Atlético-MG diz ter identificado 21 torcedores envolvidos em confusão em final

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A direção do Atlético-MG informou nesta quinta-feira que identificou 21 torcedores envolvidos no episódio de violência durante a segunda partida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no domingo passado, na Arena MRV. O clube disse que outros nove infratores "se encontram em processo avançado de identificação".

O Atlético não revelou maiores detalhes sobre os torcedores identificados, sem apontar nomes ou quais seriam as acusações relacionadas a cada um deles. No domingo, alguns torcedores causaram diversos danos à Arena MRV, entre diversos atos de vandalismo. Outros invadiram o gramado durante o jogo e também houve lançamento de bombas e objetos no campo. Uma das bombas feriu o fotógrafo Nuremberg José Maria.

"Todas essas pessoas deverão responder pelos crimes cometidos, na forma da lei. Além disso, o Atlético iniciou os procedimentos para que todos os identificados sejam punidos administrativamente, em cumprimento ao Regulamento de Uso da Arena MRV e do Programa de Relacionamento Galo Na Veia", informou o clube, sem apontar quais punições serão aplicadas aos torcedores identificados.

A direção do Atlético explicou que a identificação está sendo feita com base nas mais de 350 câmeras da Arena MRV. O clube informou ainda que mais de 700 seguranças privados atuaram no estádio durante o decisivo jogo, que terminou em 1 a 0 para o Flamengo - o time carioca se sagrou pentacampeão da Copa do Brasil.

Os distúrbios causados por parte da torcida já trouxeram consequências para o clube de Belo Horizonte. Na terça-feira, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luís Otávio Verissimo, interditou a Arena MRV e definiu que o time mineiro jogue suas próximas partidas como mandante com os portões fechados.

Na denúncia apresentada no STJD, a Procuradoria citou "a incapacidade do Atlético em manter a ordem e a segurança na praça desportiva", classificando como "lastimáveis" e "gravíssimos" os arremessos de bombas e outros objetos em campo, além da invasão por parte de torcedores no gramado. O clube também será multado, em valores que podem chegar a R$ 100 mil.

Uma das bombas arremessadas em campo atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, que precisou ser internado. Ele fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o crime. Outros dois artefatos foram atirados próximos dos jogadores Gonzalo Plata, autor do gol da vitória por 1 a 0, e do goleiro Rossi.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.