The Best e Bola de Ouro: entenda as diferenças entre votações e premiações de melhor do mundo

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A Fifa realiza nesta terça-feira a cerimônia do The Best, premiação que revelará o melhor jogador do mundo, eleito pela entidade máxima do futebol. O prêmio, no entanto, divide as atenções com outra cerimônia, que também elege o melhor atleta da modalidade: a Bola de Ouro, organizada pela revista France Football em parceria com a Uefa, e que em 28 de outubro coroou o volante espanhol Rodri, do Manchester City. O The Best acontece a partir das 14h (horário de Brasília) e tem transmissão no Fifa+.

Tanto o The Best quanto a Bola de Ouro tem um caráter mundial em suas premiações. Fifa e France Football/Uefa diferem na maneira como seus atletas são escolhidos, quem pode votar em cada uma das premiações e desde quando estão em vigor.

A Bola de Ouro é a mais antiga dentre as duas. Entregue pela France Football desde 1956, premiou até a década de 1990 apenas jogadores europeus. Depois, passou a permitir atletas de outras nacionalidades, contanto que estivessem vinculados a um clube do Velho Continente. Em 2006, passou a incluir jogadores de todas as nacionalidades e clubes de todo o planeta. Por isso, em 2023, Messi pôde ser eleito melhor atleta do mundo, mesmo atuando no Inter Miami, dos Estados Unidos.

Já a premiação da Fifa, que recebe o nome de The Best desde 2016, foi instituída em 1991. Apesar de ser organizada pela entidade máxima do esporte, ela tem menos prestígio, por ser 25 anos mais jovem que a Bola de Ouro. Entre 2010 e 2015, no entanto, entidade e revista se uniram para dar a premiação de forma conjunta. Nesses anos, apenas Messi e Cristiano Ronaldo foram agraciados com o troféu. O prêmio da Fifa é entregue nos primeiros meses de cada ano, enquanto a premiação da Bola de Ouro acontece em outubro.

FORMA DE VOTAÇÃO

Na Bola de Ouro, a France Football seleciona 180 jornalistas, um de cada país. A revista envia, na sequência, uma lista com 30 jogadores finalistas ao melhor do mundo. Cada profissional monta seu Top 5 ideal, ao passo que o melhor colocado - após somar-se as pontuações por cada posição - é agraciado com a Bola de Ouro.

Cléber Machado é o representante brasileiro na eleição da France Football. Neste ano, escolheu Vinícius Júnior como o melhor jogador do mundo. "Eu votei no Vini Jr., no Rodri e no Bellingham (nessa ordem). Depois votei no Mbappé, em quarto, e no Kane, em quinto", afirmou o jornalista, durante o programa Arena SBT. Além destes, selecionou Toni Kross, Phil Foden, Erling Haaland, Dani Carvajal e Florian Wirtz para compor o Top 10.

O The Best é mais abrangente: 12 jogadores são indicados ao prêmio por um conselho técnico, composto por ex-atletas. A partir desta lista, três finalistas foram escolhidos por um júri formado por quatro categorias: treinadores das seleções masculinas, capitães de seleções masculinas, jornalistas de futebol e torcedores que votaram no site da Fifa.

Cada eleitor formou seu Top 3 ideal, com pontos sendo distribuídos de acordo com cada posição, cinco para o primeiro colocado, três para segundo e um para o terceiro. Cada grupo teve 25% de peso na decisão final, independentemente do número de eleitores. Se os finalistas ficarem empatados em pontos, o prêmio será dado ao jogador que for escolhido mais vezes como primeiro lugar na votação.

Em ambas as eleições, os representante devem levar em consideração o desempenho individual e coletivo do jogador no período a ser avaliado. A Bola de Ouro de 2024 considerou a temporada 2023/2024 na análise, enquanto o The Best avalia o período entre 21 de agosto de 2023 e 10 de agosto de 2024.

OUTRAS PREMIAÇÕES

O prêmio de melhor jogador do mundo não é o único em cada uma das cerimônias. A France Football distribui também a Bola de Ouro para a melhor jogadora, os troféus Kopa; para o melhor jogador sub-21; Yashin, de melhor goleiro; Gerd Müller, para o artilheiro; Sócrates, para jogadores que se destacam por ações sociais; e Clube do Ano.

Já o The Best avalia outras seis categorias: melhor jogadora, melhor goleiro (futebol masculino e feminino), melhor técnico (masculino e feminino) e o Prêmio Puskás, dado ao gol mais bonito da última temporada. Além disso, serão revelados a seleção ideal, masculina e feminina (World XI), da temporada, em eleição que contou com mais de 28 mil jogadores profissionais da Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro).

DIFERENÇAS NO GANHADOR

Considerando o período em que The Best e Bola de Ouro coexistiram, desde 1991, em apenas nove edições os prêmios de melhor jogador do mundo não foram idênticos: 1991, 1994, 1996, 2000, 2001, 2003, 2004, 2021 e 2022. Em 2020, a Bola de Ouro não teve um vencedor, em razão da pandemia de covid-19 e a interrupção das competições.

Se Vini Jr, favorito na disputa, vencer a premiação nesta terça-feira, será a décima vez que as premiações divergem nas escolhas.

Confira os vencedores Fifa x Bola de Ouro, respectivamente:

1991: Lothar Matthaus e Jean-Pierre Papin

1992: Marco van Basten

1993: Roberto Baggio

1994: Romário e Hristo Stoichkov

1995: George Weah

1996: Ronaldo e Matthias Sammer

1997: Ronaldo

1998: Zinedine Zidane

1999: Rivaldo

2000: Zinedine Zidane e Luís Figo

2001: Luís Figo e Michael Owen

2002: Ronaldo

2003: Zinedine Zidane e Pavel Nedved

2004: Ronaldinho Gaúcho e Andriy Shevchenko

2005: Ronaldinho Gaúcho

2006: Fabio Cannavaro

2007: Kaká

2008: Cristiano Ronaldo

2009: Lionel Messi

2010: Lionel Messi

2011: Lionel Messi

2012: Lionel Messi

2013: Cristiano Ronaldo

2014: Cristiano Ronaldo

2015: Lionel Messi

2016: Cristiano Ronaldo

2017: Cristiano Ronaldo

2018: Luka Modric

2019: Lionel Messi

2020: Robert Lewandowski (Bola de Ouro suspensa pela pandemia)

2021: Robert Lewandowski e Lionel Messi

2022: Lionel Messi e Karim Benzema

2023: Lionel Messi

2024: Rodri (Bola de Ouro)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.