Casares encara protesto em reunião e desconfiança sobre metas fiscais planejadas pelo São Paulo

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Ainda que tenha contratado nomes como Oscar e Wendell, um dos principais movimentos da janela de transferências do São Paulo foram os cortes na folha salarial, com vendas, empréstimos e dispensa de jogadores. Tudo para se adequar a um teto de gastos e terminar o ano de 2025 com superávit, como é exigido pelo Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) que amortiza a dívida financeira do clube. Por outro lado, parte do conselho deliberativo vê com desconfiança o planejamento financeiro da direção. O São Paulo não comenta a situação oficialmente.

O presidente Julio Casares teve uma reunião com os conselheiros no MorumBis, no começo da noite desta terça-feira, justamente para discutir sobre o fundo. A pauta também incluía a reforma do estádio e o possível negócio que compartilharia com o investidor grego Evangelos Marinakis o faturamento a partir da venda de jovens revelados no Centro de Formação de Atletas Cotia. Do lado de fora, um grupo de torcedores se reuniu em protesto contra a direção, cobrando mais transparência.

"Realizamos uma ótima reunião do conselho deliberativo. Muito obrigado pelo amplo apoio recebido pela grande maioria dos conselheiros. Esclarecer, realizar e avançar!", publicou Casares, em seu Instagram.

Para cumprir as metas fiscais, foi estabelecido um teto para o futebol, que seria de R$ 350 milhões. Apesar de comemorado pela gestão, isso gerou preocupações internas. Em dezembro, uma reunião discutiu como o clube poderia se adequar financeiramente. A aprovação do fundo de dívida no conselho havia sido de 185 votos favoráveis e 40 contrários.

Não houve divulgação de um novo teto após uma reunião que recalculou a rota nos bastidores. Ainda assim, parte dos conselheiros são-paulinos não crê em sucesso nem mesmo com a previsão de R$ 350 milhões. No fim de 2024, o orçamento, aprovado por 163 a 42 votos, prevê superávit de R$ 44,8 milhões.

Já na época, críticos à proposta apontavam como a previsão orçamentária dependia de receitas instáveis. Cerca de 20% deve ser oriunda da venda de jogadores, além de novos empréstimos ou antecipação de recebíveis do fundo. Isso tudo, com custos financeiros semelhantes aos anos anteriores.

A gestão de Julio Casares, junto da maioria dos conselheiros, crê ser possível atender a projeção. Uma ideia já posta em prática é a redução de R$ 1,5 milhão na folha salarial mensal, visando uma economia de R$ 20 milhões no ano.

Na reunião de terça-feira, Casares apresentou a pauta, mas houve reclamações de membros do conselho sobre o presidente não ter incluído nenhuma nova informação além do que ele mesmo já havia dito à imprensa ou nas suas redes sociais. Foram feitas perguntas para serem respondidas ao final do encontro, em uma resposta única, também considerada superficial por parte dos conselheiros.

Segundo apresentado pelo mandatário, a reforma do estádio e negócio de CFA Cotia estão apenas em fase de "conversas" e serão abordados novamente se houver avanço. É interesse da diretoria do clube aumentar a capacidade do MorumBis, que hoje comporta 66 mil pessoas, e concluir o projeto até 2030, ano do centenário do clube. Chegou a ser esperado um projeto da WTorre até o fim de 2024, mas nada foi divulgado.

Já sobre o CFA Cotia, o empresário grego Evangelos Marinakis, cuja fortuna é avaliada em US$ 3,7 bilhões (R$ 23 bilhões), segundo a Forbes, demonstrou interesse em aportar valores no São Paulo. Ele receberia porcentuais de futuras vendas de promessas formadas no clube. Conforme Casares, não houve novidades sobre o assunto.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.