Colombiana Tapia defende 3 pênaltis, e Palmeiras bate Corinthians na final do Paulista feminino

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Depois de conquistar a Supercopa, o Brasileiro e a Libertadores em 2024, o Corinthians parou nas defesas da goleira Tapia na disputa de pênaltis na partida de volta da decisão do Paulista feminino contra o Palmeiras e ficou com o vice-campeonato nesta quarta-feira em Campinas.

A heroína da conquista do terceiro título paulista do Palmeiras defendeu três das quatro cobranças do Corinthians (houve ainda um chute na trave). "É uma conquista muito importante para o clube. Estou muito feliz por dar essa alegria aos nossos torcedores. Quero dedicar esse título para minhas companheiras. Meu propósito é fazer história aqui e estou muito feliz por esse momento", disse Tapia.

O Palmeiras chegou ao título ao vencer o segundo jogo da final por 2 a 1. A primeira partida havia sido vencida pelo Corinthians, por 1 a 0, na Neo Química Arena. Com mando do Palmeiras, o jogo decisivo aconteceu no Brinco de Ouro da Princesa, estádio do Guarani, em Campinas, por recomendação da Polícia Militar. Havia o temor de um confronto de torcidas organizadas na capital paulista. O time masculino do Corinthians jogou pela manhã contra o Cruzeiro na Neo Química Arena.

Depois de perder a primeira partida, o Palmeiras entrou em campo no interior de São Paulo disposto a tirar a vantagem rival com rapidez e quase conseguiu. Ainda antes do primeiro minuto completo, Laís Estevam recebe em passe de Brena pelo lado direito do ataque e chutou cruzado. A bola passou muito perto da trave esquerda da goleira Lelê.

O Palmeiras apresentava uma intensidade muito maior do que o rival e rondava o gol de Lelê com chute de longa distância e levantamentos na área. Aos 13 minutos, o time mandante chegou ao seu gol. Em um rápido contra-atque, Brena recebeu ainda no campo de defesa e avançou pela faixa central.

Ela tinha a opção de Dudinha pelo lado direito e Amanda Gutierres pela esquerda. Brena optou por Amanda, que invadiu a área e finalizou forte: 1 a 0 em Campinas e 1 a 1 no placar agregado da final.

Com seu oitavo gol, Amanda Gutierres se isolou na artilharia do Paulista. A atacante palmeirense é seguida por Ketlen, do Santos, com sete, e por sua companheira de time Brena, com seis.

O Palmeiras continuou com amplo domínio da partida, finalizando com a meia Brena, a zagueira Poliana e a atacante Dudinha. O bombardeio deu resultado aos 35 minutos, com Brena acertando um chute de fora da área. O gol, porém, foi anulado por um toque no braço de Dudinha no início da jogada, ainda no campo defensivo do Palmeiras.

Aos 41 minutos, o Palmeiras conseguiu a virada na decisão e novamente Brena participou da jogada. Ela cobrou falta na área, Amanda Gutierres ajeitou após rebote da zaga e Dudinha bateu de primeira. Lelê não teve chances.

O primeiro tempo terminou com oito finalizações do Palmeiras (cinco em direção ao gol) e nenhuma do Corinthians. Na saída para o intervalo, Gabi Portilho, do Corinthians e da seleção brasileira, definiu o que aconteceu na primeira metade da partida: "O time entrou apático".

Na volta para o segundo tempo, o técnico Corinthians, Lucas Piccinato, mexeu no time. A atacante Gabi Zanotti, única advertida com cartão no primeiro tempo, deu lugar para Vitória Yaya. Em sua primeira participação, ela diminuiu. Após cruzamento de Paulinha pela esquerda, Yaya apareceu entre as zagueiras do Palmeiras e sozinha diante da goleira Tapia desviou, de cabeça, para o gol.

O gol antes dos 2 minutos desanimou o Palmeiras, que compreensivelmente não conseguiu manter a mesma intensidade do primeiro tempo. Com o placar agregado levando a definição do título para os pênaltis, o Corinthians conseguiu equilibrar as ações e exigiu uma participação muito maior de Tapia, goleira rival.

A melhor chance do Palmeiras aconteceu aos 36 minutos. Ingryd recebeu livre na pequena área e tinha o gol à sua frente, mas se desequilibrou no momento da finalização e a zaga corintiana afastou o perigo.

O Corinthians começou batendo a decisão por pênaltis, e logo na primeira cobrança a goleira Tapia pegou o chute de Duda Sampaio no canto direito. Na sequência, a artilheira do Paulista, Amanda Gutierres, também desperdiçou ao acertar a trave esquerda.

Eudimilla, que entrou no segundo tempo, também chutou no poste. Fê Palermo fez o primeiro gol da disputa de pênaltis ao deslocar Lelê. A colombiana Tapia manteve seu aproveitamento de 100% ao defender a cobrança de Millene no canto esquerdo. Ao chutar no meio do gol e fazer 2 a 0 para o Palmeiras, Ingryd jogou toda a pressão para Carol Nogueira, que precisaria acertar sua cobrança para dar continuidade na disputa.

Tapia foi buscar a finalização da atacante corintiana no canto direito. Ela já estava passando da bola, mas conseguiu esticar o braço e interceptar. A bola ainda quicou na linha de gol antes de ela agarrá-la e garantir o título.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.