João Fonseca tem pais 'gestores profissionais', patrocínio de peso e equipe técnica consolidada

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Não só de talento se faz um grande tenista. É preciso também profissionalismo e estrutura sólida nos bastidores para um jovem atleta brilhar no circuito. E também neste aspecto o jovem João Fonseca vem se destacando no circuito, após brilhar nesta temporada. Aos 18 anos, ele já conta com uma equipe consolidada para cuidar da sua preparação técnica e física. Tem patrocinadores de peso e o apoio incondicional dos pais, que atuam ainda como seus empresários com suas bagagens de gestores profissionais.

Fonseca ganhou as manchetes ao longo da semana passada, principalmente no domingo, ao se sagrar campeão do Torneio Next Gen Finals, competição que reúne os oito melhores do mundo até 20 anos. O carioca tem 18 e se tornou apenas o terceiro desta idade a levantar o troféu. Os outros foram o italiano Jannik Sinner, número 1 do mundo, e o espanhol Carlos Alcaraz, ex-líder do ranking - os dois dividiram os quatro troféus de Grand Slam de 2024.

O título conquistado de forma invicta em Jeddah, na Arábia Saudita, com performances elogiadas no mundo do tênis, colocou Fonseca definitivamente na lista de promessas mundiais. Ele já tinha do título juvenil do US Open, no ano passado, e o posto de número 1 do mundo da categoria.

Se Fonseca conseguirá igualar títulos e status de Sinner e Alcaraz no futuro, é impossível prever. O presente do tenista, por outro lado, já conta com estrutura incomum para atletas desta idade no tênis nacional. Fonseca tem uma equipe consolidada, encabeçada pelo técnico Guilherme Teixeira, com o apoio do fisioterapeuta Egídio Magalhães Júnior e do preparador físico Emmanuel Jimenez.

Pelo menos dois deles acompanham Fonseca em todos os torneios do calendário, o que é quase um luxo no tênis brasileiro. Para feito de comparação, Beatriz Haddad Maia, número 1 do Brasil e Top 20 do mundo, precisou de anos de circuito para ter uma equipe que a acompanhasse em quase todas competições.

Os impedimentos são, como de costume, os custos elevados de bancar dois ou três profissionais em torneios pela Europa, Ásia e Estados Unidos. O tenista precisa bancar passagens aéreas, diárias de hotel, alimentação, transporte local, além do próprio salário, dos membros de sua equipe. E tudo isso com um câmbio nada favorável.

Com seu técnico, Fonseca já tem uma relação estabelecida no circuito. Guilherme Teixeira trabalha com o adolescente desde os 12 anos da idade. "O Guilherme é quase um pai pra mim. Tive a sorte de conhecê-lo quando eu tinha 12 anos e treinava no Country Club (de Ipanema, no Rio de Janeiro)", conta o tenista. "Converso com ele sobre qualquer coisa, só tenho a agradecer por tê-lo na minha vida. Essa relação entre técnico e jogador é muito importante para os dois, não só para o atleta."

Em razão da idade do seu pupilo, Teixeira orienta até mesmo a relação de Fonseca com as redes sociais. "Normalmente nos torneios, em um combinado com o meu treinador, eu fico sem muito acesso ao Instagram e fico só falando no WhatsApp com as pessoas mais próximas da minha equipe, alguns amigos e a família", disse o tenista em entrevista ao Estadão.

Juntos, eles definem também como será calendário e projeções de ranking - o brasileiro é o atual 145º do mundo. "Sei que tem muita coisa pela frente. Tenho metas de ranking, de títulos mas isso é mais pessoal e converso com meu treinador. Não gosto de falar porque vai criar expectativas."

A equipe técnica é respaldada pelos pais de Fonseca, que sempre foram esportistas amadores e tem larga experiência em gestão profissional. Christiano Fonseca Filho é do mercado financeiro e é sócio cofundador da IP Capital. Roberta Fonseca, a mãe do tenista, já organizou evento esportivos.

Eles cuidam da gestão da carreira de Fonseca, com presença constante nos torneios. No domingo, viram in loco a vitória do filho na final do Nex Gen, o que rendeu ao jovem atleta a incrível soma de US$ 526.480,00 (premiação equivalente aos grandes torneios do circuito), cerca de R$ 3,3 milhões.

Ao ser informado sobre o valor que receberia, por ter sido campeão invicto, Fonseca não escondeu o sorriso. "Não posso dizer que isso é ruim", brincou o brasileiro de 18 anos. "Eu sou jovem. Felizmente, tenho os meus pais para me ajudar com o dinheiro, que é bastante coisa."

A gestão familiar ganhou um novo integrante no segundo semestre deste ano. Fonseca passou a ser agenciado também pelo empresário Gustavo Abreu, que também tem larga experiência no mercado financeiro e é próximo da família. Abreu fará a conexão mais fina de Fonseca com os torneios e eventos esportivos.

PATROCÍNIOS

A boa gestão familiar da carreira de Fonseca já rendeu bons contratos com patrocinadores de peso. O primeiro grande parceiro é a empresa suíça ON, de produtos esportivos e que tem como sócio ninguém menos que Roger Federer. O brasileiro foi um dos três primeiros tenistas a receber tal apoio, com apenas 16 anos. Os outros foram a polonesa Iga Swiatek, então número 1 do mundo, e o americano Ben Shelton, maior promessa dos Estados Unidos nos últimos anos.

Fonseca tem o apoio também da tradicional Rolex, sempre presente nos grandes torneios e no currículo dos maiores tenistas do circuito, e da JF Living, construtora especializa em empreendimentos de luxo e que tem como um dos sócios Jorge Felipe Lemann, filho do bilionário, ex-tenista e mecenas do esporte Jorge Paulo Lemann.

O jovem brasileiro conta em seu portfólio com o suporte da XP Investimentos. Fonseca foi escolhido a dedo por Guilherme Benchimol, fundador e ex-CEO da empresa, antes mesmo de despontar no juvenil - não por acaso foi figura constante nas redes sociais do empresário nos últimos dias. O adolescente carioca tem ainda o apoio da Yonex Tennis, que fornece o material esportivo do atleta.

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.