Red Bull Bragantino goleia o Criciúma e escapa do rebaixamento à Série B

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Red Bull Bragantino confirmou a sua permanência na elite nacional na próxima temporada ao golear por 5 a 1 o Criciúma, neste domingo, no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP), pela 38ª e última rodada do Campeonato Brasileiro. O time paulista deixou a zona de rebaixamento somente nesta última rodada, condenando à Série B o Athletico-PR, ao lado do próprio Criciúma, Cuiabá e do Atlético-GO.

Após sua segunda vitória consecutiva, o Bragantino atingiu os 44 pontos. O time paranaense ficou com 42 pontos ao perder por 1 a 0 para o Atlético-MG, em Belo Horizonte (MG). O Fluminense, outro ameaçado, também se livrou. Esta foi a segunda vitória seguida do Bragantino, que antes acumulou uma série de 12 jogos sem vencer. Mas o time renasceu ao ganhar por 2 a 1 do Athletico, em Curitiba (PR) na rodada anterior.

Com o estádio cheio, o Bragantino iniciou o jogo no ataque, fazendo pressão e acuando o Criciúma em seu campo de defesa. Assustou aos nove, quando Lincoln ateu de voleio no meio da área e isolou por cima do travessão.

Três minutos depois saiu o gol. Lincoln cobrou falta na intermediária e dentro da área houve desvio de caneca e um toque na defesa. A bola sobrou para o chute de primeira de Juninho Capixaba. A defesa ainda pediu impedimento, mas não houve: 1 a 0, aos 12 minutos.

O Criciúma ainda ensaiou uma reação, mas encontrou a defesa do time paulista bem armada. O Bragantino não se acomodou e manteve seu ritmo ofensivo, tanto que marcou o segundo gol aos 29 minutos. Após avanço pelo direita, o cruzamento saiu rasteiro nas costas da defesa. Vinicinho apareceu para desviar no canto.

Mas o visitante tentou ir para cima. Aos 32, Jhonata Robert soltou a bomba e Cleiton espalmou para fora e o goleiro evitou o gol aos 34 minutos ao saltar e desviar a cabeçada de Arthur Caíke. A pressão foi recompensada pelo gol aos 38. Marcelo Hermes cobrou escanteio do lado esquerdo e Rodrigo subiu bem alto na segunda trave para cabecear no ângulo.

Faltou ao time paulista jogar mais sem a bola e valorizar a sua posse, esfriando o jogo que, no início, pareceu todo a seu favor. O Criciúma não esmoreceu, foi valente e lutou bastante.

O segundo tempo começou com o Criciúma no ataque, mas quem marcou foi o Bragantino, aos nove minutos, Jhon Jhon fez o levantamento do lado direito e Eduardo Sasha subiu no segundo pau, cabeceando no canto direito do goleiro Gustavo. Este é o 15º gol dele no ano, o quinto nesta reta final da temporada, o que o coloca com um dos grandes responsáveis pela reação do time.

Sasha ainda marcou um gol aos 17, mas o lance não valeu porque a bola tocou em seu braço após uma disputa no alto com o goleiro Gustavo. Enquanto os jogadores reclamavam, o Criciúma desceu e Juninho Capixaba teria segurado Jhonata Robert dentro da área, em pênalti marcado pelo árbitro Sávio Pereira Sampaio. Mas o VAR o acionou e o lance acabou anulado.

Após o susto, um contra-ataque matou o jogo. Henry Mosquera tinha acabado de entrar no lugar de Sasha e foi acionado em velocidade. Na frente da área ele bateu por baixo de Gustavo: 4 a 1.

Após a vantagem, o técnico Fernando Seabra reforçou sua defesa, passando a atuar com três zagueiros e fixando Guilherme Lopes como ala esquerdo no lugar de Vinicinho. Mas o Criciúma não tinha mais forças para reagir e ainda levou o quinto gol aos 35 minutos. Mosquera entrou na área em disparada, passou por dois adversários e cruzou na pequena área para o complemento de John John. Final com goleada e ao grito e "olé" da torcida.

FICHA TÉCNICA:

RED BULL BRAGANTINO 5 X 1 CRICIÚMA

RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Andrés Hurtado, Pedro Henrique (Douglas Mendes), Lucas Cunha e Juninho Capixaba; Jadsom Silva (Raul), Lucas Evangelista, Lincoln (Vitinho) e Jhon Jhon; Eduardo Sasha (Henry Mosquera) e Vinicinho (Guilherme Lopes). Técnico: Fernando Seabra.

CRICIÚMA - Gustavo; Jonathan (Dudu), Rodrigo, Tobias Figueiredo e Marcelo Hermes; Barreto (Matheusinho), Newton, Jhonata Robert (Eliédson) e Ronald Lopes; Pedro Rocha (Bolasie) e Arthur Caíke (Eduardo Melo). Técnico: Claudio Tencati.

GOLS - Juninho Capixaba, aos 12, e Vinicinho, aos 29, e Rodrigo, aos 38 minutos do primeiro tempo. Eduardo Sasha, aos 9, Henry Mosquera, aos 24, e John Jhon, aos 35 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Vinicinho (Red Bull Bragantino); Barreto, Tobias Figueiredo e Newton (Criciúma).

ÁRBITRO - Sávio Pereira Sampaio (DF).

RENDA - R$ 291.655,00.

PÚBLICO - 9.110 torcedores.

LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

Em outra categoria

No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.