Sob 'proteção' do aniversariante Neymar, Santos tenta arrancada no Paulistão contra o Botafogo

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Sob a influência da estreia de Neymar em sua volta ao futebol Brasileiro após um hiato de 12 anos, o Santos tenta engatar a sua primeira sequência de vitórias no Campeonato Paulista para, de fato, se credenciar ao título do Estadual. O desafio que marca a volta do atacante - completa 33 anos nesta quarta-feira - e tenta estabelecer um divisor de águas no torneio é contra o Botafogo, às 21h35. E o local da partida não poderia ser mais apropriado: a Vila Belmiro, templo consagrado pelo Rei Pelé.

Mesmo sem ainda ter entrado em campo, Neymar já se mostrou ser decisivo. Confirmado como reforço, ele viu, de sua casa, a equipe santista encerrar uma série de três derrotas com o triunfo de 3 a 1 sobre o São Paulo no último sábado.

Agora, regularizado na competição e com o nome registrado no BID, ele vai ser o o grande trunfo do técnico Pedro Caixinha - cumpre suspensão após ser expulso no clássico com o São Paulo - para buscar o segundo resultado positivo consecutivo na competição.

Contratado pela diretoria por ser adepto de um estilo de jogo ofensivo, Pedro Caixinha espera mais facilidades a partir de agora para ver a sua filosofia surtir efeito. E o ataque é o setor onde o Santos parece estar mais forte diante do rival de Ribeirão Preto.

Guilherme, artilheiro isolado do Paulistão com sete gols, terá a companhia de Tiquinho Soares, centroavante que busca seu espaço na equipe após ter brilhado no Botafogo. A "cereja do bolo" fica por conta da genialidade de Neymar, que terá liberdade para atuar em todos os espaços para comandar o time.

Com sete pontos em seis rodadas e uma campanha de apenas 38% de aproveitamento, Caixinha sabe que o time precisa reagir de forma imediata. E vai ser sob a "aura" da chegada de Neymar que essa retomada pode ser iniciada.

"Ele vai jogar. Ter essa integração com a nossa própria dinâmica (estilo de jogo) terá uma importância fundamental", afirmou Caixinha, que será substituído pelo auxiliar Pedro Malta na beira do campo - já não trabalharia no jogo por ter sido submetido à cirurgia após um descolamento de retina.

Ao menos, vê Neymar motivado após obter um retorno mais do que amistoso da grande estrela da companhia. "Dependendo do treinador, jogo de 9, de volante, de meia. Estou aqui para ajudar, vim para somar", disse Neymar em seu primeiro contato com a torcida.

No treino desta terça-feira, o atacante participou da atividade com os companheiros e demonstrou estar em forma. Ele se movimentou bem, arriscou chutes a gol e deve atuar pelo menos um tempo.

No restante da escalação, Caixinha deverá contar com o retorno de Escobar à lateral-esquerda. O jogador se recuperou de um edema muscular na coxa esquerda e tem chances de iniciar o duelo. Caso não reúna condições de atuar, Vinícius Lira, de 17 anos, se mantém no posto. Thaciano é outro que pode reaparecer. Ele treinou bem e vira uma boa opção para o treinador português.

Pelo lado do Botafogo, o técnico Marcio Zanardi trabalha para tentar mudar a realidade do clube no Paulistão. Com três empates e três derrotas, a equipe ainda está atrás do primeiro triunfo.

Apesar de ter a pior campanha entre os 16 participantes, ele confia no poder de reação da equipe para tentar "aprontar" uma surpresa na Vila. "São jogos muito duros, mas confio na minha equipe. Temos que entrar focados e fazer o que trabalhamos", afirmou Zanardi, que não quis antecipar a escalação para o duelo desta quarta.

FICHA TÉCNICA

SANTOS X BOTAFOGO-SP

SANTOS - Gabriel Brazão; Léo Godoy, Luisão, Luan Peres e Escobar; Tomás Rincón, Diego Pituca e Soteldo (Thaciano); Guilherme, Tiquinho Soares e Neymar. Técnico: Pedro Malta (interino).

BOTAFOGO-SP - João Carlos; Ericson, Allyson, Alisson Cassiano e Gabriel Risso; Gabriel Bispo, Dramisino e Leandro Maciel; Jonathan Cafú, Pablo Thomaz e Douglas Baggio. Técnico: Marcio Zanardi.

ÁRBITRO - Matheus Delgado Candançan.

HORÁRIO - 21h35.

LOCAL - Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP).

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.