Fluminense e Flamengo voltam ao Maracanã em clima de decisão pela Taça Guanabara

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Um dos mais badalados clássicos do futebol brasileiro, Fluminense e Flamengo vão se encontrar no Maracanã, neste sábado, a partir das 16h30, pela nona rodada da Taça Guanabara, a primeira fase do Campeonato Carioca. Este é o primeiro Fla-Flu do ano e coloca os rivais em campo em situações distintas. A expectativa é de casa cheia, com mais de 50 mil torcedores.

Campeão da Supercopa Rei, o Flamengo entra neste duelo em alta, com quatro vitórias seguidas, com 14 gols marcados e sem sofrer nenhum. Na última rodada, no Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG), goleou por 5 a 0 a Portuguesa, ficando na vice-liderança, com 13 pontos, três atrás do líder Volta Redonda.

O retrospecto do Fluminense não é tão bom: soma 10 pontos, ocupa a oitava posição e, no momento, está mais longe da zona de classificação às semifinais. Tem uma campanha irregular, mas na última rodada venceu o clássico diante do Vasco, por 2 a 1, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF).

A última vez que os clubes se enfrentaram foi na 30ª rodada do Brasileirão do ano passado. Na ocasião, Filipe Luís estava começando seu trabalho no Flamengo no lugar de Tite. Mas o rival venceu por 2 a 0, com gols de Jhon Arias e Lima. Nos últimos 10 encontros, o Flamengo venceu quatro partidas, enquanto o Fluminense venceu duas. Quatro jogos terminaram empatados.

O Fluminense deve repetir a mesma base que entrou em campo na oitava rodada, apenas com mudanças pontuais. Riquelme Felipe deve ser mantido. O meia de 17 anos foi o principal nome do grupo alternativo que iniciou o Carioca e seguiu com bom desempenho junto ao time principal.

A maior dúvida está na lateral-direita. Titular no clássico anterior, Guga pode começar no banco de reservas com o possível retorno de Samuel Xavier. Desfalque no estádio Mané Garrincha por conta de dores musculares, ele tem boas chances de entrar desde o início.

Diante do momento ruim vivido por Canobbio, que chegou nesta temporada como a contratação mais cara da história do Fluminense (US$ 6 milhões - perto de R$ 36 milhões), Kevin Serna disputa uma vaga no ataque. O colombiano foi um dos destaques do setor ofensivo no final do ano passado, com gols decisivos que foram fundamentais para a permanência do clube no Brasileirão.

Embora tenha despistado, o técnico Mano Menezes deu indícios sobre o que espera no clássico, sem deixar de reclamar da falta de tempo para preparar seu time. "Temos um jogo contra o Flamengo, que descansou os titulares no meio de semana. Mas vamos ter força para fazer um grande jogo. Grandes jogos exigem boas defesas e ambição, com capacidade para atacar. A equipe mostrou isso na vitória (2 a 1)contra o Vasco. É o caminho que queremos sedimentar daqui para frente."

Após preservar todos os titulares contra a Portuguesa, o Flamengo contará com os retornos do goleiro Rossi, o lateral-direito Wesley, os zagueiros Léo Ortiz e Léo Pereira, o lateral-esquerdo Alex Sandro, o volante Erick Pulgar, os meias De La Cruz e Gerson, e os atacantes Michael, Gonzalo Plata e Bruno Henrique.

Dos jogadores que atuaram pelo time reserva, Arrascaeta é o que tem chance de aparecer desde o início. O meia é considerado um dos principais nomes do elenco, mas começou a temporada no banco porque não estava com ritmo de jogo após a realização de uma cirurgia no joelho direito, no final do ano passado. Arrascaeta provavelmente será utilizado na vaga de De la Cruz, que tem mais características de marcação.

O técnico Filipe Luís revelou que assistiu à partida entre Fluminense e Portuguesa, pela sexta rodada do Carioca, pois ainda iria enfrentar os dois adversários. Por isso, reforçou que sabe como a equipe de Mano Menezes costuma jogar, mas manteve o suspense em relação à escalação. "Vi aquele jogo porque tinha que estudar os dois times. Sei como o Mano joga, e depois vou decidir o plano em função do Fluminense. As peças eu decido perto do jogo. Vocês vão saber uma hora antes", disse o técnico em tom de mistério.

Outra vez ele garantiu que sempre vai armar seu time para vencer, não importando o adversário. "Vou escalar o que tiver de melhor e sempre com o objetivo de ganhar", completou.

FICHA TÉCNICA

FLUMINENSE X FLAMENGO

FLUMINENSE - Fábio; Guga (Samuel Xavier), Thiago Santos, Thiago Silva e Gabriel Fuentes; Hércules, Martinelli e Jhon Arias; Riquelme Felipe, Germán Cano e Canobbio (Kevin Serna). Técnico: Mano Menezes

FLAMENGO - Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar, Gerson e Arrascaeta; Gonzalo Plata, Bruno Henrique e Michael. Técnico: Filipe Luís.

ÁRBITRO - Alex Gomes Stefano.

HOTÁRIO - 16h30.

LOCAL - Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.