Sem Djokovic, ATP Finals confirma renovação no tênis masculino e decreta fim do Big 3

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A temporada do tênis masculino chega ao fim nesta semana com a disputa do ATP Finals. O torneio que reúne os oito melhores do ano, em Turim, confirma duas tendências no esporte a partir deste domingo: a nova geração já se estabeleceu e o badalado "Big 3" chegou ao fim após um domínio de 20 anos. Será a primeira vez desde 2001 que o Finals não terá a presença de nenhum membro deste seleto grupo, formado por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

O Big 3 começou a se desintegrar em 2022, quando Federer se aposentou. Nadal oficializa sua despedida na semana que vem. E Djokovic já dá sinais de que o circuito não é mais sua prioridade. Ainda na ativa, o sérvio perdeu o domínio do circuito, não brilhou em nenhum dos quatro Grand Slams e encerrou seu ano com apenas um título, a medalha de ouro, que tem valor reconhecido no mundo esportivo, mas carrega peso menor no tênis.

O atual número cinco do ranking alegou um problema físico, sem nem mesmo especificar onde é a lesão, para não defender o título no Finals. Ele ainda tinha chances de obter a classificação para competir em Turim. A falta de disposição de Djokovic para encarar o circuito a cada semana ficou evidente nos últimos anos, a ponto de admitir que agora só tinha interesse nos Grand Slams.

Mas nem mesmo neste quesito ele tem tido sucesso. A temporada 2024 marca a primeira desde 2002 sem um título sequer de Major do Big 3. Para se ter ideia desta hegemonia, entre 2004 e 2023, somente outros nove tenistas levantaram troféus de Grand Slam. Neste período, o trio levou 66 de 79 campeonatos deste nível, equivalente a 83% do total. No total, 12 atletas diferentes foram campeões de Major nestas duas décadas. Em comparação ao período de 20 anos anteriores, foram 28 vencedores distintos, um deles o próprio Federer.

Neste ano, nem Nadal e nem Djokovic alcançaram sequer uma final deste nível. O Aberto da Austrália, em janeiro, marcou a primeira vez desde 2005 sem um integrante do Big 3 numa decisão de Grand Slam. O sérvio esteve depois na final de Wimbledon, mas levou um histórico 3 a 0 do espanhol Carlos Alcaraz.

"O Djokovic ainda pode conquistar algumas coisas, mas não vejo mais ele como número 1. Ele já não tem mais o mesmo físico para jogar todos os torneios, o Finals é um exemplo disso. Ele não luta mais para liderar o ranking, quer ganhar Grand Slams e aumentar os recordes. Ele sempre foi fisicamente melhor do que Federer e Nadal, por isso teve maior longevidade. Mas está no momento final da carreira", analisa o ex-tenista Thomaz Bellucci.

Bellucci foi o único brasileiro a enfrentar os três tenistas no circuito. Apresentou boas performances contra eles e chegou a vencer Federer numa exibição no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, no fim de 2012.

Em entrevista ao Estadão, ele diz guardar boas recordações deste período. "Para mim, foi um privilégio ter jogado contra eles. Eles marcaram uma era no tênis. Tiveram uma hegemonia que talvez nunca tenha existido no tênis antes, tanto pelo nível técnico quanto pela proximidade nas idades. Os três jogaram no auge na mesma época. É difícil que isso aconteça de novo: ter os três melhores de todos os tempos jogando no mesmo momento", aponta o brasileiro, aposentado no ano passado.

NOVA GERAÇÃO

O fim do Big 3 coincide com a ascensão de jovens tenistas, de potencial já comparado aos veteranos. Alcaraz, de 21 anos, e o italiano Jannik Sinner, de 23, dominaram a temporada. Cada um venceu dois Grand Slams. Alcaraz ficou com a medalha de prata na Olimpíada de Paris-2024, enquanto o italiano lidera o ranking e foi quem mais levantou troféus no ano: sete.

Cada um deles lidera um dos dois grupos da competição, que tem formato diferente do tradicional. Os oito tenistas são divididos em duas chaves de quatro. Avançam às semifinais os dois melhores de cada lado.

"O Sinner e o Alcaraz estão um pouco acima dos demais. Vejo eles como um 'Big 2' da atualidade. Vão ter um número de títulos e conquistas mais relevantes que os demais", projeta Bellucci, que já vê ambos conquistando a torcida no circuito.

Muitos temem que o fim do Big 3 pode reduzir a popularidade do tênis nos próximos anos. "Isso se discutia muito alguns anos atrás. Mas hoje não vejo isso como um problema. O que vemos hoje em dia é um esporte que se mantém muito popular. As quadras e as academias estão cheias. Não acho que o tênis está sendo afetado diretamente pela aposentadoria dos três. Até porque eles seguem no tênis, presente nos eventos, no meio esportivo."

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.