Estêvão decide para Palmeiras superar vaias, vencer o Grêmio e ainda sonhar com o Brasileirão

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O Palmeiras massacrou o Grêmio no Allianz Parque, pela 33ª rodada do Brasileirão. O placar de 1 a 0 não refletiu o de finalizações, de 33 a 6 para os palmeirenses. Foram muitos erros de um time que até melhorou animicamente em relação ao que perdeu para o Corinthians, mas a bola não ter entrado mesmo com tanta pressão levou a torcida a vaiar a equipe. Foi o gol de Estêvão que reatou o namoro com os torcedores e os permitiu ainda sonhar com o título.

A partida foi a primeira no Allianz Parque desde que a Federação Paulista de Futebol (FPF) proibiu a entrada de itens da Mancha Alviverde em estádios de São Paulo, após a emboscada da organizada contra cruzeirenses da Máfia Azul. De modo geral, isso foi cumprido, ainda que o setor ocupado pela Mancha tenha se mantido com os tradicionais cânticos e camisas brancas, mesmo que sem identificação.

Com o resultado, o Palmeiras permanece na segunda posição, com 64 pontos e diminuiu a diferença para o líder Botafogo para três. O time carioca joga neste sábado contra o Criciúma, no Rio.

O Palmeiras visita o Bahia na quarta-feira pela 34ª rodada do Brasileirão, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Já o Grêmio é 11º, com 40, e recebe o Juventude, em duelo direto na briga para fugir do rebaixamento.

Em campo, Abel Ferreira surpreendeu com um time mais ofensivo. Richard Ríos foi sacado para a armação de um meio com apenas Aníbal Moreno como volante. Estêvão, Raphael Veiga, Maurício e Felipe Anderson compuseram uma linha de quatro.

A escalação mais ofensiva surtiu efeito. O Palmeiras tinha facilidade em trocar passes no campo de ataque e assustou o gol defendido por Marchesín logo nos primeiros minutos. De cara, o anímico dos jogadores era diferente do que aquele apresentado na derrota para o Corinthians.

Defensivamente, o time alviverde não sofria. Muito pela dificuldade do Grêmio em articular qualquer jogada - Renato Gaúcho mandou a equipe a campo com três volantes. Ainda assim, os jogadores palmeirenses cumpriam bem as funções sem a bola, com pressão alta. O time gaúcho concluiu apenas uma vez, em jogada individual de Villasanti, mas parou em Weverton.

A catimba dos gremistas, que estavam satisfeitos com o empate, quebrava o ritmo do Palmeiras. Marchesín demorava a cobrar tiros de meta. Jemerson chegou a levar amarelo por enrolar em uma cobrança de falta. Até mesmo reposições de lateral eram uma oportunidade de matar tempo.

Bastou que os palmeirenses controlassem a bola por mais tempo que Maurício chegou ao gol, invalidado por impedimento. Na toada em que a partida estava, parecia que não tardaria para que os visitantes cedessem à pressão. Mas o time de Renato Gaúcho resistiu até o final do primeiro tempo, o que bastou para que a torcida vaiasse o Palmeiras na saída de campo e cantasse: "Não é mole, não, é muita folga para pouca obrigação."

A pressão que estava no jogo do Palmeiras se transferiu para o mental. O time voltou a campo cometendo erros bobos. Quando chegava, Marchesín continuou a salvar o Grêmio.

A equipe passou a se organizar e construir mais jogadas, levando cada vez mais perigo. Boas chegadas se alternavam chutes muito longe do gol gremista, os quais eram acompanhados de vaias. O som se repetiu quando o Grêmio finalizou pela segunda vez no jogo, quando já eram 15 minutos do segundo tempo.

Um grande problema do Palmeiras era que seus jogadores pareciam ter medo em finalizar. Os passes eram repetidos até mesmo dentro da área antes de um chute. Daí uma das muitas impaciências do torcedor palmeirense, que vaiou também Felipe Anderson, quando o atacante saía de campo para dar lugar a Dudu.

Mayke e Flaco López também entraram. O Palmeiras continuou a alternar entre assustar o Grêmio e desperdiçar chances. Em um dos ataques, após escanteio, Gustavo Gómez perdeu um gol dentro da pequena área. Até a trave impediu que os palmeirenses gritassem gol.

Foi então que a estrela de Estêvão brilhou. Dudu, que entrou para buscar as finalizações, conseguiu espaço na esquerda e bateu cruzado. Marchesín espalmou, e a bola sobrou para o garoto colocá-la no gol e fosse comemorar junto dos torcedores, como se todos de verde fizessem as pazes.

O Grêmio, então, se lançou ao ataque. O time que vinha sofrendo para defender tinha ainda mais dificuldade para criar. Abel Ferreira reforçou as peças de defesa no meio de campo. Era o Palmeiras que poderia se dar ao luxo de segurar o jogo, como fez até o apito final.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 1 X 0 GRÊMIO

PALMEIRAS - Weverton; Marcos Rocha, Murilo, Gustavo Gómez e Caio Paulista (Mayke); Aníbal Moreno; Estêvão, Raphael Veiga (Zé Rafael), Maurício (Richard Ríos) e Felipe Anderson (Dudu); Rony (Flaco López). Técnico: Abel Ferreira.

GRÊMIO - Marchesín; João Pedro, Rodrigo Ely, Jemerson e Reinaldo; Villasanti, Dodi (Monsalve) e Edenilson (Nathan Fernandes); Aravena (Cristaldo), Soteldo (Pepe) e Braithwaite (Diego Costa). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Estêvão, aos 26 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Murilo, Gustavo Gómez, Estêvão e Mayke (Palmeiras) e Jemerson, Villasanti e Monsalve (Grêmio).

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique (CE).

PÚBLICO - 33.670 presentes.

RENDA - R$ 2.654.209,69.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.