João Fonseca ganha R$ 3 milhões por título do Next Gen e já supera números de Guga aos 18 anos

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João Fonseca é, de longe, a maior promessa já vista no tênis brasileiro em toda a história. O título do Next Gen Finals - torneio que reúne os melhores sub-20 do ranking da ATP - no domingo na Arábia Saudita é uma prova disso e mostra porque o carioca tem encantado o circuito e no começo de 2024 chegou até a ser apontado por Novak Djokovic como nome para ficar de olho.

Se de fato vai conseguir figurar na elite do tênis é parte de um processo longo e nem sempre é uma "receita de bolo", mas Fonseca tem todos os ingredientes e seus números aos 18 anos superam, de longe, os de Gustavo Kuerten, maior nome do tênis masculino na história do Brasil.

João Fonseca encerra sua temporada como número 145 do ranking. Guga, no ano em que completou 18 anos, em 1994, terminou o ano como 418 do mundo pela ATP.

Àquela altura da carreira, Guga havia acumulado pouco mais de US$ 2,5 mil em premiações de torneios. Mesmo com inflação, esse número não chega nem perto dos US$ 818 mil (R$ 5 milhões pelo câmbio atual) que João Fonseca já ganhou em sua breve carreira. Só pelo título do Next Gen Finals, Fonseca faturou US$ 526 mil, cerca de R$ 3 milhões.

Na idade de Fonseca, Guga participava apenas de Futures (torneios do escalão mais baixo entre os profissionais, apenas acima dos amadores) e havia disputado só três Challengers (segundo escalão do circuito), sem qualquer experiência em competições nível ATP.

O carioca já tem um título de Challenger (em Lexington neste ano) e jogou 14 partidas nível ATP em 2024, com 7 vitórias, tendo como melhor resultado as quartas de final do ATP 500 do Rio de Janeiro. Fonseca também foi campeão do US Open juvenil em 2023, enquanto Guga nunca venceu um Grand Slam de juniores.

"Aqui (no Brasil), todo jovem que atinge coisas grandes, logo é colocado como promessa. Quero jogar o meu tênis, viver o esporte, continuar a minha rotina. Essas comparações inúteis (com os atletas que conquistaram o Next Gen), de vencer um torneio com 18 anos e alguns meses, não passam pela minha cabeça. Cada atleta tem o seu tempo", disse João Fonseca, após o título de domingo.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.