Botafogo leva 3 do Pachuca e se despede da Copa Intercontinental na estreia

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O Botafogo decepcionou nesta quarta-feira, fez uma partida monótona no estádio 974, em Doha, e se despediu da Copa Intercontinental da Fifa logo na estreia. A equipe campeã brasileira e continental poupou algumas estrelas no primeiro tempo, não mostrou forças para segurar o Pachuca e foi derrotada por 3 a 0. Os mexicanos avançam para a próxima etapa e medirão forças com o Al-Ahly na semifinal, no sábado, às 14h. O ganhador do duelo enfrentará o Real Madrid na final.

Com tempo escasso de intervalo entre a conclusão do Brasileirão e a viagem para o Catar, o Botafogo sucumbiu em um cenário semelhante ao vivido pelo Palmeiras no início de 2021. Além dos botafoguenses e palmeirenses, também caíram na estreia Internacional, Atlético-MG e Flamengo em outras ocasiões. Diferentemente de outros anos, nesta edição não há disputa de terceiro ou quarto lugar. Assim, o Botafogo já entra de férias e coloca um ponto final em uma temporada memorável.

O técnico Artur Jorge optou por poupar quatro importantes atletas. Segundo o português, o objetivo era dosar as energias. Assim, Alex Telles, Marlon Freitas, Savarino e Almada foram preservador. Em suas posições, entraram Cuiabano, Allan, Eduardo e Matheus Martins na escalação inicial.

A partida começou afeita aos mexicanos. O Pachuca foi melhor nos primeiros minutos, criou oportunidades e deu trabalho ao goleiro John. O Botafogo apostou na velocidade dos contragolpes e era pressionado na saída de bola. Houve reclamação das duas partes por penalidades máximas, mas a arbitragem ignorou ambas.

O duelo foi perdendo intensidade ao longo da etapa inicial. Os lances de perigo diminuíram. As duas equipes pareciam cansadas. Os brasileiros ainda tinham o argumento dos jogos consecutivos e da longa viagem às vésperas da estreia, mas o Pachuca não entrava em campo para partidas oficiais havia mais de um mês.

Luiz Henrique foi o destaque botafoguense, mas, de uma maneira geral, o desempenho ficou aquém do esperado. Os mexicanos foram melhores e perderam a oportunidade de encerrar os 45 primeiros minutos à frente do marcador.

No segundo tempo, o Pachuca persistiu como o melhor em campo e não demorou para balançar as redes. O marroquino Idrissi deixou dois jogadores do Botafogo no chão dentro da área e anotou um golaço em Doha, aos 5 minutos, colocando os mexicanos em vantagem.

Perdendo o jogo, o Botafogo teve de forçar uma dinâmica diferente. Artur Jorge colocou em campo os titulares poupados, mas de nada adiantou. Aos 22, erro na saída de bola do Botafogo entregou um presente para Deossa, que do lado esquerdo da grande área, acertou um chute cruzado e contou com a falha de John para ampliar o marcador a favor do Pachuca.

A pressa do Botafogo abriu espaços na defesa e permitiu que os mexicanos aproveitassem. Os autores dos gols armaram belo contragolpe concluído por Rondón, que, aos 35 minutos, balançou as redes e confirmou a vitória do Pachuca.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 0 X 3 PACHUCA

BOTAFOGO - John; Ponte (Tiquinho Soares), Adryelson, Barboza e Cuiabano; Gregore, Allan (Marlon Freitas) e Eduardo (Almada); Luiz Henrique, Igor Jesus (Júnior Santos) e Matheus Martins (Savarino). Técnico: Artur Jorge.

PACHUCA - Moreno; Luis Rodríguez, Micolta, Barreto (Cabral) e Bryan González; Montiel, Pedraza (Sergio Hernández) e Bautista (Deossa); Alfonso González (Mena), Rondón e Idrissi (Saldivar). Técnico: Guillermo Almada.

GOLS - Idrissi, aos 5, Deossa, aos 22, e Rondón, aos 35 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Cuiabano, Bryan González e Alfonso González.

ÁRBITRO - Danny Makkelie (HOL).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio 974, em Doha, no Catar.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.