Jornal revela carta de Suárez ao Grêmio pedindo para ter contrato encerrado em junho de 2023

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Luis Suárez teve passagem marcante com a camisa do Grêmio em 2023, mas a história poderia ter sido muito diferente. O artilheiro uruguaio pediu para sair no meio da temporada passada, obrigando o clube a concentrar esforços para manter o astro em Porto Alegre. Os bastidores da negociação pelo "fico" do craque foram divulgados nesta quarta-feira pelo jornal gaúcho Zero Hora.

Segundo a publicação, a "novela" pela permanência de Suárez demorou quase dois meses. Depois de se sagrar campeão estadual, o uruguaio, então com 36 anos, enfrentava um problema crônico no joelho direito e pensava em encerrar a carreira. Ao mesmo tempo, a transferência de Lionel Messi, amigo do uruguaio, ao Inter Miami, gerou rumores de que o jogador poderia reeditar nos Estados Unidos a parceria com o argentino dos tempos de Barcelona.

Ainda de acordo com a publicação, a boa relação de Suárez com a diretoria estremeceu no dia 11 de junho, após a derrota por 3 a 0 para o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão. Mesmo sentindo dores no joelho, o atacante pediu para estar em campo. Depois de jogar por 90 minutos, ele se dirigiu a Alberto Guerra no túnel que leva ao vestiário e disse que não tinha condições de continuar no clube. "Não posso mais", disse o jogador.

Suárez enviou uma carta ao presidente em 20 de junho, solicitando o fim do vínculo, que se estenderia até o fim de 2024, por não acreditar que poderia corresponder às expectativas. Para sair, o jogador ofereceu pagar US$ 7 milhões, além de devolver o valor recebido nos seis meses de contrato. O montante foi calculado em aproximadamente R$ 45 milhões.

"Diante da impossibilidade de poder seguir jogando e render no futuro nas condições pelas quais fui contratado, como consequência do desgaste de meu joelho, proponho um acordo de encerramento mútuo do contrato", diz trecho da carta enviada por Suárez ao presidente gremista.

O Grêmio bateu o pé e rechaçou liberar o camisa 9, mesmo com uma compensação financeira. A diretoria se incomodou com a insistência do representante do atacante em fechar um comum acordo para a saída do jogador. Suárez pediu novamente para sair após o jogo de volta com Bahia pela Copa do Brasil, ao mesmo tempo em que o Inter Miami manifestou o interesse de contratar o atleta. "Não vai sair. Não é uma questão de dinheiro", teria dito Alberto Guerra, segundo a Zero Hora.

Após o representante de Suárez informar que o jogador precisaria ficar fora dos gramados tratando uma lesão, sem data para retorno, o clube definiu sua volta para 1º de novembro, dia seguinte ao fechamento da janela de transferências dos EUA. O jogador trocou de interlocutor, que chegou a um acordo com o Grêmio, em 26 de julho, para antecipar o fim do contrato para dezembro.

Suárez fez 54 jogos com a camisa do Grêmio, com 29 gols e 17 assistências. Ele foi eleito o craque do Brasileirão e se despediu do clube em 8 de dezembro para fechar com o Inter Miami.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.