Santos supera o Coritiba, encerra seu martírio na Série B e retorna à elite após 340 dias

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O Santos está de volta à Série A. Foram 340 dias de angústia, sofrimento, tristeza, ansiedade e vergonha. A dor do rebaixamento e de se ver obrigado a disputar a assombrosa Série B chegou ao fim nesta segunda-feira em Curitiba. O choro daquele 6 de dezembro, com derrota por 2 a 1 diante do Fortaleza, em plena Vila Belmiro, se transformou em lágrimas de alegria e de alívio. E sorrisos de felicidade. Com 2 a 0 no Couto Pereira, o calvário chegou ao fim e o torcedor pode voltar a bater no peito e falar alto: temos um time de elite.

O retorno veio em apresentação segura fora de casa, algo pouco visto pelo Santos longe da Vila Belmiro na campanha de 20 vitórias, oito empates e oito derrotas até esta 36ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

Neste domingo, dia 17, a equipe recebe o CRB para ver as faixas das torcidas organizadas novamente desviradas, exibindo o orgulho de ser santista que estava apenas ferido. E valerá o complemento do serviço, com novo triunfo - seria o quinto seguido - valendo também a taça. São cinco pontos de diferença para Mirassol e Novorizontino, ambos com 63 diante dos 68 alcançados pelo Santos.

O retorno ao lugar de onde jamais deveria ter saído veio com desencanto do atacante Wendel Silva após 10 jogos e com um pintura de Otero, um dos principais nomes da campanha do Santos, ao lado de Giuliano e Guilherme na parte ofensiva, com Gil sendo um líder da defesa, amparado pelos brigadores volantes Diego Pituca - cumpriu suspensão nesta segunda - e João Schmidt, além de um jovem goleiro Gabriel Brazão que deu conta do recado na vaga do machucado João Paulo. Menção honrosa para o lateral Escobar cresceu bastante de produção no segundo turno.

O Santos entrou em campo diante de um rival contra o qual teve uma de suas melhores apresentações na Série B empolgado. No primeiro turno, fez 4 a 0 na Vila Belmiro. Não precisava repetir a dose, somente somar os três pontos. 1 a 0 seria o suficiente para soltar o grito entalado faz uma semana.

Os últimos dias, por sinal, foram de um único sentimento aos santistas (torcedores e jogadores): ansiedade. Mesmo com a pontuação mágica alcançada, a matemática ainda impedia a festa pelo regresso à elite nacional. Os jogadores se continham sob o discurso ensaiado de "ainda falta um pouco."

O time perfilou para o hino sem o apoio maciço de sua torcida. E jogou bons minutos sem o "empurrão das arquibancadas". Os ônibus com os santistas ainda estavam nos arredores, impedidos de chegar ao Couto Pereira em precaução contra brigas entre as torcidas, rivais declaradas. O tom de ameaça entre paranaenses e paulistas nas redes sociais deixou a polícia local em alerta. Apenas quem não veio nas caravanas estava representando o clube quando a bola rolou.

Com o Coritiba sem chances de acesso e com o técnico Jorginho se despedindo, aos mandantes valia somente a vingança do primeiro turno. A promoção de ingresso refletiu com bastante gente apoiando e provocando. Os jogadores santistas não queriam saber de clima de guerra, contudo. Buscavam sua festa particular depois de uma campanha de altos e baixos, vaias, cobranças contra o técnico Fábio Carille e momentos de incertezas.

O apito inicial veio com a certeza que o Santos não queria mais adiar sua angústia pela pontuação necessária ao acesso. E foi para cima. Falhou nas duas primeiras oportunidades. Na terceira, aos 19 minutos, em jogada trabalhada pelo meio, Giuliano serviu Wendel Silva, que desencantou após 10 rodadas, anotando pela terceira vez na competição.

Abrir o placar cedo significa ter o contragolpe a favor. E uma certeza: bastava não sofrer gols que o dever estaria cumprido. Óbvio, ainda há a busca pelo título, o que para a torcida dos gigantes, na Série B, pouco importa.

Mas o Coritiba também é forte e constantemente time da série A. E não se renderia facilmente. A torcida coxa branca inflamou e o time atendeu, partindo para cima e exigindo dois milagres em sequência de Gabriel Brazão. O jogo, então santista, se tornou de dois times.

Otero, herói da vitória passada - 3 a 0 no Vila Nova - parou em Pedro Morisco na venenosa cobrança de falta. No repeteco, entretanto, o venezuelano mandou no ângulo para linda festa. Hayner levantou o companheiro como fosse um troféu. Aos 40 minutos, o Santos dava passo gigante para cumprir sua meta em 2024.

Com os santistas dentro do estádio a partir dos minutos finais da etapa inicial, na volta do intervalo era possível ouvir explosões de bombas do lado de fora do Couto Pereira. Com o artilheiro Robson como novidade, outro que não deve permanecer para 2025, o Coritiba queria uma reação para evitar ainda mais a revolta de seus torcedores.

O Santos contava com a vantagem gigante no placar, o relógio, e a calma de seus atletas para administrar o placar amplo construído. E também para contra-atacar. A equipe não queria apenas se defender e levava perigo quando ultrapassava a linha central.

Restando 15 minutos, os torcedores do Coritiba começaram a vaiar seus jogadores nas trocas de passes sem objetividade, e os santistas faziam enorme festa nas arquibancadas. Já no fim, Guilherme tentou um pique e sentiu, aparentemente, apenas cansaço. O Santos fechou o jogo do acesso sem seus destaques, todos substituídos, e com festa merecida em dia de pouco sofrimento.

FICHA TÉCNICA

CORITIBA 0 X 2 SANTOS

CORITIBA - Pedro Morisco; Natanael, Marcelo Benevenuto, Bruno Melo e Jamerson (Rodrigo Gelado); Zé Gabriel, Geovane Meurer (Henrique Melo), Josué (Alef Manga) e Matheus Frizzo (Brandão); Lucas Ronier e Júnior Brumado (Robson). Técnico: Jorginho.

SANTOS - Gabriel Brazão; Hayner, Gil (Luan Peres), João Basso e Escobar; João Schmidt, Sandry e Giuliano (Willian Bigode); Otero (Laquintana); Guilherme (Patrick) e Wendel Silva (Julio Furch). Técnico: Fábio Carille.

GOLS - Wendel Silva, aos 19, e Otero, aos 40 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Wendel Silva e Sandry (Santos); Marcelo Benevenuto (Coritiba).

ÁRBITRO - Gustavo Ervino Bauermann (SC).

RENDA - R$ 545.860,00.

PÚBLICO - 16.282 presentes.

LOCAL - Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.