Victoria Barros entra no ranking e Brasil será único com duas tenistas de 14 anos na WTA

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Com bons resultados no tênis juvenil, o Brasil obterá um feito incomum no dia 25 deste mês. Será o país com as tenistas mais jovens do ranking atual da WTA, ambas de apenas 14 anos. A marca será alcançada com a entrada de Victoria Barros na lista que reúne as melhores tenistas do mundo.

O Brasil já contava com a tenista mais nova do ranking, Nauhany Silva. Naná, como é mais conhecida, entrou na lista no dia 23 de setembro. Agora será a vez de Victoria, de mesma idade. Assim, será o único país com duas atletas de apenas 14 anos na WTA - ao menos até o dia 21 de dezembro, quando Victoria completará 15 anos.

Ela garantiu sua entrada no ranking, na atualização a ser feita no dia 25, ao vencer nesta quarta-feira em sua estreia no ITF W15 de Antalya, na Turquia. A adolescente brasileira superou a eslovena Noka Juric, de 23 anos, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/3.

Pelas regras da WTA, a entidade que organiza o circuito feminino profissional de tênis, as tenistas entram em seu ranking se fizerem pontos em três torneios profissionais ou se alcançarem 10 pontos. Victoria obteve a pontuação em sua terceira competição de alto nível, como já fizera em torneios na Tunísia e Egito, nos últimos meses.

Somar pontos e entrar no ranking da WTA era um dos grandes objetivos da brasileira para a atual temporada, na qual começou a disputar competições maiores, em jogos contra tenistas mais experientes.

A adolescente, nascida em Natal (RN), é uma das promessas do tênis brasileiro. Com bons resultados no juvenil, ela já conta com apoio de peso, do ex-técnico de Serena Williams ao bilionário e ex-tenista brasileiro Jorge Paulo Lemann. É uma das raras a contar com patrocínio próprio, mesmo com apenas 14 anos.

Atualmente, ela treina na academia de Patrick Mouratoglou, o ex-treinador de Serena, na cidade francesa de Nice. Lá vem intensificando sua preparação física e técnica, além de conciliar treinos com estudo. A temporada passada foi marcada pelos primeiros bons resultados, mesmo enfrentando rivais de 17 e 18 anos.

"No tênis, não importa a altura e a idade. Importa, sim, o jogo da pessoa. É por isso que eu não me intimido diante de tenistas mais velhas ou maiores que eu", disse a tenista ao Estadão, no ano passado.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.