Neymar atrai torcedor com câncer, crianças e idosos, e faz venda de camisas do Santos explodir

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Neymar atraiu, para a sua festa, todo o tipo de santista. Entre crianças, adolescentes, adultos e idosos, foram milhares os torcedores reunidos no entorno da Vila Belmiro para assistir, pelo telão ou dentro do estádio, à apresentação do novo camisa 10 nesta sexta-feira.

Não se via um evento de tamanha magnitude na Vila Belmiro desde o velório de Pelé. É claro que o ambiente, desta vez, é diferente, de celebração para o retorno do atacante de 32 anos. Torcedores usaram faixa na testa, pintaram o rosto, compraram camisas personalizadas e outros produtos, todos alusivos a Neymar, distribuídos ou vendidos nas ruas que cercam a Vila Belmiro. Havia até alguns fazendo tatuagens com o rosto do craque, mas as de henna, que não são definitivas.

Foi montada uma força-tarefa para organizar o evento, que atraiu gente de todos os lugares. São 500 jornalistas credenciados, de nove países. Uma delas é Carol Bernardi, que também é torcedora do Santos. "A vinda do Neymar extrapola as quatro linhas", opina ela.

"A gente já percebeu antes do anúncio dele como o clube se movimentou, os números do sócio-torcedor, a procura por camisas, a certeza de ter mais investidores, um elenco melhor, melhorias no CT... É a virada que o Santos precisava", completa.

De fato, a reportagem notou muitos santistas comprando a camisa branca ou listrada do time com o nome de Neymar e o número 10 às costas. Essa camisa, personalizada dessa maneira, era vendida por R$ 439,90. Os torcedores fizeram fila na loja dentro do estádio e também num pequeno contêiner instalado de forma improvisada em frente ao portão 13 para que a demanda não excedesse a oferta. A loja não divulga números de camisas vendidas nem faz projeções, mas os funcionários confirmaram o óbvio: Neymar de volta fez explodir as vendas.

A chuva não muito forte que caiu em Santos tirou um pouco do ânimo dos torcedores que cantavam alto nos arredores do estádio, mas não os afastou. Eles continuaram ali nos bares e outros entraram assim que os portões da Vila se abriram, às 16h. Um dos que não arredou o pé foi João Fábio, que veio de carro de São Caetano. Fã de Neymar, ele se emocionou ao contar sua história.

"Eu luto contra uma doença que é o câncer. Eu ia fazer quimioterapia, mas larguei, vou viver minha felicidade de hoje. É que nem eu falei pra todos os santistas e outros amigos: nem o câncer me pega. Hoje é o Santos, isso me faz vencer o câncer, essa alegria que eu estou sentindo hoje!", exclamou.

Todos os 12 mil ingressos colocados à venda foram esgotados pouco tempo depois de abrirem às vendas na noite de quinta-feira. Os torcedores compraram as entradas de forma online e pagaram entre R$ 50 (meia-entrada) e R$ 100.

"É a maior contratação da história do Brasil", resumiu o empolgado torcedor Eduardo Dias, de 20 anos. Ele espera que Neymar, por ser um astro conhecido mundialmente, seja capaz de atrair outros craques para jogar ao lado dele. "Todos querem jogar com o Neymar. A expectativa é grande. Hoje, estou me permitindo sonhar".

O Santos montou um telão do lado de fora da Vila Belmiro, em frente aos portões 7 e 8, para exibir a apresentação de Neymar ao vivo. Enquanto a celebração não começava, eram exibidos alguns dos principais lances protagonizados pelo craque santista em sua primeira passagem.

A programação do evento previa shows de Supla, Mano Brown e Projota, entre outros artistas. Supla foi o único a passar o som. Ele cantou "Imagine", de John Lennon, quando só havia a imprensa acomodada nas cadeiras do estádio.

Todos artistas convidados tocaram no máximo duas músicas no palco montado no gramado da Vila Belmiro, embaixo do qual se lia "the prince is back (o príncipe está de volta, em tradução livre). É com esse apelido elogioso que os torcedores estão se referindo ao astro. Se Pelé foi Rei, para os santistas, Neymar é o príncipe e único capaz de usar a 10 do maior jogador de todos os tempos.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.