Dono do Lyon, Textor 'entra em guerra' com presidentes do PSG e da federação francesa

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Não é só no Brasil que John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, se envolve em polêmicas. Dono também do tradicional Lyon, da França, o investidor norte-americano tem trocado acusações nos últimos dias com o presidente da federação local, Vincent Labrune, e com o dono do PSG, Nasser Al-Khelaifi.

Ameaçado de rebaixamento no Campeonato Francês e proibido de contratar reforços por dívidas que passam de R$ 600 milhões, Textor atacou as autoridades do futebol do País em entrevista à rádio RMC Sport.

"Quero ser claro. Nasser Al-Khelaifi diz a todos que está ajudando o futebol francês. Ele sabe que possui o clube mais rico do país e que as migalhas que deixa cair são uma forma de ajuda para futebol francês. Eu o convido a cumprir a lei europeia e a impedir que estes clubes recebam financiamento ilimitado de países estrangeiros enquanto todos os outros clubes franceses competem com o seu próprio capital", disse Textor sobre o dono do PSG, que também preside o beIN Media Group e o Qatar Sports Investments.

Impulsionado por investimentos milionários que levaram ao time nos últimos anos jogadores como Messi, Neymar e Mbappé, o PSG conquistou dez dos últimos 12 títulos do Campeonato Francês.

Com a recente punição, o Lyon se vê impedido de registrar, por exemplo, o meio campista Almada e o atacante Luiz Henrique, recentemente contratados do Botafogo, time do mesmo grupo de investimentos.

"Não entendo porque não há mais reações na França, com todo o respeito. Isto é uma violação das leis. O dinheiro do PSG vindo de um estado estrangeiro subsidia ilegalmente um negócio privado e distorce os interesses esportivos. Portanto, o PSG pode 'chutar nossa bunda' em campo todos os anos."

"Fiquei totalmente chocado porque quando discutimos os direitos televisivos, o presidente da LFP (liga de futebol francesa), que deveria administrar isso, não disse nada. Era Nasser liderando as discussões, quando ele nem deveria estar lá como presidente de um canal. Se houvesse uma voz discordante, Nasser latiria para aquela pessoa. Houve muita intimidação. O presidente da LFP estava sentado lá como um cachorrinho. A Liga é dominada de uma forma bastante louca por essa pessoa", declarou ainda o norte-americano.

Jean-Marc Mickeler, presidente do órgão de controle financeiro dos clubes franceses, DNCG, rebateu Textor e afirmou que "todos os clubes, sejam eles grandes ou pequenos, nacionais ou internacionais, estão sujeitos às mesmas regras e critérios rigorosos, destinados a promover a sustentabilidade económica do futebol francês."

Mickeler convidou Textor a "concentrar os seus esforços na implementação das medidas necessárias para restaurar uma situação financeira saudável" e disse ainda que "o futebol francês merece investidores sérios, que respeitem as suas instituições e empenhados em trabalhar num espírito de cooperação e transparência."

Além do Botafogo e do Lyon, o Eagle Football Holdings, grupo presidido por John Textor, é proprietário do RDW Molenbeek, da Bélgica, e do Crystal Palace, da Inglaterra, clube que está em processo de venda pelos investidores.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.