João Fonseca encara derrota como 'aprendizado' e comemora sequência 'excepcional' e Top 100

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João Fonseca se despediu do Aberto da Austrália na segunda rodada, nesta quinta-feira. A derrota, contudo, não desanimou o jovem tenista brasileiro. Ele exaltou sua série "excepcional" de 14 vitórias consecutivas e comemorou tanto o bom teste físico em sua "estreia" numa partida de cinco sets quanto a sua luta ao longo das 3h37min do jogo contra o italiano Lorenzo Sonego.

"Contando com o jogo de hoje, foi uma gira muito boa. Na verdade, foi excepcional, entrando no Top 100. Fiz 15 jogos consecutivos, com 14 vitórias e uma derrota. Obviamente, é dura a derrota de hoje. Mas, tirando como aprendizado, o jogo de hoje exigiu experiência e físico. Foi o meu primeiro jogo que realmente foi de cinco sets. Então, estou feliz por ter aguentado fisicamente", comentou.

Antes de enfrentar Sonego, o brasileiro estava acostumado a disputar partidas mais curtas, de melhor de três sets, o que é o padrão no circuito profissional. Os jogos definidos em melhor de cinco sets são disputados somente nos Grand Slams atualmente, caso do Aberto da Austrália.

Em dezembro, quando chamou a atenção do mundo do tênis, Fonseca foi campeão do Torneio Next Gen Finals, na Arábia Saudita. Durante a competição, que reuniu os oito melhores do mundo com até 20 anos de idade, o brasileiro jogou uma partida de cinco sets. Mas o formato da competição, que tem caráter quase de exibição, é diferente, com sets menores, de até quatro games - as partidas oficiais contam com parciais de seis games.

No Aberto da Austrália, Fonseca venceu seus três jogos no qualifying, a fase preliminar da competição, sem perder sets, ganhando todos por 2 a 0. E, na chave principal, logo em sua estreia num torneio deste nível, ele surpreendeu o mundo ao derrubar o favorito Andrey Rublev, número nove do mundo, por 3 a 0.

Nesta quinta, o desafio foi contra o experiente Sonego, atual 55º do mundo, mas que já foi o 21º. Foi a segunda partida entre os dois no circuito. No primeiro, no ano passado, Fonseca levou a melhor no Torneio de Bucareste, na Romênia, sobre o saibro.

"Mentalmente, o jogo foi muito difícil. Depois de enfrentar um Top 10, jogando contra um Top 50 do qual eu já ganhei, numa superfície diferente (quadra dura), um jogador intenso. Sabia que seria um jogo difícil. O primeiro set foi muito bom. Fui conseguindo me soltar um pouco. No segundo e terceiro sets, não consegui me soltar, não consegui jogar bem. Na verdade, eu diria que não consegui jogar bem a partida inteira. Fui me adaptando, meu saque hoje não foi muito bom."

Conhecido pelo potente saque, Fonseca disparou 11 aces, contra 12 do italiano. Mas cometeu seis duplas faltas, enquanto Sonego anotou apenas três. Apesar das oscilações nos fundamentos em que costuma brilhar, o brasileiro deixou a quadra satisfeito pelo seu esforço até o último ponto do quinto set.

"O que é legal é poder enfrentar um jogador do Top 50 do ranking mesmo sem jogar o meu melhor. Consegui fazer um bom jogo. E estou feliz pela forma como eu lutei. Só tenho a agradecer a torcida brasileira", afirmou, ao mencionar o apoio maciço da torcida ao longo da partida. "Estou muito feliz, só tenho a agradecer pela oportunidade que estão surgindo e seguir trabalhando para cada vez mais estar preparado para estes jogos e seguir trabalhando para poder estar melhor no ranking. Vamos com tudo!", declarou.

A boa sequência de jogos no Aberto da Austrália, desde o qualifying, fará o brasileiro dar um salto no ranking da Associação dos Tenistas Profissionais. Atual 112º do mundo, ele entrará no almejado Top 100, atingindo uma das principais metas para tenistas da sua idade. Ele deve aparecer entre o 90º e o 98º posto na próxima atualização da lista, no dia 27, ao fim do Aberto da Austrália.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.