetracampeonato, o piloto da Red Bull sairá somente do 17º lugar na largada por ter sofrido uma punição neste fim de semana.

Norris conquistou a oitava pole position da sua carreira, a sétima nesta temporada. O britânico da McLaren vem de vitória na corrida sprint no sábado, quando contou com a ajuda do companheiro de time, Oscar Piastri. Norris reduziu em três pontos a vantagem de Verstappen na liderança do campeonato. E, mais tarde, às 12h30, horário da largada da corrida, poderá diminuir ainda mais essa diferença - inicialmente a prova estava marcada para as 14h.

O piloto holandês, atual tricampeão mundial, acabou sendo prejudicado por uma das quatro bandeiras vermelhas do treino deste domingo. Uma delas antecipou o fim do Q2 e manteve Verstappen no 12º posto, eliminado da disputa. Antes, ele havia sido punido em cinco posições no grid por ter trocado seu motor além do limite do regulamento.

O treino classificatório do GP de São Paulo começou às 7h30 deste domingo, após estar agendado para as 15h de sábado. A sessão foi adiada em razão do temporal que atingiu a região de Interlagos ao longo da tarde. Neste domingo, a chuva se manteve, porém mais fraca. Mas foi o suficiente para causar 10 bandeiras amarelas e cinco vermelhas numa sessão que durou 1h30 - deveria ter apenas uma hora de duração.

O asfalto novo de Interlagos somado à chuva mediana causou um festival de derrapagens e saídas de pista nos primeiros minutos do treino. O neozelandês Liam Lawson, estreante em São Paulo, foi o primeiro a escapar do traçado, forçando a primeira bandeira amarela logo no minuto inicial do treino.

Lance Stroll e Guanyu Zhou também derraparam na sequência, assim como Valtteri Bottas. Carlos Sainz Jr. e George Russell chegaram a se tocar, sem maiores consequências. Franco Colapinto foi além ao perder o controle de sua Williams após o "S do Senna". Ele acertou o muro de proteção e não conseguiu voltar à sessão, decepcionando a torcida argentina presente nas arquibancadas.

O incidente leve causou a primeira bandeira vermelha, com 12 minutos de treino. Na retomada, Russell protagonizou dois momentos arriscados, um deles na saída dos boxes, ao tentar ultrapassar os rivais no estreito traçado a caminho da pista. Seu companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton, viveu situação pior: foi eliminado logo no Q1.

Vice-líder do campeonato, Lando Norris passou no sufoco para o Q2, a segunda sessão do treino, enquanto Max Verstappen anotou o melhor tempo do Q1, com 1min28s522. No sábado, Norris vencera a corrida sprint, com ajuda do parceiro de McLaren, Oscar Piastri, e reduziu em três pontos a vantagem de Verstappen na primeira colocação do Mundial de Pilotos.

CHUVA DÁ TRÉGUA

O Q2 começou sem chuva, mas com a pista ainda encharcada. O holandês teve bom início, porém logo foi superado por Piastri, o primeiro a ir para a pista com pneus intermediários. Ainda com compostos de chuva, Sainz errou no meio do "S do Senna" e parou no muro, o que acionou a segunda bandeira vermelha do treino quando faltavam cinco minutos para o fim do Q2.

Ao retornarem para o traçado, todos os pilotos passaram a contar com pneus intermediários, mais velozes que os de chuva. Mas a sessão não se estendeu. Faltando 46 segundos para o fim do Q2, Stroll bateu praticamente no mesmo lugar de Sainz e gerou a terceira bandeira vermelha do traçado.

A interrupção prejudicou diretamente Verstappen, que era apenas o 12º no momento do incidente. Como o Q2 foi encerrado de forma precoce, o líder do campeonato não avançou ao Q3 para brigar pelas primeiras posições no grid. Para piorar, ele sofrerá punição de cinco colocações por ter trocado o motor além do número permitido pelo regulamento. Assim, largará da modesta 17ª posição na corrida.

A última sessão do treino começou com ligeiro atraso, mais uma vez por causa da chuva. Todos os 10 pilotos mantiveram os pneus intermediários. Visivelmente, a pista parecia mais seca. A cada volta, os carros baixavam seus tempos. Até que uma nova bandeira vermelha paralisou a sessão pela quarta vez, a seis minutos do fim.

Desta vez, foi o experiente Fernando Alonso que errou, causando mais uma grande preocupação para a Aston Martin, que viu seus dois pilotos saírem mais cedo do treino por batidas no muro.

Ao retomar o treino, os pilotos seguiram com dificuldades na pista. Duas bandeiras amarelas e mais uma vermelha interromperam a sessão, a três minutos do fim. O protagonista da nova paralisação foi Alexander Albon, que danificou a maior parte de sua Williams ao perder o controle no fim da Reta dos Boxes. Na volta à pista, Norris confirmou o bom momento e anotou a melhor volta: 1min23s405.

FILAS

Com o adiamento do treino classificatório e o reagendamento para o incomum horário das 7h30, Interlagos viveu situação inusitada neste domingo, com filas e tumultos ao redor do autódromo logo cedo, por volta de 6h30. Muitos torcedores não conseguiram entrar no circuito a tempo de ver o início da sessão classificatória.

Confira o grid de largada do GP de São Paulo de F-1:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min23s405

2º - George Russell (ING/Mercedes), 1min23s578

3º - Yuki Tsunoda (JAP/RB), 1min24s111

4º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), 1min24s475

5º - Liam Lawson (NZE/RB), 1min24s484

6º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min24s525

7º - Alex Albon (TAI/Williams), 1min24s657

8º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min23s686

9º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min28s998

10º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), sem tempo

11º - Valtteri Bottas (FIN/Kick Sauber), 1min26s472

12º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), 1min28s158

13º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Ferrari), 1min29s406

14º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min29s614

15º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min31s150

16º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min31s229

17º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min27s771*

18º - Franco Colapinto (ARG/Williams), 1min31s270

19º - Nico Hülkenberg (ALE/Haas), 1min31s623

20º - Guanyu Zhou (CHN/Kick Sauber), 1min32s263

* O piloto sofreu punição de cinco posições.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

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Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.