Vereador aciona MP para derrubar final da Copinha no Pacaembu; Prefeitura reitera segurança

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O vereador Nabil Bonduki (PT-SP) entrou com uma ação no Ministério Público e no Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) tentando impedir a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior entre São Paulo e Corinthians na Arena Mercado Livre Pacaembu. Ele solicita a revisão do alvará provisório emitido pela Secretaria de Licenciamento Urbano (SMUL) permitindo a realização da partida, marcada para este sábado, citando risco à integridade do público por supostas irregularidades.

Tanto a Prefeitura quanto a Allegra, concessionária do estádio, informaram não terem sido notificadas. O governo municipal ressaltou que o alvará provisório exige atestados técnicos de funcionamento do sistema de segurança, incluindo equipamentos e brigada de combate a incêndio e pânico, assinados por profissionais habilitados.

"A gestão municipal emitiu o Alvará de Autorização para Evento Temporário para realização da Copinha no próximo dia 25 de janeiro, conforme o Decreto 49.969/08, que exige, entre diversos documentos, atestados ou termos de compromisso técnico que comprovem o funcionamento do sistema de segurança, incluindo equipamentos e brigada de combate a incêndio e pânico, assinados por profissionais habilitados", disse a Prefeitura, em nota.

De acordo com o vereador, o alvará provisório emitido pela Prefeitura foi baseado em uma vistoria precária, citando a ausência da gestora do contrato (Allegra) na participação do processo. Ele reclama ainda de os documentos terem sido classificados como restritos, o que dificultaria a fiscalização pública, e de o evento ter recebido uma classificação de "risco médio", o que seria inadequado tratando-se de um dos principais clássicos da cidade.

Bonduki ressalta também que a Lei Geral do Esporte e o regulamento da Federação Paulista de Futebol (FPF) exigem que laudos técnicos sejam entregues 45 dias antes do evento. Como o alvará foi emitido em 20 de janeiro, o documento estaria fora do prazo.

À reportagem, o Ministério do Esporte informou que, em contato com a FPF, "os documentos exigidos pela Portaria 55 e pela Lei Geral do Esporte estão sendo providenciados e serão apresentados a tempo de garantir a realização da final da Copinha em segurança para todos".

O Pacaembu irá operar com público reduzido de 20 mil pessoas, um pouco abaixo dos 26 mil de capacidade total. A partida terá torcida única, assim como em jogos da categoria principal, como determina o Ministério Público. O time tricolor irá contar com os torcedores nas arquibancadas por ser dono da melhor campanha da competição. Os ingressos podem ser adquiridos no aplicativo da plataforma BipFut. Os preços cheios variam de R$ 60 a R$ 120.

O Estadão apurou que a concessionária sempre trabalhou com a hipótese de uma liberação temporária caso os trâmites de entrega das obras do Pacaembu não fossem finalizados a tempo. A Allegra usou alvarás provisórios em cinco eventos-teste no segundo semestre de 2024, entre elas a Copinha feminina.

O andamento das obras foi atrapalhado após o rompimento de uma tubulação de águas pluviais em 21 de dezembro, durante a realização da Taça das Favelas. A concessionária manteve a segurança no planejamento para realizar a final no Pacaembu mesmo com o contratempo.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.