Sinner supera Rune após passar mal e vai às quartas do Aberto da Austrália; Swiatek atropela

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Em jogo tumultuado, com atendimento médico e até reparos na própria quadra, o italiano Jannik Sinner superou o dinamarquês Holger Rune por 3 sets a 1, com parciais de 6/3, 3/6, 6/3 e 6/2, e avançou às quartas de final do Aberto da Austrália, nesta segunda-feira. Na chave feminina, a polonesa Iga Swiatek atropelou mais uma adversária.

O resultado marcou a 18ª vitória consecutiva de Sinner no circuito. O italiano de 23 anos não perde desde o início de outubro. E vem de três títulos seguidos, um deles com a equipe do seu país na Copa Davis. Ele se garantiu numa fase de quartas de final de Grand Slam pela 10ª vez na carreira, igualando marca do seu compatriota, o lendário Nicola Pietrangeli.

Seu próximo adversário será o local Alex de Minaur, que despachou o jovem americano Alex Michelsen por 3 a 0: 6/0, 7/6 (7/5) e 6/3. Oitavo colocado do ranking, o australiano vem sendo um "freguês" do italiano. Em nove confrontos, Sinner venceu todos, os últimos set sem perder um sequer.

Nesta segunda, Sinner e Rune sofreram com o forte calor do versão australiano ao longo das 3h13min de confronto. Sob sol forte, as temperaturas superaram 32 graus, o que exigiu muito do preparo físico de ambos os tenistas. Tanto que os dois precisaram de atendimento médico em quadra, o que prejudicou o ritmo técnico da partida. Numa das paralisações, Sinner estava visivelmente trêmulo, o que assustou os fãs.

"Não quero falar muito (sobre) como me senti hoje. Eu não estava me sentindo muito bem. Acho que vimos isso hoje. Eu estava com dificuldades físicas", disse Sinner, sem dar mais detalhes sobre o seu mal-estar. "Jogando contra um adversário difícil, mas também jogando um pouco contra mim mesmo."

A partida também foi marcada por um episódio incomum, no início do quarto set. Um saque poderoso do italiano causou um dano no suporte da rede e a organização precisou fazer o reparou. Os tenista chegaram a deixar a quadra por alguns minutos, o que também contribuiu para esfriar o jogo.

Em quadra, apesar das oscilações, Sinner foi dominante durante quase todo o tempo. O número 1 do mundo disparou 14 aces, contra 5 do 13º do ranking. Anotou 35 bolas vencedoras, diante de 31 do rival dinamarquês. E cometeu 35 erros não forçados, contra incríveis 54 do oponente, ex-número quatro do mundo. Sinner obteve quatro quebras de saque e perdeu o serviço apenas uma vez na partida.

ALGOZ DE JOÃO FONSECA AVANÇA

Cada vez mais embalado na quadra dura australiana, o italiano Lorenzo Sonego derrubou mais um tenista da nova geração nesta segunda. Após eliminar o brasileiro João Fonseca na segunda rodada, o 55º do mundo superou o americano Learner Tien, de apenas 19 anos, por 6/3, 6/2, 3/6 e 6/1.

O triunfo marcou a melhor campanha de Sonego num torneio de Grand Slam. Ele nunca havia passado das oitavas de final até então. Nas quartas, ele enfrentará o americano Ben Shelton, que contou com o abandono do veterano Gael Monfils no início do quarto set. Shelton vencia por 7/6 (7/3), 6/7 (3/7), 7/6 (7/2) e 1/0, quando o francês desistiu.

FEMININO

Exibindo forte ritmo após ser punida por doping no fim da temporada passada, Iga Swiatek fez mais uma vítima nesta segunda. A número dois do mundo atropelou a alemã Eva Lys por 6/0 e 6/1. Foi o terceiro "pneu" (set vencido sem perder um game sequer) aplicado pela polonesa nesta edição do Aberto da Austrália.

Nas quartas de final, Swiatek terá um desafio mais complicado pela frente. Ela vai encarar a americana Emma Navarro, uma das sensações da temporada passada. Atual oitava do mundo, a americana eliminou a russa Daria Kasatkina, 10ª do ranking, por 6/4, 5/7 e 7/5.

Em outro resultado surpreendente do dia, a americana Madison Keys, 14ª do mundo, desbancou a casaque Elena Rybakina, sétima do ranking, por 2 a 1: 6/3, 1/6 e 6/3. Nas quartas, Keys vai encarar a ucraniana Elina Svitolina, que eliminou a russa Veronika Kudermetova, algoz de Beatriz Haddad Maia na terceira rodada, por 6/4 e 6/1.

Em outra categoria

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.