Fluminense derruba invencibilidade do Vasco, cola no G-4 do Carioca e dá respiro a Mano Menezes

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Não há mais equipes invictas no Campeonato Carioca. A última a perder foi o Vasco, que nesta quarta-feira foi totalmente envolvido pelo Fluminense e caiu, de virada, por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília. Com direito a "olé" nos minutos finais, o time tricolor ressurge na competição ao colar no G-4 e dar um enorme respiro ao ameaçado técnico Mano Menezes.

Mesmo sofrendo um gol de Philippe Coutinho no primeiro minuto, o Fluminense mostrou-se melhor organizado o jogo todo e, com méritos, somou sua segunda vitória na Taça Guanabara, subindo para a sexta colocação e voltando a sonhar com classificação às semifinais.

Ao Vasco fica a lição que precisa competir com os times mais fortes se quiser algo na competição. Em dia de assumir a liderança, a equipe amarga uma dura derrota em jogo no qual fez um segundo tempo horroroso. Para piorar, ainda perdeu Coutinho, com lesão muscular.

As equipes entraram em campo com metas distintas em Brasília, das quais só o triunfo tinha serventia. O invicto e empolgado Vasco mirava a liderança enquanto o Fluminense tentava se manter com chances na Taça Guanabara e, ao mesmo tempo, defendia a cabeça do técnico Mano Menezes, muito pressionado pela sequência de resultados negativos.

Em um estádio lotado, a promessa era de um grande clássico, aberto e ofensivo. A comprovação do prognóstico veio em alta velocidade. O Vasco necessitou somente de um minuto para abrir o placar. Paulinho foi ligeiro ao roubar a bola de Fuentes e achar Vegetti pelo lado direito, na linha de fundo. O argentino cruzou para trás e livre na área, Philippe Coutinho mandou às redes.

O meia celebrou bastante, mostrando superação. O camisa 10 se tornou dúvida para Fábio Carille momentos antes de a bola rolar no Mané Garrincha ao sentir um leve desconforto muscular no aquecimento. O problema persistiu com o jogo em andamento e Coutinho fazia alongamento por vezes, enquanto o francês Payet aquecia. A troca veio com apenas 30 minutos.

Com incentivo da torcida, que "ignorou" o gol rival, o Fluminense não demorou a chegar na busca da igualdade. Mas o erro vascaíno não foi aproveitado por Canobbio, que roubou a bola e bateu, mas viu o defensor tirar de cabeça para escanteio. O menino Riquelme Felipe, de 17 anos e a aposta de Mano, também não caprichou quando teve sua oportunidade.

Eis que a bola parada acabou decisiva na etapa. Arias cobrou falta para a área e Thiago Silva "voou" para empatar. Após segundos de indefinição, o VAR confirmou posição legal e o experiente defensor vibrou muito, pedindo à torcida que aumentasse o som na busca pela virada.

O Fluminense cresceu e não demorou a assumir a liderança do placar. Em lance iniciado em cobrança de lateral e briga de Arias pela bola com os marcadores, Cano apareceu sozinho dentro da área para desviar o chute de Fuentes e dar um respiro para Mano Menezes.

A queda no poder ofensivo ao longo da primeira etapa fez Carille optar por Alex Teixeira após o intervalo. Queria companhia para Vegetti, que ficou isolado na frente após a saída de Coutinho. Payet entrou mais recuado, na armação.

O time cresceu e começou a rondar mais a área do goleiro Fábio. Mas com levantamentos sem destino e facilmente cortados. O Vasco carecia da habilidade de Payet, um tanto lento e "fora do jogo". Puma Rodríguez entrou como ponta para tentar auxiliá-lo. O lateral é especialista em cruzamentos.

Com o placar construído, o Fluminense evitava correr riscos e tinha em Arias o seu desafogo. Todas as jogadas passavam pelos pés do colombiano, que dava enorme trabalho aos defensores do Vasco e sofria com as faltas. Após um cruzamento na área do meia, Thiago Silva quase amplia.

O Fluminense era quem mais parecia perto de balançar as redes no clássico. Chegava bem em trocas de passes envolventes e nas bolas alçadas. Atrás, o time de Mano Menezes estava bem postado e sofrendo pouco ou quase nada, fazendo os vascaínos vaiarem seus jogadores. Carille encheu o time de atacantes, mas sequer ameaçou chegar à igualdade. E a festa foi tricolor.

FICHA TÉCNICA

VASCO X FLUMINENSE

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique (Bruno Lopes), João Victor, Lucas Oliveira e Lucas Piton; Jair (Mateus Carvalho), Tchê Tchê, Hugo Moura (Puma Rodríguez) e Paulinho (Alex Teixeira); Philippe Coutinho e Vegetti. Técnico: Fábio Carille.

FLUMINENSE - Fábio; Guga, Thiago Santos, Thiago Silva e Gabriel Fuentes; Hércules, Martinelli (Bernal) e Jhon Arias; Riquelme Felipe (Lima), Cano (Serna) e Canobbio (Paulo Baya). Técnico: Mano Menezes.

GOLS - Philippe Coutinho, a um, Thiago Silva aos 31, e Cano, aos 40 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Paulinho, Jair, Hugo Moura, Mateus Carvalho e Lucas Oliveira (Vasco); Thiago Silva, Gabriel Fuentes e Bernal (Fluminense).

ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF).

Em outra categoria

Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.