COB e atletas fazem campanha contra PL que pode acabar com Lei de Incentivo ao Esporte

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O Comitê Olímpico do Brasil (COB), confederações olímpicas, entidades representativas de atletas e lideranças esportivas iniciaram uma campanha nesta semana contra o Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/24, que integra o arcabouço fiscal do governo federal. Eles alegam que, se aprovado, o PL prejudicará a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), podendo até mesmo acabar com a principal política esportiva do País.

O projeto, que contou com pedido de urgência para votação, estabelece que não serão concedidos benefícios fiscais quando o governo federal apresentar déficit primário em suas contas ou se as despesas discricionárias diminuírem de um ano para o outro - o governo apresentou déficit fiscal primário em nove dos últimos dez anos.

Como a LIE se fundamenta em benefícios fiscais concedidos a empresas, diversos projetos esportivos poderiam ser afetados ou mesmo encerrados, se o PL for aprovado. Na prática, a LIE permite que empresas e pessoas físicas possam direcionar parte dos seus impostos para projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. De acordo com a própria pasta, no ano passado houve a captação de R$ 983 milhões para projetos de esporte, beneficiando cerca de 1.158.465 pessoas.

A primeira entidade a se manifestar sobre o assunto foi o Atletas pelo Brasil, presidido por Ana Moser, ex-ministra do Esporte do atual governo. "Podemos dizer que um eventual término desta lei representaria um grande retrocesso e uma grande ameaça aos projetos que impactam milhões de brasileiros, principalmente crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social."

Ainda de acordo com o Ministério do Esporte, mais de 2,5 milhões de pessoas foram beneficias pela LIE entre 2021 e 2023. "Ou seja, esta é uma lei primordial para garantir o acesso da população brasileira ao esporte, formar cidadãos e ajudar no desenvolvimento humano. Temos uma série de projetos bem-sucedidos no país que só existem graças à Lei de Incentivo ao Esporte, como a Fundação Gol de Letra, do Raí; o Projeto Grael, fundado pelo Lars e pelo Torben; e o Instituto Reação, do Flávio Canto", enumera a ex-atleta.

Nos últimos dias, a campanha ganhou apoiadores de peso, como Flávio Canto, Lars Grael, Hortência e José Roberto Guimarães, que defendeu a LIE em seu discurso no Prêmio Brasil Olímpico. "A lei de incentivo fiscal hoje é o ar que nós respiramos. Queria encarecidamente pedir ao Congresso Nacional que pense muito, porque hoje o esporte nacional, as medalhas que nós trazemos, aquilo que nós representamos, o nosso povo depende disso. Toda uma comunidade que depende da lei de incentivo fiscal", afirmou o treinador da seleção brasileira feminina de vôlei e tricampeão olímpico.

O COB também entrou na campanha, com o apoio de dezenas de confederações olímpicas. "O Comitê Olímpico do Brasil e as Confederações Olímpicas Brasileiras apelam ao Congresso Nacional para que vote contra a inclusão da Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº11.438) entre os impactos do Projeto de Lei Complementar 210/24. Tal medida representaria um retrocesso sem precedentes para o esporte nacional", disse o COB, em nota oficial.

O que também preocupa as entidades ligadas ao esporte é o prazo de validade da LIE. Criada em 2007, ela está em vigor até 31 de dezembro de 2027. Se aprovado, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 210/2024 poderia inviabilizar a renovação do prazo da LIE futuramente.

Pressionado, o Ministério do Esporte se manifestou duas vezes nos últimos dias sobre o assunto. Em ambas, negou que a LIE será encerrada. "O Ministério do Esporte informa que a Lei de Incentivo ao Esporte, instituída em 2007, permanece em vigor, com validade prevista até o dia 31 de dezembro de 2027", disse a pasta, na quinta-feira.

"Ressaltamos que a lei não está sendo extinta. O Ministério do Esporte reforça seu compromisso com a preservação e a ampliação desse importante mecanismo, essencial para a promoção do esporte e para o fortalecimento de políticas públicas no setor."

No mesmo dia, o ministro André Fufuca reiterou a afirmação durante cerimônia de premiação do Prêmio Paralímpico. "A Lei de Incentivo, um mecanismo fundamental para o esporte brasileiro, não vai acabar. Ela será mantida até dezembro de 2027 e, em janeiro de 2028, contem comigo para que seja prorrogada por mais 10 anos em nosso País", declarou.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.