Bortoleto perde vitória na F-2 por punição e chega à última etapa liderando por 0,5 ponto

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O brasileiro Gabriel Bortoleto foi o primeiro a cruzar a linha de chegada no GP do Catar da Fórmula 2 neste domingo, mas foi punido com o acréscimo de 5 segundos em seu tempo e terminou na terceira colocação. O vencedor foi o estoniano Paul Aron, seguido pelo francês Isack Hadjar, adversário do brasileiro pelo título da temporada.

Bortoleto chega à última etapa do Mundial de Fórmula 2 com vantagem de 0,5 ponto para Hadjar. O brasileiro tinha 3,5 pontos de vantagem antes do GP deste domingo, mas enfrentou uma corrida complicada. A definição do campeonato acontece nos Emirados Árabes Unidos, no próximo final de semana. A corrida sprint está marcada para sábado, e a prova principal acontece no domingo.

Saindo do segundo lugar, Borboleto assumiu a liderança após uma ótima largada e deixou o pole, Paul Aron, para trás. Já Hadjar, que partiu da nona colocação, perdeu uma posição já saída e fechou a primeira volta na 11ª posição.

Na sexta volta, Borboleto e Aron já abriam mais de quatro segundos para o terceiro colocado, Dino Beganovic. O estoniano foi aos boxes para troca de pneus na volta seguinte, e o brasileiro foi chamado para entrar no oitavo giro.

Andrea Antonelli, porém, foi parar na caixa de brita após problemas com seu carro, e o safety car foi acionado. No momento em que entraria no pit lane, Borboleto foi avisado que o setor estava fechado e teve que fazer uma manobra brusca para voltar à pista, mas acabou cruzando as linhas de entrada.

Após fazer sua troca de pneus, o brasileiro voltou à pista na sétima posição, atrás apenas de pilotos que ainda não tinham feito a parada nos boxes. Hadjar conseguiu se beneficiar da confusão e voltou atrás de Aron após a troca de pneus.

Por ter cruzado as linhas na entrada do pit lane, Borboleto foi punido com 5 segundos de acréscimo ao seu tempo. Na relargada, o brasileiro chegou a sair da pista na curva 1, mas conseguiu voltar. Problema com o mexicano Rafael Villagómez, que parou na curva 6, acabou provocando nova entrada do safety car.

Após nova relargada, na 17ª volta, Borboleto foi ganhando posições dos pilotos que estavam a sua frente com os pneus desgastados, mas trazia logo atrás Aron e Hadjar. Com tantas voltas com o safety car, o final de prova foi determinado pelo tempo limite e não pelas 32 voltas previstas.

O brasileiro cruzou a linha de chegada na frente, mas não com vantagem suficiente para subir no lugar mais alto do pódio, que foi ocupado por Aron. Hadjar também terminou menos de 5 segundos atrás Borboletto e subiu uma posição.

Confira o resultados do GP do Catar da Fórmula 2:

1º - Paul Aron (EST/Hitech Pulse-Eight), em 55min45s433

2º - Isack Hadjar (FRA/Campos), a 2s763

3º - Gabriel Bortoleto (BRA/Invicta), a 3s175

4º - Oliver Goethe (ALE/Van Amersfoort), a 3s796

5º - Dino Beganovic (SUE/Dams), a 5s727

6º - Christian Mansell (AUS/Trident), a 11s509

7º - Amaury Cordeel (BEL/Hitech Pulse-Eight), a 12s556

8º - John Bennett (GBR/Van Amersfoort), a 18s862

9º - Zane Maloney (BAR/Rodin), a 19s818

10º - Ritomo Miyata (JAP/Rodin), a 23s297

11º - Cian Shields (GBR/AIX), a 32s320

12º - Oliver Bearman (GBR/Prema), a 33s737

13º - Richard Verschoor (HOL/MP Motorsport), a 39s043

14º - Joshua Dürksen (PAR/AIX), a 46s123

15º - Kush Maini (IND/Invicta), a 51s909

16º - Luke Browning (GBR/ART), a 53s372

17º - Josep Martí (ESP/Campos), a 65s023

18º - Max Esterson (EUA/Trident), a 75s033

Não completaram a prova: Andrea Antonelli (ITA/PREMA); Rafael Villagómez (MEX/Van Amersfoort); Jak Crawford (EUA/Dams); Victor Martins (FRA/ART)

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.