NFL no Brasil, novo jogo em SP e mais franquias: o que a liga planeja para o País em 2025

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Às vésperas do Super Bowl 59, a National Football League (NFL) encerrará neste domingo a temporada 2024/2025 com a final entre Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles, às 20h30 (de Brasília), no Caesar's Superdome, em Nova Orleans, Louisiana. Além disso, a liga encerra o ano em que realizou a estreia de uma partida de temporada regular na América do Sul, na Neo Química Arena. Além de uma nova partida no Brasil em 2025, a liga iniciará, a partir de segunda-feira, um ano para consolidação do futebol americano no País.

Neste fim de semana, o NFL In Brasa, maior evento da liga fora dos Estados Unidos, acontece na ARCA, na Vila Leopoldina, com a realização da agência Effect Sport. No dia do Super Bowl, a casa transmitirá o duelo entre Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles em alguns dos diversos telões espalhados pelo espaço.

A NFL ainda não confirmou oficialmente se o Brasil receberá uma nova partida em 2025. Após a estreia da liga na América do Sul com a partida entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, a NFL mantém diálogos com São Paulo e outros Estados para a realização de um novo jogo. O Estadão apurou que este jogo está confirmado, como já havia adiantado o Lance, com um anúncio nos próximos dias.

Peter O'Reilly, vice-presidente executivo da NFL, afirmou em outubro que a ideia da liga é manter um compromisso de longo prazo no Brasil. Além disso, revelou que, em um possível retorno neste ano, a Neo Química Arena, do Corinthians, seria prioridade para receber uma nova partida - pela estrutura disponível no estádio e relação com o clube paulista.

Em dezembro de 2023, os donos das franquias aprovaram um aumento no número de jogos internacionais por temporada - de quatro, no último ano, para oito, a partir de 2025. Até o momento, seis jogos na temporada já foram revelados: três na Inglaterra; um em Dublin, na Irlanda; um na Alemanha, em Berlim; e o último em Madri, na Espanha.

Restam duas partidas. Em outubro, o plano da NFL era de retornar ao México e ao Brasil, mas ainda não houve um anúncio oficial a respeito dessa decisão. "O plano é retornar ao Brasil e continuar crescendo nosso mercado aqui, com eventos, parceiros e com as franquias da NFL. Queremos manter o momento e, em 2025, retornar ao Brasil e ao México, além do jogo inaugural em Madri", disse o VP executivo da liga.

A Prefeitura de São Paulo também mantém, em seu calendário de eventos para 2025, uma data em aberto no mês de setembro, para a realização de uma nova partida da NFL. Oficialmente, no entanto, não há um dia definido para a realização da partida neste ano.

Em 2024, houve uma movimentação de US$ 61,9 milhões - aproximadamente R$ 330 milhões. A quantia é similar a que a prefeitura da cidade esperava, em torno de US$ 60 milhões, com base em outros jogos da NFL realizados em diferentes cidades.

NFL IN BRASA

Pelo terceiro ano consecutivo, o evento é realizado em São Paulo. A expectativa para 2025 é de que, pelo menos, 10 mil fãs de futebol americano compareçam ao espaço. O evento acontece em São Paulo, neste final de semana, entre os dias 7 e 9 de fevereiro, na ARCA, na Vila Leopoldina. Os ingressos estão disponíveis por meio do site nflinbrasa.com.br, com valores entre R$ 80 e R$ 400. Os mais caros são, justamente, para o dia da partida. A watch party terá a narração exclusiva de Rômulo Mendonça e assentos marcados para os torcedores no espaço.

O evento é tido como importante para que, no último ano, a NFL decidisse trazer uma partida para o Brasil. Além disso, o bom resultado, tanto em engajamento quanto em público, permitiram que a Prefeitura de São Paulo apostasse nas negociações junto à liga. "Não foi uma estratégia da liga, já que nós tivemos a iniciativa de criar o evento, mas ela observou uma demanda reprimida por um evento desse tipo e ao vivo", afirma Pedro Rego Monteiro, CEO da Effect Sport, ao Estadão.

A cada ano, é necessária uma aprovação da NFL para que o evento seja realizado em São Paulo. Ainda não há uma confirmação para 2026, mas a tendência é de que o evento se torne fixo na cidade - semelhante ao que ocorre na NBA House. "Já tem algumas pessoas que vieram de fora do Brasil, só para o evento. Com a consolidação da NFL In Brasa como o maior evento fora do Brasil, a gente acredita que mais pessoas da América do Sul venham para cá", analisa o empresário.

Outro fator que ajuda a consolidar a base de fãs é a venda de produtos oficiais. No NFL In Brasa, a Sport America opera a loja, com produtos exclusivos e licenciados pela liga. São mais de 14 mil itens em estoque, com 450 variedades para os torcedores. "A loja é de fato muito democrática. Democrática, não só na questão de valores, mas principalmente no desafio de cobrir um estoque de variedade para 32 franquias diferentes e com vários perfis físicos diferentes", afirma Marcelo Benevenuto, sócio-fundador da Sport America, ao Estadão.

"Eagles e Packers tiveram uma ótima experiência no Brasil. Temos uma grande parceria com a prefeitura, a SPTuris e o Corinthians. Estamos comprometidos com o País e esperamos retornar", disse O'Reilly. Ele também afirmou que espera que "uma ou duas franquias" optem por explorar o mercado brasileiro nos próximos anos. No momento, Miami Dolphins e New England Patriots têm o direito de realizar ações de marketing e comerciais no País. Ambos estiveram presentes com ativações no NFL In Brasa.

O mais recente a realizar ações no Brasil é o Patriots, que passou a atuar em 2024. Desde então, a franquia conta com ações regulares no País, mais de 58 mil seguidores em seu Instagram, e já realizou eventos em três regiões do Brasil - Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste - e esteve no NFL In Brasa pela primeira vez neste ano.

"O torcedor do New England Patriots, ele merece, ele ama", afirma, ao Estadão, Lara Magalhães, gerente de negócios do Patriots no Brasil, sobre uma partida da franquia no Brasil nos próximos. "Não cabe a nós decidir, mas sim à liga. O que posso dizer é que estamos abertos e prontos para o desafio."

Lara iniciou seu trabalho junto à franquia em 2019, como membro do time de cheerleading - duas cheerleaders do Patriots, inclusive, viajaram ao Brasil, somente para o evento. Em 2024, foi convidada pela franquia para assumir o cargo de gerente e atuar diretamente no País. Do planejamento estabelecido em três anos, Lara conta que a franquia conseguiu bater as metas em seis meses.

"Quando temos um case de sucesso, como o cheerleading, nos auxilia a inserir uma outra modalidade americana no Brasil", revela Lara, a respeito da oferta de trabalho de New England. "Vinculado ao Comitê Olímpico, o flag football nos ajuda a trazer uma outra parte do futebol americano que seja mais de mais fácil o entendimento, que seja mais acessível, tem sido algo muito legal poder levar para as crianças, para jovens."

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.